terça-feira, 31 de março de 2015

Capítulo 37







Tinha ido jantar na casa do Luan junto do meu irmão, que estava gelado e não conseguiu dirigir, me deixando ir dirigindo até o condomínio vizinho. Eu ria dele, ma entendia completamente seu estado.
Os pais do Luan nos receberam super bem, o que fez meu irmão se acalmar um pouco. Ficamos conversando na sala, enquanto o jantar não era servido. Eu, ele, Luan e seus pais.
Bruna desceu depois de vinte minutos, completamente linda e em sua barriga, já dava para notar um pequeno volume, por ser bem magrinha.
Comemos tranquilamente, enquanto Lorenzo falava tudo que planejava com os pais de Bruna. Eles pareciam gostar de tudo que falava e mais aliviados também.
Depois que serviram a sobremesa, Bruna me puxou para o seu quarto e o deixamos ainda na mesa.
- Ai eu to tão feliz! - Eu abracei ela, que riu.
- Eu confesso que não estava, mas agora que a ficha caiu eu to morrendo de felicidade também. Sempre sonhei em ser mãe, nunca pensei que seria mais cedo, mas estou amando a ideia.
- Vai ser o bebê mais mimado pela titia. - Rimos. - Seu irmão parece estar mais calmo.
- É...Ele está começando a gostar da idéia.
- Ah, que ótimo, Bru!
- Eu só fico meio assim, porque tem a carreira dele. Lógico que muita gente vai ficar em cima, site de fofoca, eu sinto que vou fazer um pouco de vergonha nele. - Ele abaixou sua cabeça tristonha.
- Não fala isso de jeito nenhum, Bruninha. Você não vai envergonhar seu irmão, ele vai dá entrevista orgulhoso de que vai ser titio e também vai ser babão igual eu. - Ri e ela me acompanhou. - Tira esse medo bobo da cabeça.
- Obrigada por tudo!
- Não precisa nem agradecer...
- Eu estou com desejo louco de ir comprar algumas roupinhas, sabe? Sei que ainda é cedo, mas eu quero. Vamos comigo amanhã?
- Vamos sim! - Me animei. - Ah, não vejo a hora de ter essa coisinha nos meus braços. 
- Já vi que realmente essa tia vai mimar muito meu filho. - Ri dela.
Descemos depois de algum tempo conversando sobre o bebê e encontramos todos na sala.
Fui me despedir de Luan, antes de ir embora com o meu irmão, na área de lazer.
- Tá melhor, não é?
- Tô sim... - Ele me olhou e riu. - Você tinha razão, eu tô animado que vou ser tio.
- Viu...Qualquer criança amolece a gente. Mas conversa com a sua irmã, ela está com medo pela sua carreira, pela mídia.
- Sério? - Assenti.
- Está com medo de te deixar envergonhado por ela ser nova e não ser casada. 
- Nossa, que bobagem! Lógico que vai ter muita crítica, mas eu nem ligo pra essas coisas. Eu vou falar com ela sim, amor. Pode deixar!
- Vai viajar que dia?
- Amanhã... - Ele fez careta. - Mas eu volto no domingo pra gente fazer um programa bem legal em casal. 
- Tudo bem! - Ele me abraçou de lado e eu encostei minha cabeça em seu peito.
- Está pensando em quê? - Me perguntou, depois de alguns segundos em silêncio.
- Você pretende contar de nós para a mídia, quando?
- Eu não sei, amor...
- Não quero que seja agora.
- Hã?
- Acho muito cedo e suas fãs não estão preparadas. Vamos esperar pelo menos uns dois meses?
- Tudo bem! - Ele sorriu e beijou minha testa. - Confesso também estar inseguro por conta delas, mas com medo de te pedir pra esperar mais e se magoar.
- Nunca, meu amor! Eu te amo!
- Eu também te amo! - Ele sorriu e me puxou para um beijo. Apaixonado.

(...)

A convivência com o meu pai não estava sendo das melhores. Era sempre as mesmas coisas e sempre as mesmas alfinetadas, da parte dele, por besteiras. Eu estava me esgotando, mas não queria brigar com ele, por isso me calava.
Eu cheguei em casa tarde do estúdio, quase de madrugada e mais uma vez, ele me alfinetava, mas naquele momento eu não tinha conseguido mais ficar calada.
- Pai, se não me apoia então respeita...
- Não tem como respeitar um namoro desses, Nathália.
- Eu já disse que o senhor tem que conhecer o Luan melhor e depois tirar suas conclusões sobre ele. Ele é famoso e todo mundo fala o que acha dele, não o que ele realmente é. Gente falando mal é o que não falta.
- Eu não vou por ninguém, vou por mim!
- Eu não aguento mais...Eu tô tão feliz com ele. Só me apoia, vai!
- Eu não vou te apoiar, Nathália. - Comecei a chorar ali, silenciosamente. Eu pensava que aquilo seria passageiro, mas não era o que estava acontecendo.
Minha mãe desceu de seu quarto e perguntou o que acontecia, mas nem força para lhe responder eu tinha mais.
- O senhor não vai parar mesmo de fazer isso comigo? De me olhar com a cara fechada, de me alfinetar sempre? Depois que eu falei que tava namorando o Luan, o senhor nunca mais foi o mesmo.
- Nem serei, enquanto você não acordar pra vida.
- Deixa eu sonhar em paz, pai! 
- Acontece que sonhar não vai te levar a nada, Nathália. Você não tem mais idade pra isso!
- Não existe idade pra ser feliz. Pra sonhar com a pessoa que você ama!
- Ele não te ama, filha. 
- Para, pai! - Meu choro aumentou. - Quer saber? Já que o senhor não vai mudar, nem me respeitar, eu vou embora dessa casa, porque eu não aguento mais. Está bom pro senhor?
- Eu nunca te pedi pra sair daqui...
- Mas eu não aguento mais! Eu prefiro ir morar sozinha, mas pelo menos eu vou ter paz.
- Você vai embora daqui, abandonar sua família por causa de um homem? Vai nos trocar por um homem. É isso mesmo, Nathália?
- Eu não vou trocar vocês, pai. São minhas vidas. Mas eu vou embora sim. Já está na hora também, já não sou mais nenhuma adolescente. Eu vou procurar um apartamento aqui perto.
- Não faz isso, filha. Seu pai é turrão, mas logo isso passa. - Minha mãe se pronunciou pela primeira vez.
- Eu sei, mãe, mas eu vou sim. Eu prometo que venho aqui todos os dias, tá?
- Já está falando isso...Quer se mudar quando?
- Eu já vou procurar um apartamento amanhã.
- Pode ir, Nathália. Pode vir aqui quando quiser também, essa casa sempre será sua. Mas depois que quebrar a cara, não se arrependa de tudo que está fazendo por esse rapaz. - Meu pai se levantou do sofá e subiu as escadas rápido.
Eu estava sem saída. Me mudaria sim, mudaria a minha vida por causa do Luan e mesmo que eu
quebrasse a minha cara, eu não me arrependeria de todas as coisas que já tinha feito por ele.

