quinta-feira, 9 de abril de 2015

Capítulo 42




       ...
Fiquei surpresa quando Luan disse que estava sendo processado. Ele nunca tinha passado por aquilo, pelo menos que eu soubesse. 
Naquele dia até teria uma gravação de uma música na qual eu participaria, mas ele desmarcou comigo e Dudu, que mesmo assim foi para o meu estúdio para vermos os últimos detalhes sem o Luan mesmo.
- Ele está uma pilha de nervos... - Dudu comentou e eu assenti.
- Está e não é pra menos! Esse processo caiu feito uma bomba pra ele, principalmente agora que todo mundo já sabe. - Fiz careta.
- Nossa...Mas acho que ele vai sair bem dessa.
- Tomara que aquele jornalista de quinta arranje um péssimo advogado. - Gargalhei e Dudu me acompanhou.
Terminamos nossos trabalhos e eu resolvi ir direto para a casa do Luan. Ele estava deitado no sofá, tomando seu tereré e parecia pensar, quando cheguei. 
- Ei! - Ele se assustou, mas se sentou assim que me viu. - Está melhor?
- Bem que eu queria, amor...
- Fica calmo! - Levei minha mão até sua nuca e ele suspirou. - Que tal você ir lá pra casa e a gente passar o resto do dia juntinhos? - Sorri e ele me acompanhou.
- Tudo bem, vai...Eu to te devendo pra caramba mesmo!
- Não tá me devendo nada. - Ri. - Vamos logo! - Ele se levantou e eu lhe ajudei a arrumar sua mochila.
Assistimos um filme entre carinhos, pedimos uma pizza de noite e eu via que já conseguia o deixar mais calmo.
Comecei a lhe beijar de mansinho, assim que já estávamos prestes a dormir e ele não negou, me beijou com mais força e nós fechamos aquele dia com chave de ouro. Estava feliz por ter conseguido tirar algumas coisas de sua cabeça naquele dia. 
Ele voltou a fazer shows na quinta feira e eu com dor no coração, tive que me despedi do meu namorado mais uma vez. Eu não me acostumava nunca.
Fui passar o final de semana na casa dos meus pais, já que todos estariam de folga.
Cheguei lá no final da tarde, jantei com eles e tomei um banho no banheiro do meu antigo quarto.
Estava descendo as escadas quando ouvi uma conversa do meu pai por telefone.
- Não...Já está tudo certo! Fica tranquilo! Pode deixar que já é causa ganhar. Eu já estudei o caso.
Pode deixar. Até amanhã! - Me sentei no sofá, enquanto ele colocava o telefone no lugar.
- Trabalhando muito, papai?
- Muito! Graças a Deus, filha. 
- Precisa dar uma pausa...O senhor não tira férias nunca.
- Não consigo ficar mais de uma semana sem trabalhar. - Fiz careta e ele riu, junto do meu irmão.
Eles já tinham voltado a se falar direito, como eu imaginava. Os dois sempre foram muito apegados.
O telefone da minha casa tocou de novo e eu me levantei rápido do sofá, assim que ouvi a frase, " o processo contra o cantor".
- Que processo é esse, pai? Que cantor é esse?
- Se o que quer saber é que o processo é contra o seu cantorzinho, pode ficar sabendo que é sim.
- O que? 
- É isso mesmo! O homem me contratou e eu não nego trabalho, você sabe disso, ainda mais quando a causa já é ganha.
- Causa ganha?
- É...O cantor ofendeu o jornalista em público.
- E o que ele falava do Luan não conta?
- Não, porque ele estava se referindo ao seu trabalho, dando a opinião dele e em nenhum momento o ofendeu com palavras grosseiras como ele.
- Eu não tô acreditando nisso! 
- Murilo, deixa isso quieto. Não aceita essa causa... - Minha mãe falou.
- Tá doida, Luana? Eu vou aceitar sim, é meu trabalho.
- Mas é pela sua filha...
- Ela prefere o namorado dela do que eu, por quê eu tenho que preferir ela do que meu trabalho?
- O senhor está parecendo um adolescente, papai. Eu não prefiro ele do que você. Eu te amo, mas só quero ser feliz!
- Não importa, Nathália! 
- O senhor quer mesmo comprar uma briga comigo? - As lágrimas já desciam dos meus olhos por conta própria.
- Eu não quero brigar com ninguém, você que quer isso!
- Pai...Por favor, abandona isso!
- Não, Nathália e já está decidido! - Meu pai saiu da sala e eu me sentei no sofá derrotada.
Não era possível aquilo que estava acontecendo. Luan perderia um processo e ainda correria o risco dele ficar com raiva de mim por causa do meu pai. Eu não sabia mais o que fazer.
Minha mãe tentava me acalmar junto do meu irmão, dizendo que estava pensando muita besteira e realmente estava mesmo, mas era inevitável.
Eu dormir ali naquele dia, fui pro estúdio depois do almoço no outro e quando voltei pro meu apartamento de tarde que consegui dormir direito.
Luan me mandou uma mensagem, assim que eu acordei, me chamando pra eu ir até a sua casa. 
Eu respirei fundo e decidi ir. 
Eu imaginava que ele já sabia que meu pai seria o advogado que ficaria contra ele, mas também coloquei na cabeça que se ele não soubesse lhe contaria. 

8 comentários:

  1. Oi manu,a historia esta otima mais os capitulos estão curtos sei quanto é dificil fazer capitulos todos os dias e ter imaginacao,continua a historia ta otima. Bjs

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    1. Flor, os capítulos vão ser desse tamanho mesmo, não por falta de criatividade mas sim de tempo pra escrever. Ta puxado na escola. Eu posto todos os dias sem falta, vejo um monte de fanfic com capitulos menores e que postam uma vez no mês e ngm reclama :/

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  2. Eita sera que o Luan vai entender que a Nathi não tem culpa indo pai dela ter aceitado essa proposta ? Ansiosa pro próximo capitulo . *LaisAraujo

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  3. Caramba, eu comecei a ler hoje e apaixonei, tu é ótima escritora, parabéns 😍👏 .

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