sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Capítulo 17




          ...

Três meses se passaram lentamente e com tudo na mesma entre eu e o Luan. Tentava o máximo que podia não pensar nele, continuar nossa amizade de sempre e esquecer aquela bobagem toda.
Marcamos uma viagem para Londres para escolhermos o cenário de seu próximo DVD. 
Eu, ele e Dudu. Tinha trabalhado tanto naqueles últimos meses.
Depois que Luan meio que me divulgou, muita gente foi me procurar e gostaram do meu trabalho.
Estava muito feliz, porém, cansada. Tinha acabado de produzir algumas músicas e não tinha mais nada de importante agendado para artista nenhum, então, resolvi ir passar uns dois dias relaxando, depois da viagem de Londres, que também seria a trabalho. 
Luan andava muito estressado naquele mês e até os fãs já tinham percebido e ás vezes até comigo, mas de jeito nenhum que eu me entrometia. Só esperava ele vir pedir colo quando estava muito mal e eu lhe oferecia meu ombro pra chorar, se lamentar e lhe dava conselhos também.
- Então até amanhã, Nathi! - Eu falava com ele pelo telefone. Viajaríamos, no outro dia.
- Até, Luan...Sabe que eu vou descansar um pouco depois dessa viagem?
- É? Aonde?
- Vou pra Miami, Flórida. Eu amo mar e tem mais de dois anos que não vou pra praia.
- Sério? Eu também amo e já tem mais de três anos que não vou. Laisa não gostava de ir pra praia nas férias, dizia não ser programa de rico.
- Mas agora, você pode ir e matar a saudade!
- É, eu acho que vou com você. Posso?
 - Sério, Luan? Mas você deve ter shows depois que vir de Londres...
- São poucos confirmados e dá pra reagendar. Por favor, Nathi!
- Tudo bem, então. Eu vou adorar uma companhia e você tá precisando de uns dias de descanso mesmo! - Desliguei animada por ir á uma viagem a passeio com o Luan e pensando até na possibilidade de me declarar para ele, mas estava muito insegura.
Tomei um banho e quando deitei na minha cama, já de pijama, ele me mandou uma mensagem, que Bruna também nos encontraria lá, já que tinha amado a idéia e era louca para conhecer a Flórida.
Sempre gostei muito da Bruninha, sempre achei ela um amor de pessoa e gostei da ideia.
Arrumei meu prato de comida e me sentei no sofá para ver TV. Era o que eu mais gostava.
Se eu tivesse comendo em frente á TV, eu já estava feliz.
- Enfim, férias! - Lorenzo abriu a porta da casa dizendo.
- Mentira! Quanto tempo você não tira férias, irmão.
- Pois é! Acho que já está na hora.
- Acha? Desde que se formou que não tira férias e tem poucas folgas.
- Eu amo o que faço, Nathi. - Ele se sentou do meu lado e me deu um beijo na testa, como sempre fazia.
- Eu também gosto, mas mesmo assim me esgoto e por esse motivo, depois que fizer a viagem para Londres, vou passar dois dias na Flórida.
- Sério? Eu acho que vou com você...
- Ah, vamos sim, irmão!
- Será? Vai sozinha?
- O Luan disse que vai comigo, mas ele também vai levar a irmã dele.
- Então tá! Eu vou com você. Te encontro lá, então. - Assenti.
Acordei no outro dia morta de cansada. Tomei um banho correndo e peguei um táxi até o aeroporto.
Minha poltrona era do lado da de Luan e fomos conversando quase a viagem inteira, mal dormimos.
Foi bem legal os nossos dias em Londres, nem parecia que era uma viagem a trabalho. Naqueles dias, o Luan soltou seu lado palhaço como eu nunca tinha visto antes e eu, me diverti com aquilo.
Vimos várias palestras, assistimos várias coisas e claro, compramos e encomendamos muitas também.
Acho que eu, era a mais encantada com tudo. Queria comprar Londres inteira.
- Então tchau pra você e juízo! - Rimos de Dudu, que se despedia de nós.
Ele pegaria um vôo e nós, outro.
Por sorte, assim que chegamos na Flórida, já era quase o horário do vôo em que Lorenzo e Bruna estavam.
- Ainda bem que seu irmão vem, assim eu não preciso ficar só atrás de vocês em coisas de mulheres. - Luan fez uma careta linda e eu gargalhei.
Ficamos conversando por alguns minutos, sentados no aeroporto, até anunciarem que o vôo do Brasil já tinha chegado.
- Se encontraram aonde? - Eu perguntei, assim que avistei Bruna e meu irmão caminhando juntos, mas eles ainda não se conheciam.
- Acredita que nossas poltronas eram uma do lado da outra? Começamos a conversar e eu descobri que ela era irmã do Luan, aliás, se parecem muito. - Meu irmão se explicou.
- Eu não acho! - Bruna brincou e Luan se fingiu de bravo.
Fomos para o hotel em que já tinha os quatro quartos reservados e naquele dia, só jantamos juntos no restaurante dali mesmo e fomos dormir, pelo cansaço da viagem. Na verdade, eu fui a primeira a ir dormir e deixei os três conversando.
No outro dia eu acordei até que cedo, me arrumei e resolvi primeiro passar no quarto da Bruna.
Estava louca para ir conhecer aquele lugar.
Bati no quarto dela, mas ninguém atendeu, então resolvi passar no quarto do Luan, pensando que sua irmã pudesse estar lá.
- Te acordei? - Ele atendeu a porta com a carinha amassada, cabelos bagunçados e só com uma cueca.
Acho que ele gostava de ficar só de cueca na minha frente.
- Acordou! - Ele riu e deu espaço para que eu entrasse. - Mas a gente tem que aproveitar isso aqui, não é? Só tem até amanhã. Me espera, que eu me troco rapidinho! - Ele se trocou ali mesmo na minha frente, enquanto eu o admirava e suspirava em pensamento.
Depois que arrumou seu cabelo, ele sorriu para mim e nós saímos do seu quarto.
- Acho que a Bruna tá dormindo, vamos passar no quarto do meu irmão primeiro. - Ele assentiu.
Bati na porta do quarto do meu irmão e ela se abriu, já que só estava encostada.
Entramos e assim que tivemos uma vista do seu quarto inteiro, foi um susto. Ele e Bruna se beijavam com muita vontade.
A primeira coisa que fiz, foi olhar para Luan e esperar sua reação, que não era nada, me dando vontade de ri.


Capítulo 16




Aniversário da leitora Natália Gomes! Parabéens linda e espero que goste desse capítulo. Beijoos!



No outro dia eu levantei da minha cama, desejando que aquela mulher ainda não estivesse com Luan, se não, eu não responderia por mim. Eu faria alguma bobagem.
Tomei um banho frio e relaxante, me arrumei e desci até o restaurante do hotel, já que eram duas horas da tarde. O pessoal da produção e banda, do Luan, já almoçavam em uma mesa e só depois que eu também o vi ali no meio deles.
- Nathi! Vem comer com a gente! - Ele gritou, assim que me viu e eu caminhei em direção a mesa deles.
Pedi ao garçom a mesma coisa que eles comiam e não demorou cinco minutos para que ele levasse mais coisas para mesa e um prato para mim.
- Pelo visto eu fui a última a acordar! - Falei e todo mundo concordou rindo.
- Milagre o Luan de pé á essa hora e disposto a comer aqui em baixo com a gente. - Rober disse.
- Acordei de bom humor... - Ele disse, antes de dar uma garfada.
- A gente nem imagina o porque! - Fábio disse, fazendo todo mundo gargalhar, inclusive Luan, menos eu. Aquele assunto me incômodos u de uma forma monstra.
- Nem se despediu de mim ontem, Nathi! - Ele se virou pra mim e eu comecei a mastigar a comida, para ganhar tempo de pensar em alguma coisa e não falar o que eu realmente pensava.
Que lógico que eu não me despediria dele com aquela mulher e ele nem sentiu minha falta, por estar ocupado demais com a boca na boca dela.
- Estava morrendo de sono. - Foi curta e dei o assunto por encerrado ali, voltando a comer e ele fez o mesmo.
O pessoal começou outro assunto e eu não abri mais a minha boca, só ria ás vezes de algumas coisas engraçadas que eles falavam.


              ...