segunda-feira, 30 de março de 2015

Capítulo 36







No outro dia eu acordei com algumas pessoas falando bem alto. Só arrumei meu cabelo e desci as escadas para saber o que estava acontecendo.
- Eu não acredito nisso, Lorenzo! Você e sua irmã...Completamente iguais. - Ele disse e  logo me viu, me olhando com desprezo.
- Pai, não mete a Nathália e o namoro dela nisso. Estamos falando de mim!
- Eu não ligaria se tivesse engravidado qualquer outra mulher. Porque sei que é independente, maior e vacinado. Mas logo essa menina, Lorenzo? Quantos anos ela tem? 17?
- Eu não entendo o senhor...Ela é uma mulher incrível e não poderia ter escolhido pessoa melhor pra ser mãe do meu filho. Ela tem 19 anos. - Meu pai passava as mãos pelo rosto nervoso.
- Seu namoradinho e a família dele sabem disso, Nathália? - Apenas neguei com a cabeça. - Agora já está feito, não é? Vai até a casa dela o quanto antes e fale com os pais dela que vai assumir ela e a criança, Lorenzo. Se preciso, fale em casamento.
- Pai, é lógico que eu vou fazer isso. Eu ainda acho cedo pra falar em casamento, mas penso em me casar com ela mais pra frente sim.
- Acha cedo pra casar, mas engravidou a menina antes da hora.
- Olha, pai, eu cansei, tá? Eu errei sim, ela errou, mas eu já estou mais calmo e conformado. Eu sei que vai ser mais difícil pra ela, por ser mãe solteira, nova e pior, irmã de famoso, mas eu não vou sair do lado dela.
- Eu vou trabalhar que é o melhor que eu faço. Vocês depois de velhos, resolvem perder o juízo. - Meu pai passou por nós ventando e pegou sua maleta, em cima do sofá. 
Meu irmão olhava para o nada chateado. Ele era muito sentimental e odiava brigar com alguém, ainda mais da sua família.
- Ei! Não liga pro papai, vai dá tudo certo! - Eu o puxei para um abraço. 
- Vai sim, irmã! - Ele beijou minha testa, antes de nos separarmos. 
- A mamãe já sabe?
- Eu disse pra ela, antes que fosse trabalhar. Ela ficou feliz em ser vovó, acredita?
- (risos) Eu imagino!
- Agora deixa eu ir, vou me encontrar com a Bruna em um parque aqui perto, pra resolvermos nossa vida.
- Vai lá! - Beijei seu rosto, antes que saísse.
Voltei para o meu quarto correndo e voltei a me deitar na cama. Sabia que depois que o bebê do meu irmão nascesse, meu pai amoleceria e até poderia passar a aceitar o Luan, por já termos vínculo com sua família. 
Meu celular tocou e eu sorri, assim que vi  seu nome na tela.
- Oi, amor...
- Nathália?
- O que foi? Está com uma voz estranha.
- Por que não me contou antes que minha irmã está grávida do seu irmão?- Gelei.
- Ela te contou?
- Contou pra todo mundo agora...Eu não tô acreditando até agora. - Ele suspirou.
- Desculpa, amor. Mas eu não podia me meter assim na vida deles. O que você achou disso? - Temi por sua resposta.
- É lógico que não me agradou nada, minha irmã só tem 19 anos, uma vida pela frente...
- Claro que sim! Ela não morreu, vai continuar vivendo.
- Mas agora, com mais uma vida pra criar.
- Luan, fica feliz, vai? Eles estão feliz, minha também e eu nem se fala. Meu sonho ser tia. Você tem condições e a Bruna não vai precisar parar a vida por causa de filho.
- Eu sei...Por enquanto eu tô uma pilha, mas acho que vai passar.
- Vai sim! Deixa só a barriga dela começar a crescer, vai ser tão lindo. - Sorri e ele riu fraco do outro lado.- E seu pai? Tá morrendo de raiva do Lorenzo...
- Até que não! Ele brigou bastante com a Bruna, ela até chorou, mas disse que vai apoiar já que não tem como voltar atrás. Ela disse que seu irmão quer vir aqui para conversarmos todos juntos. Vem com ele!
- Pode deixar, eu vou sim! Olha se acalma e acalma seu pai também. Eu sei que não é fácil mas meu irmão não vai fugir de nada. Ele é responsável.
- Da última vez que disse pra eu ficar tranquilo com ele, engravidou minha irmã.
- Não foi por querer, tá? Ele estava muito nervoso, mas já que aconteceu, ele vai assumir o bebê e a sua irmã, e fica mais fácil porque se gostam.
- Tudo bem, Nathália. Não quero brigar com você por isso.
- Eu também não, Luan...
- E seu pai?
- Nem me fala! Cada dia que passa tudo fica pior! - Suspirei.
- O que ele disse pro seu irmão?
- Eu acordei com eles discutindo...
- Eu pensei que ele ficaria tranquilo, mas deve ser porque a Bruna é minha...Irmã. Acho que ele não gosta mesmo de mim! - Dessa vez, Luan que suspirou do outro lado da linha.

sexta-feira, 27 de março de 2015

Capítulo 35






Meu pai resolveu tirar a semana inteira de folga, coisa que não fazia á anos, eu deveria estar feliz, mas estava de saco cheio dele, que quase sempre me olhava de cara fechada e eu já sabia o por quê.
Chamei Lorena para um banho de piscina, naquele dia, já que precisava relaxar e ela foi para minha casa, depois do almoço.
- Que ruim esse clima com seu pai, em.
- Nem me fale! Eu não vou deixar o Luan. Eu amo ele demais!
- Eu acho que seu pai vai passar a aceitar o namoro de vocês, quando conhecer melhor o Luan.
- Eu também acho...Ele me disse ontem, pelo celular, que quando assumir nosso namoro para mídia, quer fazer um jantar para nossas famílias, mas eu não sei se é uma boa ideia e nem se meu pai aceita.
- E se ele não aceitar mesmo, amiga?
- Eu não sei, Lo. Eu amo meu pai, mas também amo o Luan. Eu não posso deixar ele porque meu pai pensa coisas sobre ele. - Bufei.
- Seu irmão está feliz, não é? - Ela disse, assim que vimos Lorenzo na cozinha.
Ele assobiava, enquanto preparava algo para comer.
- Está sim...Você ainda gosta dele?
- Você sabe como é o amor, Nathália.
- É, eu sei! Mas você vai achar alguém legal.
- Eu sei que você gosta da Bruna...
- Ei! Nem começa! Eu gosto sim da Bruna, mas te amo. Eu queria sim que namorasse meu irmão, mas ele escolheu ela.
- Tudo bem...Eu entendo.
- Você tá diferente com ela, não é?
- Eu não consigo agir normalmente.
- Quando aparecer realmente um homem que seja sua alma gêmea, você volta ao normal.
- Alma gêmea? - Ela riu de mim e eu fiz careta. - Você acredita realmente nisso?
- Não muito! - Acabei rindo também. - Mas você entendeu, Lo.
- Tudo bem, vai... 
O resto do nosso dia foi assim, na piscina, bebendo suco natural ou comendo algumas besteiras.
Lorena foi embora no começo da noite e eu fui tomar um banho.
Estava saindo do meu quarto, penteando meus cabelos, quando trombei com meu irmão.
- Lorenzo? Que cara é essa? - Ele estava mais pálido que o normal.
- Não é nada.
- Me conta o que aconteceu, agora! - O puxei pela mão e o levei até o meu quarto.
- Você não vai acreditar, Nathi.
- Me fala! - Quase gritei.
- Calma! A Bruna tá grávida!
- É o que? Lorenzo, que brincadeira é essa...
- Não é nenhuma brincadeira, Nathália. Ela está esperando um filho meu.
- Você é doido? Ela é muito nova ainda. Você, um médico formado, Lorenzo, não sabe o que é camisinha, não ?
- Tanto sei, que usamos, Nathália! - Ele me olhou irritado. - Usamos, mas estourou e ela me disse que tomava remédio, eu aliviei.
- E por que ela está grávida, então?
- Ela esqueceu de tomar o remédio por um dia! Um dia, meu Deus! - Ele olhou para cima. - Justo no dia seguinte em que tivemos relação. - Ele voltou a me olhar, agora mais calmo.
- Eu nem sei o que dizer, Lorenzo! Meu pai já odeia o Luan e agora você engravida a irmã dele? E os pais dele? Vão te odiar, porque olha a sua idade.
- Eu sou sim mais velho que ela, mas ela também não é santa, Nathália. Eu não forcei ninguém a nada e ela não era mais virgem também.
- Tá bom...Tudo bem! E você sabe o que faz agora?
- Claro! Eu vou assumir, ué. Ela me ligou muito nervosa, acha que devo ir até lá?
- Marca de se encontrar com ela em outro lugar.
- Eu amo muito ela, Nathi. Quero criar nosso bebê ao seu lado.
- Lindo da sua parte, irmão! Nunca pensei que teria um filho antes do casamento.
- Nem eu... - Ele riu. - Mas como eu disse, eu amo demais a Bruna e a gente vai ficar junto, vamos noivar e quem sabe até casar.
- Ah! Tá apaixonado mesmo! - Nós rimos. - Vai dá tudo certo! - Lhe puxei para um abraço.
Meu irmão saiu do meu quarto e seguiu meu conselho, ligaria para Bruna e marcariam de se encontrar.
Depois de algum tempo pensando naquilo, ri sozinha, eu seria tia e o Luan também. Logo pensei nele, na sua reação e já saberia que não seria das melhores.
Resolvi falar aquilo para Lorena e mesmo desconfiada, ela foi onde eu marquei. Na praça do condomínio, perto da minha casa.
- O que foi, amiga? Acabamos de nos falar! - Ela riu.
- Então...Eu fiquei sabendo de uma coisa agora.
- O que foi?
- A Bruna tá grávida do meu irmão!
- Tá falando sério? O seu irmão? Aquele todo certinho?
- É...Esse mesmo. Eu também me espantei e muito. - Ela suspirou.
- Eu acho que você tem razão e essa foi a prova de quê ele não nasceu pra mim...
- Ou foi você que não nasceu pra ele. Parte pra outra, amiga!
- Quer saber? Eu vou fazer isso mesmo! - Ela riu e limpou uma lágrima, que tinha escorrido pelo seu rosto. - Você tá feliz, né? Parabéns, vai ser titia!
- Estou sim! - Ri fraco. - Sabe que sempre foi meu sonho ser tia.
- E agora, o que a sua família e a família do Luan vão achar disso?
- Eu não sei, Lo. Eu não sei mesmo! Eu também não sei o que o Luan vai falar.
- Você acha que ele vai ficar chateado?
- Pode ser que sim ou que não, mas o que me preocupa mesmo é meu pai. - Suspirei.

