quarta-feira, 6 de maio de 2015

Capítulo 59




O DVD tinha sido perfeito, o Luan estava perfeito. Tinha tanta gente, me encantei de verdade por tudo, nem parecia que tinha ideia minha ali. 
Assim que acabou, todos iriam para o camarim do Luan e de lá, comemorariam aquilo tudo no hotel, em um espaço de lá que alugaram, iria bastante gente. 
- Eu já vou indo, Lo! - Abracei meu irmão!
- Tá bem! Vai direto pro hotel? - Revirei os olhos e ele riu.
- Não sei! Podemos ir comer alguma coisa, não é, Leo?
- Podemos sim! - Ele sorriu.
- Então tá! Eu confio em deixar minha irmã com você, cara. - Meu irmão riu.
- Pode confiar...
- O DVD foi lindo, irmã!
- Eu também amei! Nossa, nem parece que eu participei de nada.
- Mas participou e você tem que fazer isso mais vezes, porque realmente ficou incrível.
- É o que eu mais quero daqui pra frente. - Fui me despedir da família do Luan, que me receberam ali com tanto carinho e em nenhum momento me deixaram ficar constrangida.
- Já vai, cunha? - Abracei Bruna por último.
- Vou sim! Vê se cuida direitinho do meu bebê!
- Pode deixar! - Ela bateu continência e nós rimos.
Saímos dali e como eu tinha pedido, pegamos um táxi para um restaurante perto do nosso hotel.
Tinha pouca gente, mas era um ambiente bem agradável, tinha até uma música para ouvirmos.
Jantamos e pedimos uma sobremesa, quando acabamos de comer. 
Fomos andando a pé mesmo até o nosso hotel e subimos para o quarto.
- Que horas está marcado mesmo o nosso voo? - Perguntei, assim que me sentei na cama e Leonardo tirava seus sapatos.
- Uma hora! Dá pra gente comer aqui no hotel, se acordarmos cedo. 
- Vou colocar meu despertador pras onze. Aqui é bem perto do aero, não é? - Ele assentiu e eu peguei meu celular. 
Estava distraída, mas senti assim que ele sentou ao meu lado.
- Pronto?
- Pronto! - Sorri e ele me acompanhou.
Começou a se aproximar e eu questionei a ideia de me afastar, mas eu decidi tentar. Se eu realmente queria tirar o Luan da minha cabeça, teria que tentar com outra pessoa.
Seu beijo era muito bom, com gostinho de quero mais e ele acariciava minha nuca me causando arrepios.
- Acho que não foi tão ruim assim, foi? - Ele brincou, assim que se afastou minimamente de mim e eu ri.
- Claro que não!
- Tá vendo o que tava perdendo!
- Você é muito bobo, Leo! - Bati de leve em seu braço e ele riu. - Vou tomar um banho, tá?
- Eu podia ir com você...
- Não mesmo! - Ri e antes de me levantar, ele selou mais uma vez nossos lábios.

( 2 meses depois )

Eu ficava ás vezes com Leo, na verdade, quando realmente a carência batia. Eu sabia que estava errada em estar usando um pouco ele, mas ele tinha aceitado ser daquele jeito, já que deixei claro que namoro, relacionamento sério, era a última coisa que eu queria. 
Ele me ligou enquanto eu me arrumava e eu coloquei o celular no viva-voz.
- Oi, Leo!
- Oi, Nathi! Tá atoa?
- Pior que não. Tô me arrumando pra sair.
- Vai sair em plena segunda feira de tarde? - Ele riu e eu lhe acompanhei.
- Na verdade, eu vou em uma consulta médica com a minha cunhada, já que meu irmão está trabalhando, ela me chamou pra ir junto.
- Entendi! Já que é assim, eu vou deixar. Outro dia marcamos um cinema.
- Queria me levar no cinema?
- Pois é...
- Não dá amanhã?
- Dá sim! Eu te ligo depois.
- Tudo bem! Agora eu vou acabar de me arrumar, que eu tô louca pra saber o sexo do meu bebê.
- (risos) Nunca vi tia mais babona. Vai lá! Beijos! - Terminei de me arrumar rápido, já que estava atrasada e passei na casa de Bruna para pegá-la.
Foi impossível evitar as lembranças, assim que parei em frente a sua casa. Como eu queria estar feliz com Luan ainda. 
Minha cunhada entrou animada no carro e nós fomos assim, até a clínica. 
Depois de meia hora de espera, enfim entramos e descobrimos o sexo do bebê.
- É uma menina! - A médica disse sorrindo.
- Ah, como imaginávamos! - Bruna quase gritou e eu ri.
- Estão vendo, o sentido da mamãe e da titia não falha! - A médica brincou e nós rimos.
Saímos da clínica e pegamos um trânsito terrível.
- Meu irmão achava ser um menino. - Falei.
- Todo pai quer um menino! - Bruna revirou os olhos e eu ri. - Mas eu confesso que queria uma menininha mesmo. Não vejo a hora de nascer!
- Eu também não!
- Ah, vamos poder comprar tantas roupinhas lindas! - Assenti. Ela parecia uma criança falando. - Meu irmão também pensava ser um menino.
- Homem é tudo igual mesmo. - Falei e me calei. Confesso que não queria entrar naquele assunto, mas ela insistiu.
- E você? Pretende ter um bebê?
- Bem mais pra frente! - Lhe olhei.
- Eu queria que fosse meu sobrinho também.
 - E será! - Ri fraco.
- Não postiço. Queria que fosso do meu sangue.
- Isso já não vai mais acontecer.
- Poxa, eu ainda tenho esperanças de você e meu irmão voltarem. - Eu lhe olhei, assim que paramos mais uma vez no engarrafamento. - E você também... - Ela sussurrou e eu não respondi. Não sabia o que falar.
- Acho que acabou de verdade! - Olhei pela janela.
- Eu acho que não! Olha...Sabia que ele me perguntou se está namorando?
- Por que?
- Foi no dia do DVD, ele te viu com aquele médico.
- O Leo.
- É...Ele me perguntou quando chegamos no hotel e eu disse que não. Falei errado?
- Não...Não falou, eu não quero namorar...
- Outra pessoa que não seja meu irmão! - Ela riu. 
- Para com isso! - Lhe acompanhei.
- Ele sofre pela separação de vocês também. Ele se sentiu tão culpado quando você foi pro hospital. Ele me disse que quer sua felicidade, mesmo ainda sendo especial pra ele.
- Não sei se sou especial pra ele.
- Pode postar! Eu acho que já já ele vai te pedir pra voltar! - Ela disse animada.
- Acho que não e...Eu não sei se volto.
- Pois eu sei e você vai voltar sim e vocês vão viver felizes para sempre! - Ri de seu jeito.
- Tá entregue! - Parei em frente a sua casa.
- Não quer entrar?
- Não...
- Por quê? - Ela fez bico.
- Eu sei que hoje é segunda feira e seu irmão está aí.
- Ah que droga! - Ri dela e me despedi. 

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