Nathália foi embora depois que almoçamos, mesmo eu insistindo para que ficasse. Estava com uma cara estranha, bem diferente da hora em que nos encontramos no camarim depois do show e aquilo estava me intrigando. Resolvi não perguntar nada, por ela sempre ser curta quando eu fazia qualquer tentativa e deixei ela na dela.
Subi para o meu quarto com Rober, que passaria algumas roupas minha, para uma coletiva depois do show daquela noite.
- Não achou a Nathália estranha demais hoje? 
- Hoje? Desde ontem.
- Ontem? Ela chegou super animada no camarim e...
- Ela ficou assim depois que você me mandou atrás daquela mulher.
- Caramba, cara! Eu deixei ela sozinha sem ter muita intimidade com vocês. Que mancada!
- Será que foi só por isso que ela ficou desse jeito? - Ele parou para me olhar.
- Não tem outro motivo. Poxa, eu insisti tanto pra que ela viesse e sozinha.
- Eu acho que tem sim...
- O que você tá querendo dizer, Rober?
- Eu posso está enganado, mas pra mim, ela está afim de você.
- O quê? - Quase engasguei com a água que bebia e ele riu. - Claro que não! Ela é minha amiga demais pra isso. 
- Não tem nada a ver, Luan. Ela pode está começando sim a gostar de você.
- Mas...Ela sabe que eu ainda sou apaixonado na Laisa.
- E por isso mesmo não fala as suas reais intenções com você.
- Então você acha que ela pode tá se fazendo de minha amiga só porque quer ficar comigo?
- Não! Acho que ela é sua amiga de verdade, gosta de você. Mas que ela tá afim de algo a mais, eu acho que está. Não posso tá tão enganado assim.
- Será, cara? Só você percebeu isso?
- Eu conversei com a Marla e com a Karielle e elas me falaram a mesma coisa. - Ele riu.
- Só eu que não percebo? 
- É...Você não ver ela como algo a mais, boi. Por isso não vê maldade nisso! Por esse motivo também ela deve ter medo de te falar alguma coisa e estragar a amizade de vocês.
- Não é possível isso, não é possível que eu não percebi mais isso. Nossa, eu nasci pra ser trouxa! Eu nunca percebo nada. Mais uma vez todo mundo percebe alguma coisa da minha vida e eu não!
- Ei! Calma, Luan! Também não precisa dessa revolta toda!
- Que saco! - Bufei, enquanto me deitava na cama.
- Cara, eu acho que vocês formariam um casal bacana. Ela é legal, uma menina que trabalha, não tem interesse em nada que você tem e além de tudo, é gostosa demais! - Ele gargalhou e eu logo alcancei um travesseiro para jogar em seu rosto.
- Eu concordo com tudo isso que disse, mas ainda sim não consigo ver ela como algo a mais. Lógico, se eu não a conhecesse e entrasse no meu camarim, como aquela menina de ontem, eu também ficaria fácil. Mas só ficada e tchau!
- E por que não ficou quando ela foi donzela?
- Até parece, Roberval! Você sabe que eu nunca trairía a Laisa! - Ele fez careta. 
- Esquece essa mulher, Luan!
- To tentando, testa. To tentando. Mas tá difícil! - Olhei para o teto branco do quarto de hotel, suspirando.



Comentem que eu postarei outro hoje! Beijoos! 



quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Capítulo 15





Como eu previa, cheguei no local do show e o mesmo já tinha começado. Eu mandei uma mensagem para o secretário do Luan, que logo me encontrou perto da entrada do camarote.
- Quer ficar aqui ou ir pro palco?
- Acho que eu vou pro palco! - Ele assentiu e me guiou até a lateral do palco, que dava pra ver perfeitamente o show, de outro ângulo, completamente diferente e melhor.
Luan me chamou com a mão, assim que saiu do palco e secava seu rosto com uma toalhinha. Começou a andar e eu segui atrás, até seu camarim.
- Que bom que veio! - Ele me abraçou e eu retribuí seu abraço.
Nem suado, ele conseguia parar de ser tão cheiroso.
- Eu disse que viria! - Me soltei dele rindo, e ele me acompanhou.
- Luan, entrevista de dez minutos! - Rober chegou avisando e logo saiu. 
Luan me pediu para que eu me sentasse em um sofá mais afastado e assim eu fiz, antes do câmera e da repórter entrarem em seu camarim.
Eles começaram falando da carreira e lógico, que depois veio as perguntas da vida pessoal.
- To tranquilo... - Luan falava rindo e eu percebia o quão bom ator ele daria, por estar agindo perfeitamente bem perante dos outros, com sua separação.
- Eu duvido! - A repórter também ria. - Deixa eu rodar esse camarim pra ver se tem mulher. - Ela olhou para todos os lados e finalmente me viu ali, me fazendo queimar de vergonha. 
- A Nathália é minha amiga! Muito amiga! - Luan disse, parecendo ler os pensamentos dela, que riu.
- É verdade, isso?
- É sim! Minha produtora musical. A gente tem uma amizade incrível!
- Se ele tá falando eu acredito. Mas não sei não, a moça é muito bonita pra você deixar passar assim. - Luan riu e não disse nada.
Ele me disse que trocaria de roupa, assim que a entrevista acabou e eu concordei, saindo dali procurando uma água para tomar, por conta do calor. A moça da banda dele, me levou até o camarim em que estavam e ela mesmo me serviu a água.
- Obrigada! Estava morrendo de sede e no camarim do Luan acabou a água. - Eu disse e ela sorriu para mim.
- O que é isso. Nathália, não é? Nova produtora?
- Isso! 
- Luan falou de você. - Apenas sorri.
Voltei para o camarim do Luan e ele falava alguma coisa com seu secretário.
- Não acredito, Rober! - Eu apenas observava os dois.
- Eu nem vi, Luan...
- Cara, logo agora que eu me interessei pela moça, você me perde ela de vista. 
- Você viu, Nathália? - Rober se virou para mim.
- O que?
- Uma moça, de vestido preto?
- Passou uma por mim...Foi em direção ao camarote.
- Corre lá, boi! - Ele assentiu e saiu em disparado do camarim.
- Já está superando, então!
- É...Não é bem assim, eu ainda sinto tudo pela Laisa, é a primeira moça que eu senti uma atração, então não quero disperdiçar isso. Quem sabe eu não esqueço ela de vez? - Ele falou e eu não disse mais nada. Confesso que torci para o Rober não achar a moça, mas isso não aconteceu.
Luan levou a moça com a gente para a balada e lá, não desgrudou dela. A minha sorte, foi ter feito amizade com a Marla e ter ficado conversando com ela e a Karielle a noite toda.
Cada beijo que o Luan dava naquela mulher, era uma facada no meu coração e naquele dia, eu tive a certeza dos meus sentimentos por ele. Eu já estava apaixonada. Perdidamente apaixonada e ciente do quanto sofreria por ele não sentir o mesmo por mim.
Assim que chegamos no hotel, a primeira coisa que fiz foi ligar para Lorena. Eu precisava desabafar e era ela a única pessoa que sabia dos meus sentimentos.
- Nathália?
- Oi, Lo! Tá aonde?
- To naquela festa de bodas de ouro que eu te disse.
- Ah, estou te atrapalhando?
- Não, amiga! Já acabou. Daqui a pouco eu vou embora. Pode falar!
- Eu não sei mais o que fazer. - Ameacei chorar.
- Amiga, o que houve?
- Lo, eu não aguento mais gostar do Luan e ele não me ver como mulher e a cada dia que passa, esse sentimento só aumenta.
- Mas o que aconteceu pra você ligar á essa hora desse jeito?
- Hoje ele ficou com uma mulher. Disse que foi a primeira que ele sentiu atração depois da separação.
- Sério? Nossa! Mas...Pensa pelo lado bom, pelo menos ele está esquecendo a ex.
- Não! Ele disse que não mudou nada o sentimento por ela, mas ele precisava se distrair um pouco.
- Eu não sei mais o que te falar, Na.
- Nem eu, Lorena! Nem eu! Eu tô me sentindo tão trouxa. To com raiva do Luan que nesse momento está no quarto do lado com uma mulher qualquer, mesmo sabendo que ele não sabe do quanto eu quero ele.
- Amiga...Tenta esquecer ele! Você é tão linda, o que não falta é homem atrás de você.
- Mas é sempre o que não quer nada com a gente, que é o que a gente quer. - Suspirei.
- Eu sei, mas tenta esquecer, ou vai a luta e seja sincera com ele.
- Ai! Isso não, Lo!
- Então eu não sei mais o que te dizer, Nathália!

Capítulo 14





- Eu quero que me deixe em paz, Laisa. Só isso! Vai seguir a sua vida.
- Não faz assim, Luan. 
- Podia ter pensado antes de fazer tudo que fez comigo. Agora vai embora, antes que eu chame a segurança do condomínio. - Laisa levantou do chão e saiu dali.
Assim que ela passou pela porta da sala, Luan desabou mais ainda e eu corri para abraçá-lo.
- Ei, calma!
- Que raiva que eu tenho, Nathália. Tenho raiva dela, tenho raiva de mim...
- Raiva de você? Mas você não fez nada, Luan. Isso vai passar.
- Eu fui um idiota, um iludido apaixonado e não consigo parar de amar essa vagabunda. Eu tenho raiva de mim sim!
- Você não tinha bola de cristal e confiou nela. Ela não merece seu amor ele vai passar. - Ele não disse mais nada e me puxou para um abraço forte. - Luan, você já pediu o divórcio? - O perguntei baixo e temi pela resposta.
- Não...Eu não tenho coragem! - Ele disse entre soluços e eu não disse mais nada. 
Eu definitivamente, não tinha mais o que dizer depois daquela resposta.
Me sentei com ele no sofá, que ainda ficou chorando no meu ombro. Fiquei bastante tempo ali e cheguei no meu estúdio super atrasada, já recebendo ligações do cantor que estava me esperando.
Assim que saí do estúdio, enfim, fui para casa. Estava cansada demais.
Tomei um banho, coloquei meu pijama e fui ver um filme na sala, enquanto comia uma pipoca feita no microondas.
Senti um beijo no rosto e me assustei, por estar destraída. Lorenzo riu, enquanto se sentava ao meu lado e colocava minhas pernas em cima das suas.
- O que foi, em?
- Só estava concentrada no filme. - Dei um sorriso forçado e ele continuou me olhando desconfiado.
- Eu te conheço...Por que está com essa cabecinha longe?
- É sério, irmão! Eu to bem!
- Sabe que pode confiar em mim...
- Eu sei sim! É sério! - Ele não insistiu.
Realmente eu não estava vendo o filme, eu pensava em somente uma pessoa. Pessoa essa que não saia dos meus pensamentos nem na hora que eu dormia.
Era tão difícil pra mim tirar o Luan dos meus pensamentos e ainda sonhar com ele todas as noites dizendo que amava sua mulher. Era muito difícil, mesmo eu não tendo certeza dos meus sentimentos.
No outro sábado, Luan me ligou e insistiu para que eu fosse em seu show que seria em São Bernardo do Campo.
Eu não queria muito, ainda mais depois que Lorena disse que não poderia ir comigo, mas ele insistia tanto por telefone.
- Por favor, Nana! Só você que me anima tanto e eu queria sair depois do show. - Eu fiquei feliz com suas palavras e decidi que iria para que ele pudesse sair e se divertir.
Comecei a me arrumar ás nove horas da noite, já que o show estava marcado para onze e era bem pertinho de São Paulo.
Me atrasei um pouco, como sempre, e Luan me ligou desesperado.
- Calma! Eu tô colocando os brincos e já estou indo.
- Ainda tá em casa, Nathália? Meu Deus! O show foi adiantado e vai começar ás dez, eu já tô aqui no camarim.
- Calma, Luan! Eu devo chegar aí então no comecinho do show.
- É bom vir mesmo...
- Eu já disse que vou, é porque vou! - Eu ri.
- Me prova...
- Já estou arrumada.
- Falar não vale!
- Você é muito chato! - Eu desliguei na cara dele e fiquei rindo.
Nada nele me irritava, nem aquela chatice toda.
Resolvi então, tirar uma foto no espelho e mandar para ele, como prova que já estava arrumada e já iria ao seu encontro.