quinta-feira, 26 de março de 2015

Capítulo 34






Era uma quinta feira de muito trabalho pra mim, que estava produzindo um DVD de uma famosa dupla sertaneja, quando meu celular tocou.
- Oi, amor... - Luan disse, do outro lado da linha e eu sorri.
- Oi, tudo bem com você?
- Melhor agora! Olha, hoje meu show foi cancelado e eu queria sair com você. Vou voltar pra casa e só viajo amanhã no final da tarde.
- Não sei, amor. Eu acho que vou ficar aqui até tarde com os meninos, acho que vou está acabada. - Fiz careta, mesmo sem ele ver.
- Sério? Poxa!
- Eu queria muito matar a saudade, mas não sei se dá...
- Que meninos estão aí?
- Os cantores, que gravaram o DVD e outros que trabalham comigo.
- É sempre assim? Só você de mulher? - Ele deu uma risadinha do outro lado.
- É sim! - Eu também ri. - Por quê?
- Hum...Por nada!
- Não me convenceu. 
- Sei lá! Não gosto muito dessa ideia, mas entendo seu trabalho porque você também não deve gostar muito da ideia do meu. - Ele riu mais uma vez.
- É...Eu gosto do seu trabalho, mas realmente evito pensar em algumas coisas. Mas eu confio em você!
- Eu também confio em você, meu amor. Então vai lá. Não quero mais te atrapalhar!
- Você não me atrapalha.
- A gente se vê daqui a duas semanas então? - Ele disse com um ar triste. Fiquei com pena.
- Só... - Minha voz saiu quase inaudível, mas ele ouviu.
- Tudo bem, então! - Suspirou. - Beijo e te amo!
- Eu te amo mais! - Desliguei primeiro e também suspirei.
Não queria que ele tivesse ficado triste, mas era o meu trabalho.
Nossa reunião continuou, mas metade de mim estava com o pensamento longe. Bem longe.
Exatamente no meu namorado. Sua voz tristinha não saia da minha cabeça e eu também estava morrendo de saudades dele.
- O que foi, Nathália? - Um dos meninos que trabalhavam comigo, disse.
- Gente! Podemos encerrar por hoje? Amanhã a gente termina o resto. - Falei rápido. - Já fizemos quase tudo...Estamos aqui á horas. - Ri e eles me acompanharam.
- Tem razão, Nathi. Amanhã a gente termina, to exausto e você também, pela sua carinha.  - Todos concordaram e se despediram de mim.
Acabei de arrumar tudo no estúdio, deixei que minha secretária o fechasse e voei para casa.
Fui correndo para o meu quarto, tomei um banho e me arrumei. Já era quase de noite, então, eu só fiz um lanche por estar morrendo de fome e fui para a casa do Luan. 
Ele mesmo atendeu a porta e me abraçou apertado.
- Pensei que estivesse no estúdio.
- Eu tirei um tempo pra você, pra nós. Estava morrendo de saudades e não aguentaria esperar muitos dias.
- Ai, que bom! Pensei mesmo que não te veria! - Ele sorria, quando me afastei minimamente, para olhar seu rosto.
- E aquela saidinha? Ainda está de pé?
- Mais que de pé. - Ele riu. - Eu queria passar em um restaurante antes, mas cheguei varado de fome e já jantei. - Ele coçou a nuca.
- Eu também já comi, amor. Vamos pra outro lugar mesmo.
- Então vamos pra balada? - Assenti sorrindo. - Não esqueceu de nada desde que chegou, não?
- Eu? Não!
- Ah é? - Ele se aproximou e com suas duas mãos, segurou meu rosto.
Me deu um beijo intenso e com saudades.
Falei com seus pais e sua irmã, que estavam em sua casa e depois que ele tomou seu banho, fomos para a balada no meu carro mesmo, com Luan dirigindo.
Ele chamou muita atenção, como sempre, mesmo sempre indo naquele local. Falou com alguns amigos, tirou algumas fotos e só depois que nos sentamos em uma mesa. 
A nossa noite foi bem divertida, bebemos um pouco e até consegui com que Luan dançasse comigo.
Apesar de estarmos em uma boate, foi uma noite bem a dois e romântica.
Revolvemos voltar para casa ás três da manhã. Ele tinha insistido para que eu dormisse em sua casa, mas eu teria que terminar minha reunião no estúdio bem cedo e não queria ter que acordar ninguém.
- O que aconteceu, amor? - Falei, assim que vi que a velocidade do carro tinha diminuído consideravelmente. Ele não me respodeu, apenas entrou em uma rua deserta, mas bem iluminada e parou no acostamento. - O que a gente tá fazendo aqui? 
- Já que você não vai dormir lá em casa, queria te aproveitar um pouco. - Ele sorriu, antes de aproximar seu rosto do meu e me beijar.
O beijo foi ficando quente e sem nenhuma dificuldade, ele fez com que eu passasse para cima dele e deitou seu banco.
- Luan! Deve ser perigoso, amor!
- Relaxa...Eu conheço essa rua, tem policiamento e é tranquila.
- E se algum policial bate aqui? 
- Não vai bater... - Ele resmungou, antes de beijar meu pescoço.
Confesso que eu estava com medo, mas meu desejo por ele era maior e a saudade também.
Me deixei levar pelos meus instintos e parei de falar, enquanto sentia sua boca no meu pescoço, com vontade e suas mãos, puxando de leve meus cabelos.
Encerramos nossa noite ali, dentro daquele carro, naquela rua deserta. Tinha sido até melhor que a nossa primeira vez, com mais desejo.
Ele me deixou na porta da minha casa e como quase sempre, foi para casa no meu carro, já que eu aleguei que iria com o da minha mãe para o estúdio no dia seguinte. Ela estaria de folga.







quarta-feira, 25 de março de 2015

Capítulo 33



Me desculpem a demora, tava sem internet por conta dos raios que cairam aqui no domingo e queimou tudo! 


- Pai...Eu to com o Luan sim! - Eu resolvi falar a verdade, já que de um jeito ou de outro ele descobriria e depois ficaria ainda mais bravo.
- Eu não acredito, Nathália!
- O que tem demais nisso, pai? Eu amo o Luan e ele me pediu em namoro ontem, eu to tão feliz! - Sorri, mas meu sorriso logo desapareceu ao ver a cara do meu pai.
- Nathália, todo mundo do escritório viu. Você não sabe a vergonha que me fez passar. - Meus olhos lacrimejaram, mas mesmo assim ele continuava me olhando duro.
- A culpa é do Renan. Ele que espalhou isso pra ficar com fama em cima do Luan e se fazer de coitado!
- Mas ele não é o coitadoo da história mesmo? - Ri nervosa.
- Claro que não! Ele também me traia pai! - Quase gritei.
- Isso é pretesto seu agora, Nathália.
- Não acredito que estou ouvindo isso. O senhor não acredita em mim, é isso? Eu não preciso de pretesto pra nada e se tivesse realmente errada, falaria, como já fiz a minha vida toda. Nunca me fiz de coitada e muito menos fui santa nessa vida, mas sempre assumi os meus erros. Sempre! E eu só comecei a ficar com o Luan de verdade, depois que ele me mandou uma foto do Renan com outra. O senhor quer ver?
- Não precisa! Está bem, eu acredito em você. Está certa, sempre assumiu os erros. Mas ficou feio pra você no olhar de todos.
- Eu to me lixando pros outros...
- Mas eu não, Nathália! Eu sou advogado e dependo das pessoas pra viver. Eu não posso me lixar pra elas. Eu dependo do dinheiro delas. - Suspirei.
- Tudo bem, pai. Me desculpa por está fazendo o senhor passar por isso.
- E se quiser mesmo que eu não passe mais por isso, se afaste do Luan, Nathália.
- O que? 
- Você vai namorar mais um cantor, vão terminar e vai acontecer a mesma coisa. Por que não escolhe um homem normal pra namorar?
- Eu já disse que amo o Luan e ele é sim um homem normal. Um homem normal que está realizando o sonho de cantar pra todo mundo e ser conhecido e eu apoio ele nisso, assim como ele me apoia no meu sonho de virar uma produtora de sucesso aqui e em outros países. Ao contrário do senhor, pai, que nunca me apoiou nisso!
- Agora que não apoio mesmo! Olha o que esse meio te trouxe. Conhecer esses homens que querem se aproveitar de você. Um te traía, você deu o troco mas com outro do mesmo tipo.
- O Renan nem chega aos pés do Luan!
- Nathália, para de se iludir, minha filha!
- Eu não estou iludida, pai. Só aceita a minha felicidade, que eu acabei de encontrar e pronto. Eu sempre amei o Luan, antes mesmo de começar a namorar.
- Você está fazendo uma besteira na sua vida...
- Não! Eu não estou fazendo besteira nenhuma.
- Não quero te ver quebrando a cara.
- É inevitável, pai. Essa é a vida!
- Depois eu vou te dizer que te avisei.
- Brigas sempre vão existir e separação também, se eu e ele não dermos certo mesmo assim eu vou está feliz por ter tentado. Isso pode acontecer até mesmo com um homem normal, como o senhor diz.
- Mas pode ter certeza que com um homem normal, não vai acontecer escândalo nenhum pro Brasil todo ver. 
- Pai, eu to cansada. Sério! Eu só quero ser feliz! - Suspirei.
- Não precisa ser dessa forma.
- Precisa porque o Luan é o homem que eu amo. Eu to indo tomar um banho. - Falei e passei por ele.
- Que fique claro, Nathália. Eu não apoio esse namoro! - Ele disse alto, para que eu escutasse e eu suspirei, voltando a subir as escadas.
Tomei um banho chorando, pensando quando eu seria feliz na minha vida amorosa. Sempre tinha algo me impedindo.
Quando eu pensei que tudo estaria bem, meu pai não me apoia com o meu namoro. Era tudo que me faltava. Eu ter que escolher entre os dois homens que eu amo tanto, mas eu não escolheria por ninguém, ficaria com os dois meu pai querendo ou não.
Minha mãe chegou tarde da noite com Lorenzo e me encontrou na cama, pensando na vida.
- Que carinha é essa? - Ela entrou e meu irmão logo em seguida.
Sorri para os dois e comecei a contar a parte boa de tudo que tinha acontecido comigo.
- E você não está feliz por isso, mana? Não era tudo que queria? Namorar com o Luan? - Assenti, sorrindo.
- Era...Mas o papai não apoia. Eu cheguei aqui, ele me disse um monte de coisas, inclusive sobre a entrevista do Renan. Disse que não quer meu nome em TV de novo, em escândalo e não me apoia namorar outro cantor. - Suspirei.
- Não liga pro seu pai, minha filha. Ele logo vai conhecer o Luan e vai parar com essa implicância. Ele é um bom menino. - Sorri.
- Obrigada, mãe... - Lhe abracei. - E você, irmão? Me apoia? 
- Ainda pergunta? Eu também gosto do Luan e quero sua felicidade. Daqui a pouco o pai para com isso mesmo. - Ele se sentou do meu outro lado e eu também o abracei.
- Obrigada, vocês são meus anjos! - Ele riu de mim. - E quando sai o namoro com a Bruna?
- Sabe o que é? - Ele passou a mão no cabelo. - A gente tá namorando desde sábado.
- O que? - Quase gritei. 
- Eu pedi ela em namoro depois que saiu do aniversário, que aconteceu aquilo tudo. Eu sai do hospital de madrugada, nos encontramos em uma pracinha e eu pedi ela em namoro, comendo cachorro quente.
- (risos) Ah, que fofo, irmão! - Apertei suas bochechas e ele me olhou feio.
- Pelo visto, logo meus filhos me abandonam. Eu acho que a família do Luan tem mel! - Minha mãe brincou e nós rimos, antes de abraçá-la. Estava quase tudo perfeito.
Só faltava meu pai aceitar minha felicidade e dar a notícia que Lorenzo estava namorando a Lorena. Eu não tinha esquecido que ela gostava dele e a todo momento pensava na minha amiga. Mas meu irmão estava tão feliz e a Bruna era uma menina tão boa, que eu ficava radiante pelos dois também e com pena da minha amiga.

