Capítulo 21

tem capítulo extra ás 20:00! Comentem pra mim?

E eu me iludi á toa. Quando achei que meu sonho estava prestes a se tornar realidade, a vida me dá um tapa na cara e me acorda pra vida real. Eu me joguei no sofá com as mãos no rosto, enquanto minha amiga desligava o computador.

- Eu não acredito nisso...Pra mim era tudo real. É lógico que eu não pensei que ele me pediria em namoro, mas...Ele disse que tava gostando de ficar comigo. E como que antes ele não queria ficar com muitas meninas por que ainda era apaixonado na mulher? Agora quer sair pegando todo mundo.

- Calma, Nathália! Eu sinto muito, amiga, mas...

- Eu fui trouxa! Como eu fui idiota!

- Não fica assim.

- Não tem como, Lorena! Mas...Eu não posso culpar ele mesmo, em nenhum momento ele disse que ficaria só comigo. - Suspirei. 

Lorena se despediu de mim no final da tarde e eu fiquei em casa, me intupindo de chocolate e tentando ver um filme que passava na televisão, mas não conseguia prestar a atenção em nada, como sempre.
Meus pais chegaram juntos e meu irmão faria plantão no hospital em que trabalhava naquela noite.
- O que foi, meu amor? - Minha mãe beijou meu rosto.
- Não foi nada, mãe...
- Não me engana, Nathália.
- É sério, mãe! Só uma dor de cabeça.
- Olha lá, filha! Eu espero não ser por causa de homem nenhum, porque se já está sofrendo por alguém, esse alguém não te merece. - Meu pai sempre fui curto e grosso, e eu suspirei.
- Murilo!
- Eu só digo a verdade, Luana. Não quero que a minha filha sofra por qualquer idiota!
- Ei! Fiquem tranquilos, eu realmente só estou com uma dor de cabeça chata.
- Então, tá! Eu mesma vou preparar nosso jantar hoje e você nos conta tudo sobre a sua viagem, pode ser?
- Pode sim, mãe! - Sorri.
No sábado, meu programa era ficar em casa vendo filme de novo, mas Lorena e minha mãe insistiram muito para que eu saísse e eu resolvi ir com ela para uma boate, de um amigo do meu irmão, que sempre íamos a bastante tempo.
- E seu irmão?
- Ele tá de folga hoje...
- Será que ele vai pra lá também? Gosta dessa boate.
- Não sei, Lo. Ele foi passar o dia na fazenda com uns amigos.
- Se ele for, só espero que ele não vá acompanhado.
- Ei, não fica de birra com a Bruna por isso. Ela, nem ninguém sabia de nada.
- Eu sei que ela não tem culpa. - Ela suspirou.
A nossa noite estava sendo um tédio. Pelo menos para mim, que não dançava, nem bebia como em todas as noites, por falta de animação. Eu só ria das besteiras que nossos amigos falavam.
- Ei, Nathália! Aquele ali não é o seu amiguinho? - Liliane, a garota mais atirada que eu já conheci na vida, me perguntou. Ela fazia parte sim do meu grupo de amigos, mas era muito atirada.
Olhei para trás e dei de cara com Luan, que na mesma hora me olhou e deu um meio sorriso.
Eu não fiz questão nenhuma de ir falar com ele, e acho que ele estava com vergonha de ir até onde eu estava, por ter muita gente.
Comecei a conversar com o pessoal e pisquei o olho, ele já estava aos beijos com Liliane.
Eu não tinha nada contra ela, todo mundo falava mal dela, menos eu. Mas naquele momento, eu passei a odiar aquela mulher.
Saí dali o mais discreta possível e comecei a andar rápido, em diração ao banheiro. Lá eu chorei.
Sorte que estava completamente fazio.
Eu nunca me imaginava amando uma pessoa como eu estava. Sim, eu já podia usar essa palavra.
A partir daquele momento, depois de provar a boca dele e ver ele beijando outra, eu pude sim tirar a prova que estava o amando.
Limpei meu rosto e saí do banheiro da mesma forma que entrei. Como um raio, mas algo me fez parar.
Uma mão no meu braço.
- Ei! Não fala mais comigo? - Eu olhei para trás e ele tinha um sorriso no rosto.
Safado. Cafageste. Ainda tinha coragem de sorrir pra mim.
A minha vontade era de socar ele ali, no meio da boate, no meio de todo mundo, mas apenas respirei fundo e pensava em me controlar para não colocar para fora toda minha raiva.