Calma! Eu já estou indo!

Mandei para o whatsapp dele, que logo me respondeu.

Agora eu acredito kkk Tá linda! Vem logo!

Fiquei sorrindo a toa vendo aquela mensagem. Igual uma idiota.
Eu não podia me encher de falsas esperanças só porque ele tinha me elogiado e feito questão da minha presença, alegando que eu o animava. Eu não podia. Mas era inevitável.
Eu fui feliz para o show, disposta a não ficar triste por qualquer ato de Luan, mas era impossível.




terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Capítulo 13






Luan insistiu tanto que eu resolvi dormir com ele, quer dizer, na casa dele. Eu já era acostumada dormir sozinha em casa, mas eu achei tão fofo aquela preocupação toda da parte dele. Acho que eu parecia uma boba olhando ele falar e acho até que ele percebia ás vezes.
Ele me levou até o quarto de hóspedes e disse aonde ficava tudo e que eu poderia usar o banheiro dali também.
- Se precisar de alguma, já sabe aonde é meu quarto. - Ele falou aquilo sem maldade nenhuma, mas meu consciente levou como maldade, na verdade, ele queria que fosse como maldade.
Assenti e ele deu um beijo no meu rosto, antes de sair dali.
Fui para o banheiro tomar um banho e quando saí, me lembrei que não tinha roupa de dormir ali. Me enrolei na toalha e voltei para o quarto.
- Ah, nossa, Nathi. Desculpa! - Luan estava ali com uma camisa na mão.
- Não, sem problemas, Luan.
- Olha, eu lembrei que não tem roupa de dormir e trouxe uma camisa minha. Se importa?
- De jeito nenhum! Obrigada. - Peguei a camisa de sua mão. - Eu lembrei o mesmo no banheiro. - Nós rimos.
- Deixa eu ir tomar um banho também...Me desculpa de novo!
- Tá bom, já disse que não precisa se desculpar. - Ele acenou e saiu do quarto.
Ao contrário de mulheres descentes na minha situação, eu não estava brava com ele por aquilo, tão pouco com vergonha. A verdade é que eu queria que ele me olhasse com outros olhos, pelo menos naquela situação. Mas não foi isso que aconteceu.
Suspirei e olhei para sua camisa rosa na minha mão. Sorri.
Pelo menos eu dormiria com um pouco dele em mim, com o seu cheiro. Cheirei a camisa e realmente não tinha dúvidas que era dele, já que seu cheiro exalava por ela.
Coloquei as mesmas peças íntimas que eu estava e sua camisa, para me deitar.
Eu pensava o quanto eu era boba por desejar tanto um homem, sem ele nem se quer saber direito que eu era uma mulher, porque ás vezes ele me tratava como um amigo comum, lógico, que com muito mais respeito, mas ele não notava que eu era uma mulher, muito menos o meu desejo nele.
Eu resolvi naquele momento, naquele dia, que iria esquecer o Luan como um homem e também só focaria na nossa amizade, antes que aquilo em mim se aprofundasse e eu sofresse.
Acordei de manhã no outro dia, por ter que passar em casa e logo depois ir para o estúdio.
Passei em frente ao quarto do Luan e não resisti. Abri a porta e vi que ele dormia igual um anjo.
Me aproximei e fiquei sem graça quando ele se mexeu na cama e abriu os olhos.
- Bom dia, Nathi! - Ele riu rouco e eu fiz o mesmo.
- Bom dia, Luan...Eu não queria te acordar, vim te devolver sua camisa e agradecer por tudo.
- Já está indo?
- Eu tenho que está no exclusive uma hora.
- Que horas são?
- São dez horas, pode voltar a dormir.
- Não! Eu vou descer pra tomar café com você.
- Não precisa, Luan...
- Precisa sim, me espera! - Ele se levantou da cama e foi até o banheiro.
Eu já tinha visto ele de cueca antes, mas não tinha mexido tanto comigo como naquela hora.
Sacudi a cabeça a fim de colocar os pensamentos em ordem. Eu tinha prometido para mim mesma que não o veria mais como um homem, que não desejaria mais ele e tentaria cumprir.
Descemos até a cozinha e a mesa do café da manhã já estava posta e farta.
Eu estava morrendo de fome, Luan pediu para eu não ficar com cerimônia, então comi bastante e agradeci a moça que foi levar suco para nós. Ela sorriu para mim em respostas.
Me despedi de Luan com um abraço apertado e um beijo no rosto.
Ele disse que me levaria até a porta e fomos até lá, mas não tivemos uma surpresa agradável ao abrir a mesma.
- O que você tá fazendo aqui, Laisa?
- Luan, deixa eu conversar com você...Por favor! Essa mulher dormiu aqui? Na minha casa? Por que você tá fazendo isso comigo? Eu entenderia qualquer troco, Luan, menos esse.
- Laisa... - Luan respirou fundo. - Eu não te devo satisfação porque essa casa é minha e de mais ninguém, mas a Nathália é minha amiga e ele passou a noite aqui sim e vai passar quantas vezes ela quiser.
- Ela quer se aproveitar que você tá carente.
- Não! Ela não quer se aproveitar de nada ao contrário de você. Ela está me ajudando muito a superar tudo que você me fez passar e ela é só minha amiga, nada além disso.
- Eu ainda te amo...
- Se ainda amasse, Laisa, não faria o que fez comigo. Aliás, eu acho que você nunca me amou, sempre foi tudo por interesse. Você não fica com a consciência pesada por ter brincado esse tempo todo com os meus sentimos, não?
- Eu não brinquei com nada, Luan. Foi só uma recaída porque você não me dava a atenção que eu merecia. Você ficava três dias da semana em casa e o resto, na estrada...
- Você sabia do meu trabalho desde o começo. Você me conheceu no camarim! - Luan já tinha os olhos marejados e aquilo me deu uma dó imensa.
- Eu sei, mas na prática isso é muito mais difícil.
- Então por que se casou comigo? Pelo dinheiro...
- Não, amor! Eu confesso que o que supria um pouco a sua ausência era o dinheiro sim, mas...
- O dinheiro e o seu amante, que você deve ter bancado muito com o meu dinheiro. Dinheiro esse que eu passo dias e mais dias na estrada pra ganhar enquanto você ficava aqui de pernas pro ar. Realmente você não tem vergonha na cara de ainda vir me procurar.
- Eu não trabalhava porque você não queria, Luan!
- Eu dizia que não precisava trabalhar, mas se realmente fosse uma mulher que gostasse tanto de trabalhar assim, até brigaria pra ter seu próprio dinheiro e ser independente.
- Eu errei e confesso!
- Ele era tão melhor que eu assim? Por que me humilhou tanto?
- Me desculpa, eu te imploro! Ele não era melhor do que você em nada, eu já disse, foi só porque eu ficava carente sem você aqui. Me perdoa, meu amor! Eu faço qualquer coisa, eu provo meu amor por você. Se quiser, a gente volta e não precisa mais me dar dinheiro nenhum, eu vou exercer minha profissão. Eu juro! - Ela se ajoelhou no chão e eu ali, me sentindo um peixe fora d'água.
Vendo todo aquele espetáculo de camarote.





Não me mateeem kkk tudo isso vai valer a pena, confiem em mim e aguardem só mais um pouquinho! Uma pessoa só que acertou que o Luan continua mt machucado e por isso, ainda não consegue ver a Nathália como mulher. Nessa fic eu quero mostrar o quão apaixonado de verdade ele é pela ex e que tudo acontece lentamente, como na vida real, quando o amor é verdadeiro.