sexta-feira, 20 de março de 2015

Capítulo 32






- Eu te amo! - Eu disse e o beijei antes que dissesse alguma coisa. 
Eu não queria que ele repetisse aquela frase só pra não me magoar, da boca pra fora. Eu o faria dizer com todo o seu coração.
Ficamos ali namorando, comemos mais sobremesa e ás vezes ele até me sujava um pouco com o doce.
Ele me puxou para o seu colo e eu encostei minha cabeça em seu ombro.
- Olha que lindo esse céu! - Ele sussurrou e eu sorri, olhando para cima.
- Muito lindo! Tem muitas estrelas! - Ele virou minha cabeça de frente para a sua e novamente me puxou para um beijo. Foi um beijo mais gostoso e acelerado.
Eu passei a morder seus lábios e ele apertava minha cintura com muita força. Tirei minha boca da sua e passei a beijar seu pescoço, com seu cheiro que eu tanto amava.
Luan se levantou comigo em seu colo e me colocou no chão. Me olhou nos olhos, alguns segundos antes de me puxar para mais um beijo, só que dessa vez, selvagem. Ele puxava meu cabelo com uma certeza força e eu passei a apertar seu braço.
Coloquei minha mão entre nós e passei ela por sua barriga e peito, fazendo ele se encolher.
Fomos subindo as escadas com dificuldade e quando chegamos em seu quarto, ele me jogou na cama, colocando seu corpo por cima do meu.
- Eu te quero, Nathália. Te quero muito! - Ele sussurrava no meu ouvido, me fazendo delirar.
Meus olhos estavam fechados, sentindo o prazer que a boca dele me dava da minha orelha até o colo, aproveitando o decote do meu vestido.
- Eu também te quero muito! - Eu disse no mesmo tom, antes de começar a desabotoar os botões de sua camisa, que logo foi para o chão.
Ele se sentou na cama, me puxando para o seu colo e desamarrou o laço do meu vestido, que prendia no pescoço.
Voltou a beijar a minha boca, puxando um pouco meus cabelos da nuca e em seguida, passou a beijar meu pescoço. Suas mãos já começavam a explorar meus seios, que estavam descobertos e sem sutiã.
Sua boca foi descendo para o meu colo, até se encontrar neles. 
Eu nunca tinha sentido tanto prazer na vida com um homem. Ele simplesmente me deixava louca.
Me levantei para que tirasse o resto do meu vestido e levei as minhas mãos, até o cinto de sua calça.
Me deitei por cima dele, assim que sua calça já estava no chão e comecei a explorar seu corpo com as mãos. Ele também não fez diferente, apertava cada parte do meu corpo, me fazendo quase pegar fogo.
Minhas unhas começaram a arranhar o pé de sua barriga e eu o sentia se encolher de baixo de mim.
Sua excitação já estava a ponto de bala e com um gesto rápido, ele me virou na cama, ficando por cima de mim e me olhando com seu olhar malicioso e cheio de fogo.
Nossa noite foi longa. Muito longa. Paramos só quando o sol já saia e fomos para a varanda, enrolados em um lençol mesmo, apreciar aquela vista incrível.
Fomos dormir quase sete horas da manhã e acordamos só ás quatro.
Tomamos um café da manhã, no mesmo lugar em que jantamos e já tivemos que arrumar nossas coisas para voltarmos para São Paulo. 
Luan voltaria a viajar no outro dia e eu tinha plena consciência, que precisava passar aquele último dia de folga com a família. Na verdade, aquele restante de dia, já que estava no fim.
- Vou sentir falta daqui! - Eu falei e ele concordou.
- Eu também...É uma paz tão grande. - Não demorou muito para pousarmos em São Paulo.
Luan pegou seu carro, que tinha deixado no estacionamento do aeroporto e por ele ser quem era, cuidaram muito bem dele.
- E quando a gente assumi? - Ele me olhou, assim que o sinal fechou.
- Eu não sei, amor...Eu acho melhor a gente esperar. O Renan já deu aquela entrevista, a gente mesmo vai afirmar tudo que ele disse.
- É, você tem razão! Então, eu dou uma entrevista, dando a entender que estou com você, mas falo que ele também te traiu. Damos um tempo para eles esquecerem isso tudo e assumimos.
- Você vai falar mesmo que ele me traia?
- Eu vou! Ele que começou. Eu vou falar, que fiquei sabendo que ele traia você todas as noites. - Ele deu de ombros.
- Olha lá!
- Relaxa, amor! Vai dar tudo certo! - Ele pegou a minha mão e a beijou.
- Eu vou sentir saudades! - Eu abracei ele, assim que estacionou em frente a minha casa.
- Eu também vou, meu amor! Mas semana que vem eu volto e a gente mata ela.-  Ri e o puxei para um beijo.
Depois de minutos, consegui deixar ele ir, mesmo já morrendo de saudades. Eu tinha que me acostumar.
Já era noite e a casa estava calada. Lembrei que era plantão da minha mãe e do Lorenzo.
Assim que fechei a porta atrás de mim, levei um susto com meu pai parado, me olhando.
- Oi, pai.
- Oi, Nathália. Não me avisou que viajaria.
- Foi de última hora. - Fiquei sem jeito.
- Até que enfim eu te peguei em casa, já que não para mais aqui.
- Quem disse? Eu venho do estúdio pra cá todos os dias, pai.
- Mas final de semana, que eu fico em casa o dia todo, você some.
- Por que isso tudo agora, papai? - Cruzei os braços.
- Eu queria que me explicasse que palhaçada é essa que o Renan tá falando na televisão. Eu quero saber se é verdade que você traiu ele com aquele outro cantor, Nathália. Eu me recuso a acreditar nisso. Eu nunca fui muito com a cara desse Renan, mas até engolia. Agora esse outro cantor eu não sei se me desse. Quero uma explicação e das boas. Eu não quero filha minha falada!

quinta-feira, 19 de março de 2015

Capítulo 31





Só ficaríamos ali mesmo, mas eu decidi caprichar no visual mesmo assim. Nos arrumamos separados, a pedido dele mesmo, dizendo que queria ter uma surpresa ao ver. 


Jantarzinho romântico, me deixa ainda mais apaixonada :x 

Eu tinha me arrependido um pouco daquela legenda, estava com medo do Luan não gostar, mas decidi deixar ela mesmo.
Assim que desci as escadas, ele já estava na sala, com uma camisa de botões azul clarinha, uma calça jeans escura, um de seus coturnos e claro, seu cabelo perfeitamente arrumado.
- Oi... - Tirei sua concentração do celular e ele me olhou surpreso, se levantando em seguida.
- Nossa, Nathi...Que linda! - Eu sorri e me aproximei dele.
- Você também tá lindo, como sempre. - Ele sorriu e segurou minha nuca, antes de iniciar um beijo.
- A mesa está arrumada lá na varanda.
- Adoro comer ao ar livre! 
- Eu também! - Ele sorriu e me deu o braço, para que eu pegasse. 
- Que cavalheiro! - Brinquei e ele gargalhou.
- Você ainda não viu nada!
- Estou curiosa. - A mesa estava impecável. Tinha até vela.
Tudo vermelho e claro, com um toque de Luan nela. Tinha certeza que ele que tinha arrumado os mínimos detalhes.
Ele puxou a cadeira para que eu sentasse e arrastou a sua, para bem perto da minha.
A comida era risoto de camarão, um dos meus pratos favoritos e a sobremesa, não foi diferente. Torta gelada.
- Gostou? - Ele perguntou, enquanto eu ainda comia.
- Amei! Como soube as coisas que eu mais gosto?
- Tenho meus segredos. - Ele riu. - Eu liguei pra Lorena.
- Ah! Eu amei! Obrigada mesmo por tudo.
- Na, eu... - Ele parou de falar.
- Você? - Eu incentivei.
- Eu queria te fazer um pedido, que é muito importante pra mim e acredito, que vai ser muito importante pra você também. 
- Que pedido? Pode falar, Luan!
- Você quer namorar comigo? - Quase engasguei com a minha própria saliva.
Eu nunca imaginei que ele me pediria em namoro naquele e momento e com aquele romantismo todo.
- Namorar?
- É...Quer ser minha namorada? - Ele riu fraco e nervoso.
- Eu...Você ainda pergunta? - Sorri e percebi um sorriso de alívio em seus lábios
- Eu juro que vou dar tudo de mim pra te fazer muito feliz. - Ele falou bem próximo do meu rosto, enquanto acariciava minha bochecha com seu polegar direito.
- Eu tenho certeza disso! - Ele sorriu e me puxou para um beijo.
Foi o nosso primeiro beijo namorando e com gostinho de paixão e de quero mais.
- Você é muito especial. 
- Luan, eu juro que vou fazer você esquecer a sua ex mulher de vez. 
- Eu...
- Eu sei que você ainda sente alguma coisa por ela e entendo perfeitamente, um sentimento tão forte quanto o seu não acaba da noite pro dia. Mas pode ter certeza, de que eu vou fazer de tudo pra você esquecer ela, que não merece todo esse seu carinho.
- E eu tenho certeza que com você ao meu lado, eu vou conseguir!