Capítulo 12




               ...


Assim que chegamos do lado de fora, Lorena nos gritou e nós fomos nos sentar na mesa em que estava sentada sozinha.
- Nossa, até que enfim!
- O Luan que ficou demorando para se arrumar.
- Isso não é verdade! - Ele se defendeu e eu ri.
Começamos a conversar e Renan apareceu ali, nos cumprimentando. Aquele era o dia em que eu não estava com paciência para ele, mas ao invés de me cantar, fez uma coisa boa e levou Luan para conhecer seus amigos, que estavam em uma roda com meu irmão. Ele se inturmou rápido e em pouco tempo já estava conversando com os meninos, como se fossem amigos á anos e bebendo.
- Que tanto o Renan cochicha com o Luan, em? - Falei com Lorena, que olhou para mesma direção que eu.
- Sei lá! Amiga, para de olhar pro Luan um minuto?
- Fala isso baixo! - Eu fiquei sem graça e ela riu.
Logo Renan se aproximou de novo de nós e puxou uma cadeira para se sentar ao meu lado.
- Tudo bem?
- Tudo ótimo! - Eu não queria papo.
- Você é muito difícil, em Nathália!
- Não, eu só não quero nada com você.
- Poxa, todo mundo apoia a gente. Seu irmão, sua mãe, que eu conheci hoje e já falei que queria ela como sogra. - Revirei os olhos. - Até o Luan me incentivou a vir falar com você. - Meu coração gelou.
Me deu uma raiva tremenda. Raiva de saber que o Luan não me via como outra coisa além de uma amiga, enquanto eu não tirava ele dos meus pensamentos e dos meus sonhos.
- O Luan é meio doido! Não conta! Eu duvido que o Lorenzo te disse que te quer como cunhado. - Eu gargalhei.
- Ele só tem ciúmes de você! - Depois de dar um belo gelo no Renan, ele se tocou e saiu da nossa mesa. Eu odiava ser grossa com as pessoas, mas ás vezes era preciso.
Umas amigas do meu irmão começaram a chegar e eu queria que elas quebrassem o pé com aqueles saltos gigantes que estavam. Como eu odiava aquele grupo de meninas.
Eram vulgares e se achavam. Pior, uma delas me chamava de cunhada.
Eu não reclamava muito do ciúmes do meu irmão e nem podia, por eu ser ciumenta com ele também.
- Já vi que hoje tem... - Lorena negou com a cabeça e eu cruzei os braços.
- Maldita hora que eu deixei o Luan ir pra lá.
- Elas já estão se jogando pra cima dele.
- Não precisa falar o que eu já estou vendo, Lorena.
E assim se passou a festa toda. Aquelas mulheres não saíam de cima do meu irmão e principalmente do Luan, me deixando louca de raiva e não podendo fazer nada.
Minha mãe anunciou que iríamos cantar os parabéns ás nove horas, já que alguns tios meus queriam ir embora e nós nos juntamos até a mesa do bolo. Tinha até chapeuzinho de aniversário, fazendo meu irmão ficar vermelho de vergonha. Ele definitivamente era muito tímido.
Senti uma mão na minha cintura e pulei e susto, me virando para trás.
- (risos) Calma!
- Que susto, Luan! - Começamos a cantar os parabéns e depois daquilo, Luan voltou a sentar com a gente na nossa mesa, o que me fez ficar um pouco mais feliz.
- Tá com uma cara tão estranha, Nathália, que eu resolvi sentar de novo aqui para ver se te animo! - Ele puxou a cadeira para mais perto de mim e eu dei um sorrisinho.
- Minha cara tá normal!
- Sei! - O garçom chegou com bolo na nossa mesa e nós começamos a comer. Comemos muito.
Chegamos de madrugada em São Paulo e eu fui deixar Luan em casa primeiro.
- Gostou? 
- Gostei sim! Foi bem legal, sua familia e seus amigos são bem legais. - Ele sorriu e eu retribuí.
- Que bom que gostou!
- Obrigado a você por tudo.
- Já disse que não precisa agradecer.
- Você vai dormir sozinha em casa? Vi que seu irmão e sua mãe ficaram lá, Lorena foi pra casa.
- Vou sim...
- Acho melhor dormir aqui, então. Não é legal dormir sozinha em casa Nathália!


segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Capítulo 11





Me arrumei para o aniversário do meu irmão e peguei a chave do meu carro. Só estava eu em casa, minha mãe e Lorenzo já estavam no sítio em que seria a festa e eu fiquei porque disse que levaria um amigo. Não disse quem era e claro, que eles logo pensaram ser um namorado, ou um ficante.
Meu pai estava em uma reunião em seu escritório, e por esse motivo ele não poderia ir á festa do filho. Já estávamos acostumados, mas nunca reclamamos. Sempre gostei muito da profissão do meu pai, apesar de não seguir, eu achava ele um grande advogado, e Lorenzo também entendia.
Então faríamos no dia seguinte uma comemoração só entre nós quatro, para o meu pai participar de alguma coisa.
Liguei para Lorena, que iria em seu carro e me dizia que já estava a caminho do sítio. Já sabia o caminho perfeitamente, por viver naquele sítio comigo. Sempre que dava, sempre que queríamos um pouco de paz, era para lá que a gente corria.


Aniversário do irmão mais chato, ciumento e gato desse mundo! <3

Tinha quase certeza de que Luan tinha esquecido do aniversário e estava no décimo sono e ri, ao me lembrar disso. Ele não tinha me ligado o dia todo e mesmo com pouco tempo de amizade eu já o conhecia o bastante para saber que ele tinha esquecido por não ter me ligado perguntando nada.
Ele era bem ansioso e dizia estar um pouco nervoso por não conhecer meu irmão e não tinha me ligado para que eu o acalmasse. Ele tinha esquecido. 
É impressionante o que a paixão faz com a gente. Logo eu que nunca fui de reparar ninguém, reparava exatamente tudo nele. Eu já sabia quase tudo sobre ele, seus gostos, seus costumes, manias e achava tudo lindo e maravilhoso. Realmente não tem explicação.

               ...

Acordei três horas da tarde e só no chuveiro, que eu me lembrei que era o dia do aniversário do irmão da Nathália e eu tinha lhe prometido que iria com ela. Terminei meu banho correndo, mal me sequei e já coloquei a toalha na cintura. Procurava uma roupa, quando meu celular tocou.
- Já está pronto? Estou chegando aí.
- Estou quase, Na. - Fiz careta.
- Sei...Então se apressa aí. Não precisa se arrumar muito, a festa é no sítio do meu pai.
- Tá bom, e fica muito longe?
- Meia hora daqui, Luan, fica tranquilo. - Me despedi dela e fui me vestir correndo.
Sai da minha casa e o carro dela já estava ali em frente estacionado.
- Desculpa o atraso! - Ri, assim que me sentei no carona. - Se assustou? Estava aonde, em?
- Em lugar nenhum, só distraída.
- Sei, você anda muito assim ultimamente.
- É sério? - Ela me olhou assustada com aquela minha revelação e eu ri.
- Sério! Eu sou desligado, mas mesmo assim te reparo as vezes. É só o seu jeito? Ou você anda mesmo no mundo da lua, ou de alguém? - Ela sorriu sem jeito para mim.
- É só o meu jeito sim. - Ela ligou o carro e eu resolvi não contrariar.
Ficamos calados e eu resolvi puxar assunto, já que não conseguia ficar sem conversar.
- Olha, tá de tigresa? Tá bonita! - Ela me olhou rindo e eu fiz o mesmo.
- Acho que pode ser isso também...Obrigada! - Ela encarou a estrada e nós fomos conversando o resto do caminho. Realmente o tal sítio era bem perto e muito lindo.
Descemos do carro e eu fiquei admirando aquela paisagem.
- Que lindo esse lugar!
- Demais!
- Eu tenho uma chácara, que é tipo isso aqui, mas tô querendo comprar uma fazenda. É meio que um sonho!
- Meio que um sonho? - Ela riu. - Se é seu sonho, então compra. Eu também gosto de lugares assim...
- Sério? Nem parece.
- Por que não? - Ela me olhou sem entender.
- Sei lá, seu jeito. Só anda arrumadinha, tem um carrão.
- Quer dizer que eu pareço uma patricinha nojentinha? - Ela me encarou séria e eu fiquei sem jeito, mas gargalhou assim que viu minha cara. - Não ligo pra isso!
Já tinha bastante convidados e de acordo com que Nathália ia passando, acenava para as pessoas que mexiam com ela. 
- Nathi! - Escutamos uma voz de homem e ela me puxou em direção a um rapaz.
- Irmão! - Ela o abraçou e eu realmente estava sem jeito. - Esse aqui é o meu amigo, que eu te falei.
- Luan Santana? Ual! Podia ter dito quem era seu amigo. - Ela fez careta e nós nos cumprimentamos. - Quais são suas intenções com a minha irmã?
- Lorenzo!
- Tô brincando! - Ele gargalhou e eu também ri. - É só brincadeira...
- Você só me faz passar vergonha. - Nathália lhe olhava brava.
- Pode ficar a vontade, Luan! - Ele saiu dali, assim que alguém o chamou.
- Não liga pro meu irmão, ele é legal, só imbecil quando quer.
- Calma, Na. Tá tudo bem! Não precisa ficar tão nervosa.
- Ele me deixou com vergonha.
- (risos) Fica tranquila. 
- Ah, vou te apresentar pra minha mãe. - Ela novamente me puxou pela mão e nós entramos dentro da enorme casa que tinha ali.
- Demorou, filha!
- Fiquei esperando uma certa pessoa se arrumar. - Fiquei com vergonha e ela me olhou rindo. - Mãe, esse é o meu amigo.
- Ah, prazer! - A senhora loira, me abraçou e eu olhei bem para ela.
- O prazer é todo meu! Vocês se parecem muito. - Nathália riu.
- E eu adoro suas músicas! 
- É verdade, Luan. Eu levei o seu CD pra ela e quase morreu de felicidade.
- Ah, que legal dona...
- Luana. - Ela disse sorrindo.
- Luana, minha xará! - Eu ri. 
- É sim, Luan. Pode ficar a vontade, viu? Tenho que ir ver algumas coisas. Juízo, crianças! - Ela saiu dali apressada e eu lembrei da minha mãe. Tinha o mesmo jeito dela.
- Do que está rindo? - Nathália me perguntou.
- Sua mãe parece muito com a minha.
- (risos) A minha mãe é uma comédia! Vamos procurar uma mesa pra sentar? To morrendo de fome e você?
- To com fome demais, Nathi! - Lhe abracei pelo ombro e ela riu, passando seu braço por minha cintura, enquanto caminhávamos até a parte de fora da casa, onde estavam os convidados.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Capítulo 10