Capítulo pequeno, passei o dia todo fazendo trabalho além de estar morrendoo de gripe!
Se amanhã não tiver capítulo, já sabem! Eu to ruim demais! Bjs!

quarta-feira, 18 de março de 2015

Capítulo 30




- Amor, por que não entrou? - Luan saiu de dentro da sua casa, falando.
Tinha ido pegar meu carro com ele e o liguei para ir se encontrar comigo do lado de fora.
- Ah, não...
- Ela tá com vergonha dos seus pais, Luan! - Lorena se intrometeu e eu olhei feio para ela.
- (risos) Sério? Por quê?
- Como por quê, Luan? E tudo que saiu na TV? Você viu?
- Eu e todo mundo aqui de casa...Mas eu já expliquei e ninguém tá ligando pra isso. Eu acho que vou dar uma explicação pra mídia também, mas vou ser breve e encerrar esse assunto.
- Faz bem!
- Eu não to nem aí, Nathália!
- Eu to preocupada! 
- Não precisa. - Ele me puxou pela cintura e me beijou.
- Já que eu to sobrando, já to indo... - Paramos o beijo rindo.
- Obrigada por me trazer aqui, amiga.
- De nada. - Ela revirou os olhos.
- Tchau, Lorena!
- Tchau, Luan! E juízo vocês.
- Amor! Se eu te fizer um convite, você aceita?
- Depende...Que convite?
- Eu to de folga até quarta e queria ir pra chácara amanhã, mas com você. Sozinhos! - Ele sorriu malicioso pra mim e eu ri.
- Se você aceitar ir depois de meio dia. Tenho uns negocios pra fazer no estúdio.
- De boa, amor!
- Então vamos!
- Você vai gostar bastante da minha chácara!
- Eu também acho. - Nos beijamos mais algumas vezes e fomos interrompidos pela Bruna.
- Cunhadinha! Por quê não me avisou que estava aqui? - Ela fez cara feia e me abraçou.
- (risos) Só vim buscar meu carro, Bru.
- Só mesmo? - Ela me olhou e eu fiquei envergonhada.
- Boba! Deixa eu ir, gente!
- Até amanhã, então. Eu te pego na sua casa. 
- A gente volta que dia?
- Na terça, pode ser?
- Pode sim!
- Pra onde vocês vão? - Bruna, que nos observava, disse.
- Pra cháraca! - Luan respondeu.
- Posso ir...
- Não! - Ele cortou ela e eu ri.
- Tadinha, Luan.
- Outro dia você vai com o irmão da Nathi e nós dois, mas amanhã não!
- Tudo bem! - Ela revirou os olhos. 
Me despedi dos dois e fui direto para casa.
No outro dia, Luan estava em frente a minha casa, na hora certa que tínhamos combinado.
Eu me despedi da minha mãe, que era a única em casa e peguei minha mala.
Pegamos o vôo para Londrina e depois de mais uma hora e meia de carro, chegamos em sua chácara.
Realmente era linda como ele falava, sem tirar nem por.
- Amor, bora comer e ir pra piscina?
- Vamos comer lá mesmo? Quero entrar de uma vez. - Ele riu da minha animação e assentiu.
A água estava ótima e nós bebíamos uma caip fruta, que a empregada tinha preparado dentro da piscina, combinando perfeitamente com o tempo lindo que fazia.
- Você é linda, sabia? - Ele me encarou por um tempo e eu sorri envergonhada.
- Você que é lindo! - Eu o abracei pelo pescoço e ele tirou o copo da minha mão, me puxando para um beijo.
Aquele dia foi perfeito. Ele estava tão carinhoso, que parecia até um sonho. 
Ficamos até de noite na piscina e quando saímos, ele dizia para que eu me arrumasse que ele tinha preparado junto com a dona que cozinhava, um jantar bem romântico para nós.
Quase morri de amores.

terça-feira, 17 de março de 2015

Capítulo 29





- Oi, dona Luana. - Luan coçou a nuca, sem jeito.
- Não precisam ficar com vergonha. - Me sentei á mesa, junto com Luan.
- E cadê meu pai? - Eu perguntei e Luan logo me olhou, me fazendo quase ri com a sua cara.
- Passou no escritório primeiro.
- Ah...
- Se virou bem aqui sozinha? 
- Claro, mãe! - Disse e ela riu. - Sabia que Luan estava aqui?
- Sabia. Assim que cheguei a Marina me disse.
- Como ela sabia?
- Disse que subiu para limpar lá em cima e a porta do seu quarto estava um pouco aberta.
- Esqueci de fechar. Mas, mãe, nao aconteceu...
- Fica tranquila, Nathália! Você tem 23 anos! - Nessa hora, Luan já estava quase morto de vergonha.
Tomamos nosso café da manhã e ele parecia até comer rápido, acho que com medo do meu pai chegar.
Se despediu da minha mãe e de Marina e eu o levei até a porta.
- Tenho que chamar um táxi.
- Não, vai no meu carro, que depois Lorena me leva na sua casa e eu pego ele.
- Pretesto pra me ver? - Revirei os olhos.
- Besta! 
- Vou sentir saudades!
- Daqui a pouco a gente se ver de novo.
- Mesmo assim! - Ri. - Agora deixa eu ir, antes que seu pai apareça. Que sorte a minha ele não ter vindo direto pra casa.
- (risos) Como você é medroso, Luan!
- Não sou medroso, amor, mas esse caso é de vida ou morte. Imagina se ele me pega no seu quarto.
- Realmente, não seria uma boa coisa. - Ele fez careta. 
- Então até mais tarde! - Ele me puxou para um beijo e depois de vários outros, enfim ele se foi.
Passei o dia conversando com a minha mãe e lhe contei tudo que estava acontecendo na minha vida, inclusive o que tinha acontecido na noite anterior. Ela sempre foi minha melhor amiga nessas horas e como sempre, me deu muita força. 
Lorena apareceu na minha casa quase oito horas da noite e nos sentamos no sofá, enquanto minha mãe via TV. Conversamos um pouco e eu também lhe contei tudo que tinha acontecido.
- Filha! Vão falar sobre o Renan e o Luan agora!
- O que? - Me virei para televisão e fiquei esperando começar.
Tinha vazado tudo que tinha acontecido no aniversário do Sorocaba, inclusive os mínimos detalhes. Que eu e Luan éramos amantes, que eu disse que o Renan me traia e sobre Renan ter dado um soco no ex amigo, por minha causa. Uma verdadeira confusão.
A repórter estava em um show do Renan e depois de lhe perguntar sobre sua carreira, ela iniciou esse assunto. E eu pensando que o Renan desconversaria aquilo, mas ele fez questão de falar.

"Cara, é tudo verdade sim! Eu nunca imaginei que o Luan faria isso comigo. Ele sempre foi meu parceiro, inclusive gravamos uma música juntos á pouco tempo. Fiquei muito magoado!"

" Inclusive, essa música foi produzida pela sua ex, não é?"

" Sim! A Nathália é minha produtora, mas depois dessa eu nem sei mais. Eu to muito chateado com o Luan. Ele podia fazer qualquer coisa, menos ficar com a minha namorada."

" Vocês terminaram, não é?"

" Não oficialmente, mas claro que depois de tudo estamos separados."

" Por que, não oficialmente?"

" Porque nem deu tempo, o Luan saiu puxando ela de lá."

" Mas saiu que você também traia a Nathália, Renan."

" Eu nunca faria isso com ela! Eu amava e ainda amo ela! Mas é isso, aí! É vida que segue! Eu desejo tudo de bom pros dois, que sejam felizes! Eu vou seguir com a minha vida e focar na minha carreira."

- Cachorro! - Eu gritei desligando a TV. - Ele fez o jogo se inverter, agora ele que ser o coitado pra mídia e fazer o Luan de vilão!
- Isso vai passar, Nathália! Eles sempre esquecem!
- Eu sei, Lo. Mas tem a carreira do Luan, é lógico que agora no começo ele não vai ter paz.
- Mas se foi ele mesmo que confessou ao Renan que vocês ficam, não deve estar se importando com isso.
- A Lorena tem razão, filha. Esquece isso e segue a sua vida com o Luan, já que se gostam!
- É isso mesmo que eu vou fazer, mãe! Eu nunca mais quero ver o Renan na minha frente. Cínico! Ainda bem que o nosso contrato vence semana que vem e eu não vou renovar.
- É isso aí, amiga!
- Esse idiota ainda vai ganhar fama as custas do Luan. Como eu pude aceitar namorar com um cara tão babaca? Se arrependimento matasse!
- Nathália! Esquece isso, filha. Agora é bola pra frente. - Assenti.
Era isso mesmo que eu iria fazer.




segunda-feira, 16 de março de 2015

Capítulo 28






- Vamos no seu carro? Depois a Bruna vai com o meu, já que ela veio comigo. Vou mandar uma mensagem pra ela. - Assenti para ele e lhe entreguei a chave do meu carro.
- Você é louco sabia? Querendo brigar com ele no meio de todo mundo.- Eu o falei, assim que entramos e ele riu negando.
- Não...Não sou! Eu explodi! O Renan é um idiota e mereceu cada chifre que colocamos nele. - Ele riu.
- Eu também explodi dizendo que sabia que ele me traia. - Suspirei.
- Mas foi bom você falar isso, pelo menos aos olhos dos nossos amigos não vamos sair como vilões.
- Nem me fala! Eu to morta de vergonha! Todo mundo viu...
- Não liga pra isso, amor! O que importa é que você se livrou dele. - Ele pegou na minha mão e eu sorri.
- É...
- Posso dormir com você? - Ele me olhou com uma carinha pidona e eu ri.
- Pode sim! 
- Não tem riscos dos seus pais chegarem, não é? - Neguei.
- Por que, tá com medo?
- To, ué!
- Mas você já até conhece minha mãe.
- Mas não conheço seu pai! - Ele fez careta e eu ri.
Mudamos de assunto e fomos conversando outras coisas, até a minha casa. Já estava até esquecendo de toda a confusão que armamos no aniversário do Sorocaba, que depois tínhamos que pedir imensas desculpas.
- Não comi nada lá! - Fiz careta.
- Nem eu...Vamos pedir uma pizza? - Assenti e ele pegou seu celular do bolso.
Depois de comermos uma pizza tamanho gigante sozinhos, vimos um filme até altas horas da madruga e só então, eu fiquei com sono, mas mesmo assim Luan ainda estava acesso.
- Sério que não tá com sono? Quatro horas da manhã!
- Pode dormir, daqui á uma, duas horas eu durmo.
- Vamos subir, vai? A gente deita e você pega no sono. - Ele assentiu e se levantou do chão, me ajudando em seguida.
Desligamos a televisão e apagamos as luzes da casa, antes de subirmos para o meu quarto.
- Você vai me deixar dormir aqui mesmo, é?
- Dormir, eu deixo!
- Boba! - Ele me abraçou por trás rindo e beijou meu ombro.
Arrumei minha cama, liguei o ar condicionado e peguei minha coberta cheia de pelos, da moranguinho, favorita, fazendo Luan ri de mim.
- Que criança! - Ele se deitou do meu lado rindo.
- Besta! Ela é a melhor coberta que eu tenho.
- Dorme bem! - Ele sussurrou, antes de beijar meu rosto.
- Você também! - Repeti seu gesto.
- Não tá faltando nada não?
- O que? - Me fiz de desentendida e ri, em seguida.
- Meu beijo direito! - Ele me beijou com vontade e eu passei minhas mãos por suas costas nuas, já que ele dormia só de cueca.
O beijo fui aprofundando e ele já estava com seu corpo por cima do meu, apertando minha coxa.
- Ei...Vamos dormir! Eu to com tanto sono. - Fiz bico e ele riu.
- Tudo bem! - Ele me deu um último beijo e se deitou ao meu lado.
Dormimos de conchinha e minha última lembrança daquela noite, foi ele acariciando meu cabelo.
Acordei primeiro no outro dia e assim que olhei no relógio, me assustei.
- Três horas! - Falei alto e Luan se mecheu na cama, abrindo os olhos em seguida.
- Bom dia! - Ele sorriu e eu fiz o mesmo.
- Bom dia...Desculpa te acordar!
- Nada, pelo o que eu ouvi, já é bem tarde!
- Muito! Nunca dormi tanto assim! - Rimos.
Ele passou seu braço pela minha cintura e me fez deitar de novo, já que estava sentada, e mesmo contra a minha vontade, por ter acabado de acordar e nem ter escovado os dentes, ele me beijou.
E não foi por isso que o nosso beijo foi ruim, pelo contrário, tinha sido muito gostoso.
Tomei um banho, enquanto Luan se trocava no meu quarto e depois descemos para tomarmos café da manhã.
- Oi, gente! - Minha mãe me assustou.
- Mãe? Vocês não viriam só depois do almoço?
- E agora é depois do almoço. - Ela riu. - Oi, Luan!


sexta-feira, 13 de março de 2015

Capítulo 27





Indicando, amrs! Eu leio e recomendo :) http://fanficmeuanjo6.blogspot.com.br/?m=1





Meu celular tocou, assim que eu me sentei no sofá e eu suspirei antes de atender, assim que olhei quem era no visor.
- Oi, Renan.
- Amor! Tudo bem?
- Tudo ótimo e com você?
- Estaria melhor com você aqui comigo. - Revirei os olhos. - Olha hoje é aniversário do Soroca, quer ir comigo?
- Não viria pra São Paulo só amanhã? - Ele se calou por alguns segundos.
- É...Uma rádio desmarcou minha participação e eu decidi voltar hoje pro aniversário dele.
- Entendi...
- Então, vamos comigo?
- Vamos sim! - Sorri, ao me lembrar que encontraria Luan por lá.
- Ótimo! Então eu passo aí pra te pegar ás nove.
- Não, pode deixar que eu vou no meu carro! - Não queria ficar sozinha com ele.
- Tudo bem, então! Nos encostramos lá na porta ás nove e meia, então?
- Pode ser! Deixa eu ir escolher uma roupa, então. - Não queria continuar ouvindo a voz dele.
Eu estava com raiva e nojo por ele ser tão falso.
- Então vai lá, amor! Beijos. Te amo!
- Beijos! - Eu desliguei rápido.
Eu nunca falava que amava ele, porque aquilo não era verídico. Ele percebia mas não falava nada.
Acho que preferia ficar comigo daquele jeito, do que nos separarmos.
Ás nove e meia eu já estava em frente a boate e Renan chegou dois minutos depois. Me deu um beijo, que eu logo o cortei e pedi para entrarmos. 
Ele pegou na minha mão e fomos caminhando para dentro da boate. Primeiro falamos com o aniversariante e depois, ele se juntou ao seu grupo de amigos, que eu já conhecia.
Rodei meus olhos pelo local á procura de Luan, mas não o via.
"Aonde você tá?" - Ele me mandou uma mensagem e eu olhei para ver se Renan me olhava.
Mas ele conversa entretido com os amigos e não estava tão perto de mim.
" Tô do lado do bar...Vem aqui perto." - Ele parou de responder, mas logo o vi e ele sorriu pra mim.
" Vem no corredor do banheiro."
" Deve ter muita gente."
" Vem logo, amor!"
Não o questionei mais e avisei Renan que iria até o banheiro. Ele concordou e eu sai dali rápido.
Passei pelos banheiros e comecei a procurar pelo Luan, que me deu um susto me agarrando por trás e me levando até um canto do corredor, mais escuro.
-  Quase me mata! - Eu ri e ele me acompanhou, mas não disse nada, só me puxou para um beijo.
Ficamos ali por bastante tempo trocando beijos. Não falávamos nada.
Renan me mandou uma mensagem dizendo que estava me procurando e nós tivemos que nos despedir.
Luan foi primeiro e eu entrei no banheiro, encontrando Bruna.
- Quanto tempo, Na! - Ela me abraçou e eu ri.
- E como vai seu lance com meu irmão?
- Vai tudo ótimo! Eu acho que tô apaixonada. Seu irmão é um príncipe!
- (risos) Sei que sim! - Ficamos conversando ali e eu aproveite para mandar uma mensagem para Renan, falando que estava conversando com Bruna.
Voltamos para onde todos estavam e ele logo veio me abraçar. Eu estava incomodada, mas não podia fazer nada, se não ele desconfiaria de alguma coisa. Luan não tirava os olhos de mim, me fazendo ficar totalmente sem graça e rezando para que ninguém percebesse.
Uma hora, Renan me soltou e voltou a conversar com seus amigos e beber sem parar.
Eu continuei conversando com as meninas que eu tinha amizade dali.
Rafael, que fazia dupla com Renan antes, foi falar conosco e se despedir, já que no outro dia ele iria de vez para fora do país, morar com sua mãe. Ele era gente boa e sempre nos demos muito bem, nos tempos em que ele ainda fazia dupla com Renan e eu produzia os dois. Na verdade, eu simpatizei mais com ele do que com Renan, no primeiro momento.
- Quem diria você e o Renan! - Ele ficou do meu lado e eu ri sem graça. - Você nem gostava dele, Nathi!
- Ai, Rafa! Eu não amo ele, sabe? Mas ele me faz bem...Eu acho que faz. - Ele não falou mais nada e voltamos a conversar sobre outras coisas.
Luan novamente me mandou uma mensagem para nos encontrarmos no mesmo lugar de algum tempo atrás e eu o olhei feio, mas ele sorriu.
- Pensei que me deixaria aqui esperando. - Ele disse, assim que nos encontramos.
- Seu dramático! - Ele me puxou para um beijo. - A gente tá dando muito mole, Luan.
- Eu não aguento te ver e ficar sem te beijar. - Ele beijou meu pescoço.
- Mesmo assim!
- Relaxa! - Ele voltou a me beijar e depois de alguns minutos, fomos interrompidos por uma voz.
Meus olhos se arregalaram e Luan parou de me beijar.
- Sua vadia!
- Renan?
- Como pode fazer isso comigo? Galinha!
- Não fala assim com ela! - Luan disse.
- Eu falo do jeito que eu quiser! - Renan me pegou pelo braço e foi me arrastando para onde todos estavam. Olhei para trás e Luan andava atrás de nós.
- Me solta! - Eu soltei meu braço dele, que me olhou feio.
- Cachorra! É isso que você é, Nathália!
- Você tá louco? Vem brigar comigo e não com ela. - Luan falou alto e atraiu os olhares de todos.
- Você é outro...Se fez de meu amigo e pegava minha mulher por trás. - Renan gritou e agora sim, todos já olhavam.
- Nunca fui seu amigo mesmo, seu idiota!
- E o que você tá falando, Renan? Você me trai e eu tenho provas!
- Você realmente nunca foi meu amigo, Luan.
- Não fui mesmo e a Nathália não merecia a sua traição.
- E eu merecia a dela?
- Merecia! Por que a gente começou mesmo com isso, depois que eu mandei uma foto sua com outra, pra ela.
- Seu babaca! Vocês me traíram!
- Vamos embora, Nathália! - Luan me pegou pela mão e saiu quase que correndo comigo dali.
Eu estava mais que atordoada com tudo que tinha acontecido.