Eu trocava de roupa para ir para o estúdio, quando chegou uma mensagem do Luan, dizendo que em uma hora, também estava lá. Sorri e lhe respondi, me sentando na cama.
Eu não sabia explicar o efeito que ele tinha em mim a cada dia que passava. Eu não parava de pensar nele um minuto e até ficava mexendo em suas redes socias para ver se tinha postado alguma coisa. Eu relia nossas conversas no whatsapp todos os dias, na hora de dormir e estava com medo da onde aqueles sintomas iriam parar.
- Tá pensando em quê, em? - Me assustei e bloqueei meu celular logo.
- Para de entrar assim no meu quarto, Lorena!
-Você anda muito voada, Nathália. Tem homem no meio? - Arregalei os olhos e ela riu. - Eu te conheço. Sempre ficava meio assim por algum menino, mas agora está demais. Não vai me dizer que está amando? - Eu parei para processar aquela informação e me assustei com as minhas conclusões. -  É isso?
- Não faz pergunta difícil, Lo! - Me deitei na cama com as mãos no rosto.
- Amiga, por quem você tá apaixonada?
- Essa palavra é muito forte pra tão pouco tempo...
- Se não é isso é o que, então? - Tirei as mãos do rosto e ela estava com seus braços cruzados, enquanto me encarava.
- Eu não faço ideia! - Suspirei.
- Tão pouco tempo...- Ela parou para pensar. - Não vai me dizer que é o Luan! - Me sentei rápido de novo, enquanto ela ria da minha cara.
- Para com isso!
- Eu sabia, amiga. Essa sua dedicação com ele, seu carinho...Tá escrito na sua cara!
- É o que? - Quase gritei.
- Não...Não tá escrito assim na sua cara, mas pra mim está porque eu te conheço muito bem. 
- Ah... - Respirei aliviada. - Amiga, eu acho sim que to gostando dele, sabe?
- Gostando? Em que série você está, Nathália? Porque isso é coisa de adolescente.
- Não é amor, não ainda.
- Não ainda. - Ela me imitou. - Se não é amor, é paixão e vai virar amor.
- Não quero que seja paixão, muito menos que vire amor.
- E eu posso saber por que? O Luan é lindo, rico, um belo de um partido.
- Ele é apaixonado na mulher, Lorena. Você, eu, a família dele, o mundo, estamos cansados de saber. Ele ainda fica sem dormir e chora por ela.
- Mas isso vai passar, amiga. O tempo vai curar e aí, você vai entrar em ação.
- Não sei! - Suspirei. - Eu também não quero que ele pense que eu estou sendo uma amiga para ele por interesse.
- Ele não vai pensar isso, Na! Ele gosta bastante de você e quem sabe não se apaixona, também? Não é dificil se apaixonar por você, ouviu? É linda, independente, determinada... - Sorri e ela me puxou para um abraço.
- Só você, amiga!
- Sabe que pode contar comigo pra tudo, inclusive, pra te dar força e bronca, pra largar de ser tão pessimista! - Assenti.
Cheguei no estúdio junto com Luan e Dudu e fomos ver algumas coisas para seu próximo CD.
A gente nunca para, lança uma música e já pensamos em outra, lança um CD e o projeto do próximo já tem que estar na cabeça. 
- Acreditam que eu já estou pensando no meu próximo DVD? - Luan disse.
- Que bom! Vai anotando suas ideias. - Eu falei e Dudu concordou.
Ele começou a falar tudo que estava pensando, empolgado e aquilo me deixava feliz, por ver que ele estava se recuperando. Aos poucos, mas estava.
- Eu tô querendo ir para Londes de novo ver as coisas. Eu gostei demais da última vez que eu fui!
- Fechou, cara! E dessa vez Nathi vai com a gente. - Dudu se virou para mim.
- Fechado, Nathi? - Luan perguntou e eu concordei.
- Fechado! Vou pra Londres com vocês. - Conversamos mais um pouco e Dudu teve que ir embora primeiro, deixando apenas Luan lá comigo.
Já não falávamos mais de trabalho, apenas conversávamos e como de costume, Luan desabafava algumas coisas comigo, aproveitando nosso tempo a sós.
- Luan? Quanto tempo, cara! - Renan chegou no estúdio, abraçando Luan.
Renan era um cantor sertanejo que cantava em dupla. Eu já produzia músicas para ele á dois anos.
Era um cara legal, mas ás vezes me enchia demais o saco, quando não tirava o dia pra ficar no meu pé e me dar cantadas. Quando eu estava de bom humor, até ria, mas nos meus dias ruins, ele saia de lá com uma patada.
- Ôh, cara! Tempo mesmo...
- To planejando regravar uma música aí. Queria sua participação especial.
- Na hora!
- Sério? Eu vou ver tudo certinho e te avisar.
- Pode avisar, rapaz! 
- Cadê Rafael, Renan? - Era o seu parceiro de dupla.
- Ah, Nathi, a gente tá se separando.
- O que? - Me assustei. - Vocês se davam tão bem.
- Ele não tá mais querendo cantar, vai morar fora do país com a mãe e eu vou segui carreira solo.
- Sério? 
- Ainda vai continuar me produzindo, não é?
- Vou, ué! 
- Surpresa você aqui, Luan.
- É...O Dudu fez uma cirurgia e a Nathália é muito amiga dele, me indicou para produzir duas músicas que eu precisava aqui, nós viramos muito amigos, gostei do trabalho dela e eu decidi produzir com os dois juntos agora. Ele acabou de sair daqui.
- Ah, ela realmente é boa no que faz! - Ele me deu uma olhadinha e eu estreitei os olhos.
- É sim... - Luan deu uma risadinha.
- Então, só vim aqui te avisar que eu to sozinho agora, Nathi. - Assenti. - Tchau, gente! - Ele acenou e nós retribuímos. - Fala com o Lorenzo que eu to lá no domingo. - Assenti.
Ele virou bastante amigo do meu irmão, depois que se conheceram no meu estúdio.
- Ah, Luan. Vamos no aniversário do meu irmão? É no domingo...
- Não sei, Nathi. Eu fico sem jeito, nem conheço ele.
- Nossa! Luan sem jeito? - Brinquei e ele riu. - Mas vão se conhecer, ué. E amigo meu é amigo dele. Nos meus aniversários ele também aparece lá com amigos dele que eu nunca vi na vida.
- Será que ele não vai se importar mesmo?
- Te dou minha palavra!
- Tudo bem, eu vou... - Sorri. - Eu acho tão lindinho você querendo me animar. Eu nunca tive uma amiga tão dedicada. - Ele me abraçou pelo pescoço e beijou minha bochecha com força.
- Ah, tá me matando! - Rimos.
- Não quero perder sua amizade nunca, Nathi! Jamais! - Ele segurou minhas mãos e eu tentei sorri.
Doia em mim ele falar aquilo. Eu queria mais que a amizade dele, mas já estava ciente que o máximo que eu conseguiria era sua confiança como amiga.