quarta-feira, 11 de março de 2015

Capítulo 26






- Luan...Eu tenho namorado! A gente não podia ter feito isso... - Eu tentava afastar ele de mim, mas ele me segurava ainda mais. Beijava meu pescoço e eu fazia de tudo para não resistir.
- Não sou ciumento! - Ele riu e eu bati em seu ombro.
- Para de gracinha...Eu to falando sério! - Ele levantou seu rosto para me olhar e eu pude respirar melhor. - Isso não é legal!
- Eu sei que não...Mas o que eu posso fazer? Meu corpo pede o seu e a minha boca pede a sua.
- Não pedia quando eu queria. - Ele suspirou.
- Eu já me desculpei por tudo. Mas eu adoro você, eu adoro beijar você!
- Luan, não dá, entendeu? Continua curtindo a sua vida que é melhor...
- Não! O melhor é curtir a vida, mas com você.
- Eu namoro! Tenho certeza de que você, mais que ninguém, sabe o quanto é ruim uma traição.
- Não precisava me lembrar disso!
- Mas não é verdade?
- Tá...Eu sei, mas acontece...
- Nada de mas! Não tem explicação. Você não é diferente dele.
- Sou sim!
- Não...Não é! - Luan suspirou derrotado. - Deixa eu ir!
- Vamos pro hotel comigo? - Ele voltou a beijar meu pescoço e eu me assustei.
- O que?
- Não é pra fazer nada disso que está pensando. - Ele riu. - Só se quiser...Brincadeira!
- Luan é sério! Eu tenho que ir. 
- Só mais um! - Ele sussurrou e me puxou para outro beijo.
Eu já não tinha mais força pra me afastar mesmo e já estava errando, erraria mais um pouco.
Me soltei dele, depois de alguns segundos e deixei ele rindo no camarim. Naquele momento, eu já não sabia mais o que estava fazendo.
Acordei no outro dia e fui para o estúdio bem cedo. Trabalhei pra caramba e graças a Deus não tive tempo pra pensar nele e na noite passada.
Acordei com meu celular apitando, eram duas horas da manhã.
Antes mesmo de ver de quem era a mensagem, já me sentei vendo aquela foto enorme e nítida que aparecia no meu celular. Renan beijava uma morena, com um vestido minúsculo.
Respirei fundo e fui ver quem tinha me mandando.
- Luan? - Falei em voz alta e logo mais mensagens chegaram.

"Só te mandei isso, pra você não ficar com a consciência pesada, que eu sei que está. Ele te trai e não é de hoje. Eu só não tinha provas pra te mostrar, mas como o destino é bom, na mesma boate que eu estou, ele também está e aos beijos com várias. Estou o vendo nesse momento.
Por isso disse que era diferente dele. Eu nunca trai Laisa na vida, por isso não merecia nenhum tipo de traição da parte dela."

" Eu...Não sei o que dizer."

" Só não se culpe pelo que fizemos ontem!"

"Tudo bem...Eu pensei que ele gostasse de mim de verdade."

" Eu já disse que quem ama não trai"

" Eu sei disso. Obrigada por me alertar!"

" De nada. Você gosta dele?"

" Pra ser sincera? Nenhum pouco"

" Que bom!"

" Aonde vocês estão?"

"Aqui em São Paulo mesmo"

" Cachorro! Ele me disse que só viria depois de amanhã."

" Ele te passa pra trás quase sempre, Nathi. Escuta, tá em casa amanhã de dia?"

" Tô depois de uma hora, por quê?"

" Tá sozinha?"

" Tô, meus pais foram viajar e Lorenzo trabalha. Mas por que dessas perguntas?"

" Eu vou passar aí, então. Assim que acordar!"

" Tá bom. Vou te esperar!"

" Me espera...Beijo na boca!"

Ele encerrou nossas mensagens daquele jeito e eu me deitei gargalhando.
Estava com raiva do Renan  por ele estar me traindo, mas ao mesmo tempo minha consciência estava mais leve, por ter beijado Luan e por amar ele, estando com Renan. Ele não merecia minha preocupação.
No outro dia, eu acordei bem cedo e fui para o estúdio fazer as minhas coisas. Tentei fazer o mais rápido que pude, ansiosa para chegar em casa logo.
Tomei um banho, almocei e fiquei no sofá, esperando por Luan. Me ligaram da portaria e eu deixei liberado sua entrada. Não demorou menos de cinco minutos, para a minha campainha tocar.
Atendi a porta com um sorriso no rosto e ele não estava diferente de mim.
- Que saudade de você! - Ele me puxou para um beijo e fechou a porta atrás de si, com os pés.
- Mas a gente se viu a pouco tempo! - Eu falei entre o beijo e ele riu.
- Mesmo assim!
- Quero comer um doce e você?
- Pode ser...Você vai fazer?
- Vou! O que você quer?
- Essa eu pago pra ver. Nathália na cozinha.
- (risos) Idiota! Pois saiba que em doces eu sou a melhor.
- Vou esperar pra ver! - Luan foi para sala, ligou a TV e se deitou no sofá.
Ri, assim que cheguei com os doces já prontos, que eu tinha feito.
- Tá a vontade, né?
- Eu tô e você? - Ri dele, enquanto nos sentávamos no chão.
- Bobo!
- Não me ofendi! - Ele passou um pouco de brigadeiro na minha boca e me puxou para um beijo.
Passamos o dia naquele clima maravilhoso. Ele sempre fazia suas gracinhas para eu ri, e nos beijávamos toda hora. Parecia um sonho, que a qualquer momento eu acordaria.
- Você vai na festa hoje?
- Que festa?
- Aniversário do Sorocaba. O Renan vai. Ele fechou uma boate.
- Ele não me disse nada.
- Mas ainda vai dizer.
- Não sei se vou.
- Vai! E a gente se encontra lá.  - Ele piscou o olho e eu assenti.
- Então...Até mais tarde! - Nos abraçamos.
- Até, amor! - Ele sussurrou e me deu um beijo gostoso.
Fechei a porta sorrindo, feito uma idiota.

terça-feira, 10 de março de 2015

Capítulo 25






Dudu tinha me ligado e insistia para que eu fosse com ele no show de lançamento do CD do Luan.
- Vamos, Nathi! Trabalhamos tanto pra esse CD e o Luan disse que te quer lá. - Suspirei.
- Tudo bem, vai...Que horas começa?
- Ás onze horas! Assim que chegar me chama que eu vou te buscar na portaria, ou mando Rober.
- Tá bom, Dudu! - Me despedi dele e me sentei na cama suspirando.
- Para com essa cara Nathália! É o trabalho de vocês. -Lorena dizia. - E você não iria esquecer ele? 
Por esse mesmo motivo começou a namorar. Você namora! 
- Eu sei muito bem disso! - Revirei os olhos. - E você disse bem, eu disse que esqueceria só não sei se meu plano se concretizou! - Eu bufei.
Tomei um banho assim que minha amiga foi embora e fiquei horas procurando uma roupa pra vestir.
A toda hora eu pensava nele e naquele momento não foi diferente. Eu queria que ele me achasse bonita.



Hoje é dia de lançamento e tá muito top!

Fiz o que Dudu tinha pedido, assim que eu cheguei e ele mesmo foi me pegar para irmos pro camarote.
- Se atrasou, acabamos de sair do camarim! - Agradeci mentalmente por aquilo.
- Me atrasei escolhendo a roupa! - Eu sorri e ele gargalhou.
- Mulheres! - Revirei os olhos.
O show não demorou a começar e como imaginávamos, estava tudo lindo. Desde os efeitos, até as músicas.
Ele cantou "Vergonha na cara", olhando algumas vezes para mim, disfarçadamente.
Uma música que por minha insistência tinha ido pro repertório. Eu tinha me identificado com ela e estava com a certeza de que faria sucesso.
Quando o show terminou, para a minha surpresa Rober foi me buscar a mando do Luan.
- Oi ... - Eu falei tímida e ele se virou sorrindo.
Estava sem camisa, suado, extremamente lindo.
- Pensei que não viria.
- Eu tinha que vir, não é mesmo? - Encarei o chão tímida e quando levantei meu rosto de novo, ele já estava bem próximo de mim.
- Eu te chamei aqui pra te fazer uma pergunta... - Seu hálito fresco bateu no meu rosto e eu estremeci.
- Pode falar. - Sussurrei.
- Você ainda gosta de mim?
- O que?
- Eu quero saber se você ainda me ama Nathália.
- Luan, eu tenho namorado! - Fiquei aflita.
- Não foi essa minha pergunta...
- É lógico que eu não te amo mais e... - Eu desviei o olhar, tentando me afastar, mas ele me puxou com tudo de volta, fazendo nossos corpos se colarem.
- Tem certeza?
- Luan! - Ele me encostou na primeira parede que viu e minha respiração falhou.
- Tem certeza que não sente mais nada por mim? - Ele falava bem perto da minha boca.
- Luan... - Minha voz já quase não saía.
Ele colou nossos lábios, me assustando e nos primeiros segundos eu não reagi, mas depois coloquei as mãos em sua nuca e aprofundei aquele beijo.
Eu não queria fazer aquilo com Renan, mas meus sentimentos e meu coração falavam mais alto.
Ele me beijava com uma vontade jamais conhecida por mim e eu gostei daquilo.
Eu passei a colocar minhas mãos alternando entre seus braços, costas e nuca. 
Como estava melhor aquele beijo de todos que já tínhamos dado, ainda mais com ele ali, sem camisa.
Uma perdição. Minha perdição.

segunda-feira, 9 de março de 2015

Capítulo 24






- Você aceita namorar comigo, Nathália? - Quase engasguei com água que bebia e comecei a tossir. 
Renan foi me ajudar e eu me sentei na cadeira.
- Renan, eu...
- Sei que é cedo demais, que a gente acabou de ficar. Mas eu gosto tanto de você e tenho certeza que posso te fazer feliz. Sei que tá sofrendo por alguma coisa.
- Sofrendo?
- Eu te conheço, Nathália, pode acreditar. Eu sempre reparo seu jeito, suas manias e sei exatamente que está sofrendo por alguma coisa, ou por alguém. - Ele me encarou e eu não sabia mais o que dizer, então, olhei para o chão.
- Quer saber. Eu realmente tô sofrendo por alguém, mas...Eu quero esquecer esse alguém, então eu aceito namorar com você!
- É sério? - Ele sorriu e eu assenti. - Posso te dar um abraço?
- Namorado pede pra abraçar a namorada? - Sorri e ele me abraçou forte.
- Eu juro que vou fazer de tudo pra você esquecer esse cara, Nathi. Pra você ser feliz!
- Obrigada! - Eu sussurrei e ele me puxou para um beijo.
Estava realmente disposta a ser feliz com meu mais novo namorado.
Estávamos no meu estúdio, na minha sala e depois dali, nos despedimos já que ele tinha show a semana toda.
- Na segunda eu passo aqui pra gente sair, pode ser? Final de semana é dia de show. - Ele me olhou sem graça.
- Eu entendo, Renan! Entendo mesmo e a gente pode sair tranquilo na segunda. 
- Então tá bom...Eu já to com saudade! - Ele voltou a me abraçar e a me beijar.
Por um lado eu estava com um pouco de medo de não conseguir ficar com ele e iludir o garoto, mas ele queria tanto e eu, estava disposta a tentar, então, deixei rolar.


                        ...

- Vai aonde, Bruna?
- Que saber pra quê? - Eu revirei os olhos e ela riu.
- Porque eu vou ficar aqui sozinho.
- Até parece que você liga pra isso.
- Quem disse que não?
- Daqui a pouco o papai e a mãe chegam...
- Aonde você vai? Que mistério!
- Eu vou ir almoçar com o Lorenzo, Luan.
- Vocês tão levando isso a sério mesmo?
- Isso não! A gente tá levando a sério sim e quem sabe não evolui nossa relação. - Ela sorriu.
- Olha lá! Eu sei que ele é um homem de respeito, mas ele é bem mais velho que você...Que eu!
- Eu sei me cuidar, irmão! 
- Tá bom...Manda um beijo pro meu cunhado. - Ri e ela me acompanhou.
- E pra minha cunhada?
- Que cunhada?
- A Nathália. - Ela me olhou maliciosa. - Seu besta! Ela é irmã do Lorenzo.
- Ah...Ela vai junto? - Bruna assentiu. - Manda um beijo pra ela também.
- Você não quer ir? 
- Me espera? - Ela assentiu e eu subi as escadas correndo.
Assim que chegamos no restaurante os dois já estavam sentados em uma mesa mais afastada.
Bruna cumprimentou eles primeiro e logo depois eu. Nathália se espantou ao me ver.
- Tudo bem? - Lorenzo perguntou simpático.
- Tudo ótimo e com você? - Me sentei ao lado de Nathália. O único lugar vago.
- Tudo bem...
- Resolvi vir, já que a Bruna disse que a Nathália viria. Não queria atrapalhar vocês.
- Você não atrapalha, Luan. Relaxa!
- É ruim segurar vela também. - Fiz careta e eles riram.
Começamos a conversar normalmente e demoramos um pouco naquele restaurante.
- O Lorenzo me leva, Luan. Beijo! - Bruna se despediu de nós, no estacionamento e saiu.
 - Tudo bem? - Perguntei a Nathália, que me olhou sorrindo.
- Tudo ótimo! 
- Que bom...
- Você também está bem?
- Estou sim.
- Ah, vi na televisão que saiu seu divórcio.
- É sim! - Suspirei.
- Sinto muito! Por que não quis tentar de novo com ela?
- Não sinta porque não vale a pena. - Ri fraco. - De jeito nenhum. Confiança é uma coisa valiosa em um relacionamento e eu não tenho mais nenhuma nela.
- Você vai morar com seus pais agora?
- Na verdade eu quase moro com eles mesmo, porque quando tô de folga vivo lá comendo. - Ri e ela me acompanhou. - Mas a casa é minha, tá no meu nome e nós nos casamos com separação total de bens.
- Sério? - Assenti.
- Até que no nosso casamento ela não queria mesmo, mas por mais cego que eu fosse, parecia já prever o futuro e não concordei e ela não teve outra escolha.
- Se você tivesse aceitado...
-Ela teria feito a limpa nas minhas coisas. 
- Você tá superando bem? Eu me preocupo com você.
- Estou sim! Obrigada por se preocupar. Não foi fácil, mas vai passar. Não era você mesma que me dizia isso? - Ela sorriu. - Eu ainda lembro dos meus momentos felizes com ela, quase sempre, ela me parecia apaixonada de verdade, mas logo depois vem a imagem daquele homem e daquelas mensagens em seu celular.
- Ás vezes ela te ama mesmo.
- Quem ama não trai, Nathália! Quem ama não trai. - Me despedi dela e voltei para a casa dos meus pais.
Estava pensando seriamente em vender a minha, já que sempre que eu entrava nela, me lembrava de um dos piores momentos da minha vida. O dia em que descobri a traição.
Eu tinha nojo daquela cama que já fizemos amor tantas noites. Daquele banheiro que também era sempre usado por nós dois e ela fingia amor por mim, só por causa do meu dinheiro. 
Tudo por causa do dinheiro.
Eu dormi aquela tarde toda e acordei quase de noite para comer.
Entrei na internet pelo meu celular, enquanto minha mãe fazia meu misto quente e vi logo uma foto de Nathália na primeira página. Sempre linda.


Segunda, dia de sair com meu amor! 

Me assustei ao ver a rede social de um homem marcado em sua foto e mais, era o Renan.
Me lembrei da festa de aniversário de Lorenzo, que ele me dizia que era louco por ela á muito tempo, mas não era correspondido. Suspirei.
Eu não era apaixonado por ela, tão pouco a amava, mas naquele momento eu queria tentar alguma coisa, ou beijá-la de novo. 
Eu tinha gostado de seu beijo, eu tinha gostado de ficar com ela e queria tentar, ou era só meu orgulho ferido por ver que ela estava desistindo de mim, desistindo de me amar e já estava em outra. Eu não sei porque, mas eu não gostei de saber daquela ideia. 
Eu me sentia a pessoa mais egoísta do mundo, eu não amava ela, mas ainda sim queria que ela não parasse de gostar de mim.





"Anônimo" que comentou que eu estava "kibando" outra fanfic. Eu sei a fanfic que você está falando e tudo não passa de uma coincidência e só pra você saber, eu comecei a escrever os capítulos dessa fanfic e os nomes dos personagens, aquela não tinha nem começado. Não significa nada um personagem ter o mesmo nome e mesma profissão em fanfic's, até porque se fosse assim a vida seria um "kibe". Coloquei esse nome porque é um dos que eu mais gosto e essa profissão, tem em todas as minhas fanfic's, porque também é uma das que eu mais admiro e eu leio sim aquela fanfic e se não fosse esse seu comentário eu nunca nem teria percebido isso, que pra mim é extremamente normal, já que leio várias fanfic's com nomes de personagens protagonistas, iguais.
Plágio, é copiar a história e o que não me falta é criatividade, por tanto, eu não preciso disso.