Capítulo 09





Estava esperando Luan no estúdio, com uma notícia um pouco triste para lhe dar, pelo menos pra mim, o que me animou, foi ver ele chegando com um rostinho bem melhor do que da última vez que nos vimos.
- Tá melhor? - Nos abraçamos.
- Estou sim! - Ele beijou meu rosto. - Obrigado por cuidar de mim. Parece a minha mãe! - Ele deu um sorrisinho e eu gargalhei. 
Nos sentamos e eu procurava forças para lhe dizer aquilo. Acho que para ele não seria tão ruim, mas para mim era e muito.
- Veio dos shows hoje?
- Vim sim! 
- Sabe que a procura pelo exclusive foi muita depois que você anunciou que foi eu que produzi sua nova música de trabalho? - Sorri e ele me acompanhou.
- Exclusive! - Ele leu uma imensa placa, logo acima de onde estávamos sentados. - Eu nunca reparei que era esse o nome do seu estúdio.
- (risos) É, eu também nunca te disse.
- Ele é exclusivo, é?
- Pelo menos eu acho! - Dei de ombros e ele riu.
- É sim...Pode ter certeza!
- Que bom que acha, mas...Tenho uma notícia.
- O que foi?
- O Dudu já tá melhor e já voltou pro vip.
- Sério? - Assenti. - Que bom que ele melhorou.
- É sim...
- Ei! Que carinha é essa?
- Nada, ué. - Eu tentei ri.
- Eu to vendo que sua carinha mudou. Está triste por que eu não vou mais vir aqui? - Ele tentou fazer uma piadinha.
- É... - Eu fiquei sem jeito e ele riu.
- Não fica assim, Nathi. Você, além de tudo, virou uma grande amiga! - Me puxou para um abraço apertado.
- Você também. Não quero que se distancie, ouviu?
- Lógico que não! A minha única amiga que me dá colo, que tem paciência comigo. - Ele alisou meu rosto e eu sorri. - Mas eu gostei muito do seu trabalho pra te largar assim também.
- O que quer dizer com isso?
- Quero dizer que eu quero trabalhar com você e com o Dudu. Quando tiver que produzir música, ou você vai pra lá ou ele vem pra cá. Quero os dois!
- Sério? Obrigada, viu? 
- Já disse que gostei muito do seu trabalho, Nathi.
- O Dudu não vai se importar?
- Claro que não, e vocês são amigos. Melhor ainda!
- Eu também gosto muito de trabalhar com você, Luan...Eu me surpreendi.
- Ah é? Com o que? Eu também me surpreendi com você.
- Ah, com muitas coisas. Com o seu talento, que pessoalmente é muito maior, ainda mais aqui do jeito que eu te ouço, sua voz pura mesmo. Com o seu carisma, sua simpatia...Realmente merece estar aonde está.
- Ah, são seus olhos, Nathália! Você também merece o sucesso que faz com esse estúdio e só vai crescer a cada dia, porque é boa no que faz. - Sorri e dei um beijo em sua bochecha.
Fui ver Luan de novo só na outra semana, em um show, que eu com alguns de seus amigos, que agora também eram meus, tínhamos marcado de ir.
Eles só iriam ir no camarim depois do show, mas eu resolvi ir antes e fui sozinha mesmo. Mandei uma mensagem para Luan, enquanto andava.
- Oi! 
- Ah, Luan está te esperando! - O mesmo homem que tinha ido me pegar para dançar com Luan, falou.
Eu ainda lembrava cada detalhe daquele momento, que no primeiro instante, não tinha significado nada para mim. 
- Qual seu nome mesmo? - Eu disse, quando ele me deixou na porta do camarim.
- Rober!
- Prazer, Nathália! - Ele pegou na minha mão e sorriu, antes de sair dali.
Entrei no camarim e Luan comia algumas coisas.
- Ôh, Nathi! - Ele se levantou e me deu um abraço apertado.
- Parece que não te vejo a séculos! - Rimos. - Luan...Está mais magro. - Ele desviou  o olhar do meu.
- É...Eu to em uma dieta aí.
- Não mente pra mim! Você não tá comendo direito, não é? - Ele voltou a me olhar e eu suspirei. - Não faz isso com você, Luan, nem com todo mundo que te ama! - Peguei em seu rosto e seus olhos lacrimejaram. 
- Eu to mal, Nathi.
- Eu sei que sim...Mas se esforça pra consegui se reerguer, vai?
- Não tenho forças... - Ele sussurrou.
- Tem sim! Eu não queria te dizer isso, mas...Ela não te merece e nunca mereceu!
- Eu sei que não! Meu coração tá tão partido, que você não faz ideia. Em um momento, eu tô até brincando com o pessoal e no outro, parece que uma faca me atingiu. Eu não aguento mais!
Eu acho que nunca mais eu vou saber amar outra mulher, acho que eu não nasci pra ter nada sério com ninguém mesmo. Eu não nasci pra construir uma família. É isso que eu acho!



Comentem q vai ter mais um de noite! 

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Capítulo 08




   
        ...

- Vai aonde em plena segunda feira, Nathália?
- Vou pra balada, seu Murilo! Beijo, paizinho! - Eu beijei seu rosto.
- Segunda feira? - Minha mãe estranhou, já que eu não era de sair em dias de semana. - Não tem que ir pro estúdio amanhã?
- É...Amanhã eu vou só depois de meio dia.
- Vai com quem? - Meu pai perguntou. - Só uma pessoa muito desocupada. - Revirei os olhos.
- Vou com Lorena, o Luan e a irmã dele.
- O cantor que tá no estúdio com você?
- Isso mesmo!
- Juízo, moça! - Minha mãe disse e eu assenti.
- Pode deixar, dona Luana! - Ri e logo ouvi a buzina do carro de Lorena.
Dessa vez, iríamos no carro dela e ela dirigiria.
Fui postando a minha foto da noite dentro do carro e não demorou muito para chegarmos na balada, que ficava bem perto do meu condomínio.


Segunda feira de noitada! haha

Encontramos Bruna e Luan já no camarote e também pedimos a bebida que estavam tomando.
- Ta melhor? - Falei perto do ouvido dele, por conta da música alta, quando as meninas foram no banheiro.
- To sim! - Ele sorriu de lado pra mim.
- Não me convenceu muito, mas tudo bem!
- (risos) É sério, eu to melhor um pouco.
- Então tá...A suas duas músicas estão estouradas na internet.
- Eu vi, Nathi. Nossa, fiquei tão feliz! Obrigado por tudo também. Realmente Dudu me colocou em ótimas mãos! - Ri.
- Acho que não tem como uma música sua não virar sucesso.
- O que é isso! Bondade sua!
- Está mesmo gostando do meu trabalho?
- Demais! Você seguiu a linha do Dudu, que eu tanto gostei. Eu me surpreendi.
- Pensou que só porque eu fosse mulher não daria conta? - Brinquei e rimos.
- Chega de falar de trabalho, vamos nos divertir! - Lorena entrou no nosso meio.
Já tínhamos feito uma amizade bacana e sempre saíamos nós quatro juntos.
Luan tinha um jeitinho que me encantava. Era um homem, mas com alma de menino.
Eu amava ficar vendo as brincadeiras que fazia e depois a gargalhada que soltava. Confesso ficar admirando por alguns minutos e depois me tocar, que alguém podia perceber alguma coisa.
Quando estávamos só eu e ele em sua casa, ele desabava a chorar. Sempre dizia que a paixão por sua ex mulher, não conseguia desaparecer por nada. Ele chorava e desabafava muito comigo.
Depois de mais duas semanas, parece que a tristeza dele veio a tona de novo e seus pais me ligaram, a pedido dele mesmo. Fui correndo até a casa deles e Luan estava trancado no quarto, mas assim que ouviu minha voz, abriu a porta rápido e me colocou para dentro.
- O que houve, Lu?
- Eu não consigo mais, Nathi!
- Não fala isso! - Me sentei na cama e ele deitou com a cabeça nas minhas pernas.
- Falo, porque é verdade! Eu não vivo sem ela! - Comecei a acariciar seus cabelos e a sua frase me deu um pequeno susto. Meu coração acelerou um pouco e eu nem sabia o porque.
- Você consegue!
- Não... - Ele chorava e aquilo me dava tanta dó.
- Então...Volta pra ela! - Me doeu dizer aquilo. Eu disse em voz baixa, mas disse.
Eu preferia ele com aquela mulher de novo, do que sofrendo do jeito em que estava.
Eu nunca considerei tanto um amigo igual considerava o Luan. Eu nunca tinha me envolvido tanto nos problemas deles, além de Lorena, igual eu estava me envolvendo com o Luan.
Não sei, mas de repente meu coração começou a virar de cabeça para baixo, junto com meu estômago, que já se contorcia, só de ouvir dizer o nome dele. Minha pele se arrepiava só de olhar para ele e eu tinha tanta, mas tanta raiva daquela Laisa, que se eu a visse na minha frente lhe estapearia.
- Não! Tudo menos isso! - Ele levantou do meu colo dizendo e eu respirei aliviada, nitidamente, o fazendo ri fraco. 
- Eu disse isso pra não te ver sofrendo, mas de verdade, eu acho que vai sofrer mais com ela...
- Com certeza! Quem trai uma vez, pode trair sempre e eu não confio mais nela de jeito nenhum. Não consigo seguir assim com um relacionamento.
- Isso vai passar, o tempo que vai fazer isso passar. Confia em mim, Luan!
- Eu confio, Na! - Ele me abraçou forte. - Me desculpa te encher sempre com as minhas coisas, meus problemas, você deve ter os seus e eu fico aqui te alugando. Me desculpa mesmo!
- Não, Luan! Não precisa pedir desculpas. Eu sou sua amiga ou não sou?
- Claro que é! - Ele sorriu.
- Então...Eu te considero muito, ouviu? Então pode desabafar comigo o quanto quiser. - Acariciei sua bochecha e ele deitou a cabeça na minha mão, enquanto sorria. Com sei jeitinho lindo, fofo e meigo.
Eu não parava de sorri, enquanto estava olhando o seu rosto.


quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Capítulo 07





         ...
A traição não feriu apenas meu orgulho de macho, mas me fez sentir um completo fracassado.
Tinha uma avalanche de sentimentos no meu coração. Desde que descobri que ela me traía ficava até pensando em como era seu amante, eu pensava até se ele era tão melhor que eu assim. Pensava se tinha feito algo de errado nos nossos momentos mais íntimos, ou até mesmo no dia-a-dia.
A traição foi um trauma, eu não tinha mais vontade de nada e até passava pela minha cabeça de que nunca mais eu conseguiria ficar com outra mulher, confiar, dormir com outra.
Eu sempre fazia tudo que minha mulher queria, exatamente tudo, e ela não me deu valor. Eu era um boneco na mão dela e ela me traiu, a primeira coisa que eu tinha certeza naquele momento, era que eu nunca mais seria tão bonzinho assim com outras mulheres.
A verdade, é que eu estava completamente inseguro e tinha na cabeça também, que desconfiaria sempre das pessoas, coisa que eu nunca fui. 
Acho que para o homem a traição pesa mais. Se o cara é corno, ele se expõe ao ridículo e eu já imaginava aquele título sempre que envolvessem meu nome, para o resto da minha vida.
A minha reputação iria estar lá em baixo, a minha autoestima não estava sendo a mesma e nem seria tão cedo. 
Eu sabia que não só as mulheres, mas os homens também traíam, mas o que mais me revoltava era o fato de eu ter sido sempre fiel a ela, ter me esforçado para ser em certos momentos, que algumas mulheres quase se jogavam no meu colo, enquanto ela deveria estar na cama com outro.
A raiva me invadia sempre que pensava nessa hipótese e a primeira coisa que eu via na minha frente eu quebrava. Assim foi com todos os nossos porta retratos que estavam no quarto.
Eu tinha muita raiva dela, mas o amor, não tinha diminuído em nada.
- Essa mulher só pode ter me enfeitiçado! - Eu falava sozinho, antes de me jogar na cama.
Fechei os olhos e comecei a lembrar das vezes que tantas coisas estranhas aconteceram e eu estava cego de amor. Ela chegava tarde em casa, ela saía sem mais nem menos e acho que nem academia fazia. Não estava acreditando o quanto eu fui trouxa e idiota.
Os dias foram se passando e eu não queria mas ver nem falar com ninguém, nem minha família. Eu sentia que minha mãe sofria junto comigo, mas eu precisava de um tempo sozinho. Tempo esse, que não tinha previsão pra acabar.
Arleyde desmarcou os shows daquela semana toda. Anunciei minha separação e não demorou para vazar aquele assunto como motivo da separação. Eu já imaginava.
Não tínha ânimo para mais nada, nem para comer, com muito custo eu conseguia dormir. 
Em uma quinta feira a campainha da minha casa tocou e eu dei pausa no meu video game, para ir atender. Era a única coisa que ainda conseguia me distrair um pouco.
- Nathália?
- Oi, Luan? Tudo bem? - Assenti e dei espaço para que entrasse. - Olha, você não apareceu no estúdio ontem...
- É, o pai me disse mesmo que estava marcado pra ontem, mas não tive ânimo. - Me sentei no sofá e ela se sentou do meu lado.
- Mas e a sua música? Só falta você fazer a gravação oficial pra gente soltar, Luan.
- Esquece música, Nathália! Não quero saber de mais nada!
- O que? Mas você é tão apaixonado por música, Luan. E a sua carreira? Você tem que seguir em frente!
- Porque não é com você! - Me irritei, mas me arrependi no mesmo instante do jeito que falei com ela.- Me desculpa, mas eu tô sofrendo demais. Eu amo minha ex mulher!
- Eu sei, eu entendo! Mas grava essa música, vai! Acho que vai te fazer bem cantar. A quanto tempo você não canta? - Senti sua mão na minha nuca e já que eu olhava para o outro lado, virei para olhar seu rosto.
- A mais de uma semana.
- Então! Eu acho que vai te fazer bem! - Ela sorriu.
- É...Eu também acho! Que horas eu vou lá?
- Vamos agora?
- Então tá! - Sorri e lhe dei um beijo no rosto, antes de me levantar do sofá.
Só vesti uma camisa e nós fomos em seu carro mesmo. 
E ela tinha razão. Eu comecei a cantar a música e parece que a cada palavra, dez quilos iam saindo das minhas costas. 
Me sentei ao seu lado e ela já tinha editado a parte da Escreve aí, no dvd, para postar separado no meu canal, já que seria nossa música de trabalho também.
Pedi para que ela colocasse para tocar e no meio da música, eu já estava em prantos de choro.
- Não fica assim! - Ela me olhou com uma carinha triste e eu sorri, tentando limpar as lágrimas.
- Me desculpa...
- Não precisa se desculpar. Olha, quer uma amiga? Pode chorar no meu ombro quando quiser.
- (risos) Eu pensei que já tinha!
- É...Verdade. Nós já somos amigos! - Lhe puxei para um abraço e fiz o que ela havia falado.
Deitei a cabeça em seu ombro e deixei que as lágrimas caíssem.
- Tenho certeza que será uma grande amiga!
- Pode ter mesmo, sempre que quiser desabafar...
- Eu gostei de você, Nathália! - Me levantei de seu ombro sorrindo e ela retribuíu.
- Eu também, Luan!
- Quer ir lá pra casa? A gente pede uma pizza.
- Se é pra te animar, vamos sim. - Sorri.
- Não sei se vai conseguir muita coisa, mas eu vou me esforçar. - Saímos do seu estúdio e como o combinado, fomos comer uma pizza na minha casa.
- Ela que saiu daqui? - Ela disse sem jeito.
- Foi, a casa é minha. Por pouco eu não passo pro nome dela. Na verdade, a casa e tudo que ela tem foi eu que dei.
- Já disse que você vai superar! 
- Sabe que eu não sou de ter amiga mulher, mas eu vejo que com você eu posso contar. Não tenho coragem de conversar sobre isso com meus amigos, entende? - Cocei a nuca e ela riu.
- Entendo! Homens! - Nós rimos. - Mas fica tranquilo, você não é o primeiro e nem foi o último a passar por isso na vida.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Capítulo 06






Todo mundo estava assustado e não sabia o que fazer. Luan se calou e de cima do palco, parecia olhar com raiva para sua mulher que saiu dali correndo e aparentemente, chorando.
- Luan, desce daí! Você tá bêbado! - Seu Amarildo disse, antes de subir em cima do palco e tirar Luan de lá pelo braço. - Gente, desculpa! - Ele se desculpou com todos, antes de entrar dentro de casa.
A mãe e a irmã de Luan, seguiram atrás dele, provavelmente querendo saber o que todos nós queríamos, o por que dele ter dito aquelas palavras.
- Acho que a festa acabou! - Sorocaba disse e todo mundo concordou.
A sorte, é que só tinha amigos bem íntimos ali mesmo e eles não sairíam falando daquele acontecimento pra qualquer um, mas mesmo assim tinha risco daquilo vazar.
Mikelly, pegou Alice do meu colo e se despediu de mim, assim como todos naquela mesa. Ninguém tinha clima pra continuar a festa. Me levantei, assim que todos já estavam indo e fui atrás de Lorena, que assim como todos, estava perpléxa.
- Amiga, o que foi isso?
- Não faço idéia, Lo! Mas eu já vou também.
- Ah não, Na! Eu tô sem carro.
- E você vai demorar muito aqui?
- Um pouco, eu tenho que resolver com a família o que fazer com as comidas e bebidas que sobraram e a hora que meus empregados vêm aqui limpar amanhã.
- Tudo bem, amiga. 
- Então vamos lá...
- Agora deu até uma vergonha.
- É, eu também tô. Mas é preciso. - Assenti e fomos em direção a sala.
Já não tinha mais nenhum convidado ali e a irmã de Luan estava na sala.
- A minha mãe já está descendo pra resolver as coisas com você. - Ela já logo disse para Lorena, que assentiu. - Se importa em esperar um pouco?
- De jeito nenhum! 
- Nossa, nem eu sei o que houve! - Ela disse envergonhada.
- Isso acontece! - Eu sorri fraco e ela me acompanhou.
- Pois é...Eu não fiquei feliz com a vergonha que o Luan fez todo mundo passar, ele podia esperar a festa passar, mas se eles se separarem mesmo, já não era sem tempo. 
- Você não gosta dela? - Minha amiga perguntou e eu lhe dei um beliscão.
- Quando eles começaram a namorar éramos muito amigas, mas depois que casaram ela mudou demais e de dois anos pra cá, mais ainda. Só o Luan não vê...Quer dizer, não via. Acho que ele viu hoje!
- Nossa! - Falei sem jeito. 
Dona Marizete desceu e foi conversar com Lorena, mesmo ainda assustada por tudo que tinha acontecido.
- Eu posso ir ao banheiro? - Perguntei a Bruna, que assentiu.
- Vai no de cima, que aqui em baixo está quebrado.
- Não tem problema?
- Não! Pode ir lá! É na primeira porta a direita. - Assenti e subi as escadas.
Quando estava saindo do banheiro, dei de cara com Luan fechando a porta do seu quarto, que estava aberta e era de frente para o banheiro. Ele estava só de cueca e eu fiquei sem jeito.
- Oi, Nathi! - Ele sorriu forçado.
- Tá tudo bem com você? - Ele assentiu e me chamou com a mão para o seu quarto e mesmo com receio, eu entrei e ele fechou a porta.
- Eu bebi demais... - Ele riu fraco. - Mas só bebendo a gente fala a verdade, não é? 
- Mas vocês pareciam tão...Bem! - Eu disse, já que ele tocava no assunto.
- É...Mas acontece que hoje eu descobri uma coisa que nem em sonhos imaginava! - Ele se sentou do meu lado. - Peguei o celular dela em cima da cama e vi que estava destravado, tem senha, mas ela deve ter mexido em algo e ele ainda não tinha travado. Então por instinto, eu comecei a mexer. - Vi que seus olhos começaram a lacrimejar, assim que ele me olhou. -  Tinha mensagens dela para outro, mensagem de homem pra ela, e não era só um, pior, tinha até foto dela com outros.
- Nossa... - Eu imaginava tudo, uma crise no casamento deles, menos aquilo. - Eu não sei o que te dizer, Luan.
- Não precisa dizer nada, Nathália. Eu fui um trouxa e todo mundo sabia. Tenho certeza!
- Todo mundo?
- É, meus pais, o pessoal da minha produção. Se deixar, até alguns amigos! Todo mundo me fez de idiota!
- Claro que não! Ás vezes não quiseram te contar pra não te deixar triste, todo mundo via o quanto era apaixonado por ela...
- Era não, eu sou. Infelizmente depois disso tudo, eu ainda sou louco por ela! - Ficamos calados por alguns segundos, até a porta do quarto se abrir.
- Luan, a gente precisa conversar! - Laisa entrou no quarto e ele se levantou do meu lado. - Não esperou nem vinte e quatro horas pra me dar o troco?
- Do que você tá falando?
- Você já tá no quarto com essa aí.
- Ei! Ele só me chamou pra conversar, desabafar...
- Não precisa explicar nada pra essa mulher, Nathália! Ela não faz mais parte da minha vida!
- Não fala assim, Luan.
- VOCÊ É UMA VAGABUNDA! - Ele deu um grito ensurdecedor e não deu um minuto e seus pais, junto de Bruna e Lorena estavam ali.
- Luan... - Seu pai se aproximou. - Se acalma!
- EU NÃO VOU ME ACALMAR, EU NÃO QUERO ME ACALMAR, PAI. O QUE FOI? JÁ NÃO BASTA O QUANTO ME FIZERAM DE TROUXA? 
- A gente não tinha provas de nada, Luan e ninguém queria te magoar. - Sua irmã disse.
- NÃO INTERESSA! EU PREFERIA FICAR MAGOADO DO QUE SER CORNO ESSE TEMPO INTEIRO.
- Não, amor! Isso não é verdade...Foi só uma vez, a pouco tempo. Eu sei que errei, mas eu não vou fazer isso nunca mais com você...
- Não vai mesmo, Laisa, porque eu não te quero mais na minha vida! Vagabunda, galinha!
- Luan... - Sua mãe já chorava junto com ele.
- Tirem essa mulher da minha frente, antes que eu mate ela e vou pra cadeia! - Seu pai arregalou os olhos e deu um jeito de sair carregando Laisa dali, que fingia um choro. 
Dava para ver de longe que era fingimento.

Capítulo 05




Ooi, cheguei mais cedo hoje pq se tiver 10 comentários até d noite eu posto mais, já q amanhã já é carnaval e eu fico sem postar e só volto na quarta. Entao, merecem dois hoje! 






Segui até a empresa que Nathália tinha me sugerido e Laisa gostou de tudo de primeira. Combinamos tudo e no próximo final de semana, já seria nossa festa.
- Luan, outro sábado sem show? - Eu falava com Arleyde por telefone.
- Laisa quer a festa no final de semana, Lele.
- Mas você sabe que é complicado, ela sabe e podia entender. Sábado são os shows maiores e mais caros.
- Também não é assim, Arleyde! Dois sábados sem shows não vai me deixar mais pobre. - Bufei, revirando os olhos em seguida.
- Tudo bem, Luan! - Ela suspirou do outro lado da linha. - Não falo mais nada! - Nos despedimos e Arleyde desligou um pouco irritada, ela também tinha me deixado um pouco.
Eu viajei na terça feira e minha semana passou voando, logo eu já estava em casa para nossa festa, me arrumando no banheiro, enquanto Laisa tinha passado o dia no salão de beleza.
- Amor? - Ela me chamou assim que chegou. - To atrasada! 
- Que demora, amor! 
- Mas valeu a pena, não acha? - Me virei para lhe olhar e ela estava incrivelmente linda.
Seu cabelo em um penteado perfeito e sua maquiagem realçava mais ainda sua beleza.
- Muito! - Me aproximei e tive apenas que encostar seus lábios nos meus, já que ela estava de batom.
- Já tomei banho, só falta vestir a roupa.
- Então vai que daqui a pouco o povo chega! - Ela assentiu e largou sua bolsa, que estava aberta e fez cair tudo no chão, antes de sair correndo até o closet. Ri de sua pressa.

                     ...

- Amiga, queria te agradecer por me indicar pro Luan Santana! - Lorena me abraçou e eu ri.
- Sério que ele foi lá?
- Foi e nós estamos organizando sua festa, apesar de fresca a esposa dele gostou de mim. - Neguei com a cabeça. - Você vai, não é?
- Só estou procurando uma roupa.
- Já fui na casa dele hoje vê se estava tudo sendo organizado certo e está tudo lindo. Eu vou me arrumar aqui também, tá bom?
- Claro, amiga!
- A mulher dele é chatinha, então eu vou ter que ficar no pé de todo mundo a noite toda e perguntando a ela se está tudo do jeito dela. - Ela fez careta. - Odeio puxar saco!
- Mas o pagamento não é bom? - Ri.
- Ôh seu é! Eu meti a mão mesmo, ele pode! 
- Nossa, Lorena! - Ela riu da minha cara.
Comemos e vimos um filme, até escurecer e Lorena sair correndo pro meu quarto.
Ela teria que chegar alguns minutos antes e me convenceu a ir junto com ela.
- Nossa que arrazo! - Ela me olhou, enquanto eu colocava meus brincos.
- Olha só quem fala...
- Acho que o Luan Santana, até vai querer largar a mulher e ficar com você depois que te vê.
- Não fala besteira, menina! - Ela gargalhou. 
- Mas você acha que ele é fiel?
- De verdade? Eu acho! Porque você tem que ver o brilho nos olhos dele quando fala dela. Completamente apaixonado!
- É...Realmente. Quando fizemos a reunião ele ficava com uma cara de bobo e tudo, exatamente tudo, que ela pedia ele concordava.
- (risos) Quero um homem assim um dia!
- E eu! De preferência com o dinheiro que ele tem.
- Até parece que você precisa!
- Não, mas quero um marido a minha altura.
- Depois a nojenta é a mulher dele! - Rimos.


Partiu pra festa na casa do amigo novo! rs

Tocamos a campainha, assim que chegamos e quem atendeu foi uma mulher um pouco mais velha.
- Oi, eu sou a organizadora da festa. - Lorena disse.
- E eu a nova produtora musical. - Sorri e ela nos deu passagem.
- Ah, então é você que está no lugar do Dudu? - Assenti e ela sorriu. - Prazer, eu sou a mãe do Luan!
- Nossa, sério? Nem parece dona...
- Marizete!
- Não parece mesmo! - Minha amiga concordou comigo.
Estavam na sala de sua casa, seus pais e sua irmã, que fomos apresentados formalmente. 
Logo ele desceu as escadas e foi falar conosco também.
- Vim cedo porque essa daqui insistiu!
- O que é isso, Nathália! Fica a vontade! - Ele sorriu simpático e eu retribuí.
A esposa dele desceu as escadas e ela estava deslumbrante de tão linda. Luan nos apresentou também e ela falou poucas coisas comigo, antes de se afastar, realmente tinha um jeito metido, mas não poderia negar que Luan tinha bom gosto e que sua esposa era realmente linda.
Os convidados começaram a chegar e Lorena teve que me deixar sozinha para ir ver se estava indo tudo do jeito que a mulher de Luan havia pedido. Sorte que Sorocaba me viu e com toda sua simpatia, me chamou para que eu me sentasse na mesa com ele e mais várias pessoas que eu não conhecia.
Fui apresentada ali também e me sentei ao lado de uma moça loira, mulher do Fernando, que estava com sua bebê no colo. 
Com o passar do tempo, começamos a conversar como se nos conhecêssemos a anos e eu já estava com sua filhinha no colo, que era um amor de criança.
Jantamos, bebemos e estava tudo bem animado e perfeito. 
Chamaram Luan para dar um discurso em um pequeno palco que Lorena havia mandado montar ali e ele foi andando até lá de um jeito diferente e não foi só eu que percebi.
- Luan tá mais pra lá do que pra cá! - Um de seus amigos, que estava ali na mesa conosco, disse rindo e todo mundo acompanhou.
- Eu quero só ver o que vai sair...Luan não funciona bêbado, cara. - Sorocaba disse e todos nós nos viramos para ver o que viria pela frente. 
Seu pai vendo a situação, até disse a ele que não precisava, mas ele se afastou dizendo que fazia questão. Pegou o microfone e só depois de alguns segundos, começou a falar.
- Laisa, meu amor! - Vi que sua esposa sorria em frente ao palco. - Eu quero o divórcio! Eu quero que você saia da minha casa, da minha vida...Que você vá se ferrar! 



quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Capítulo 04



Indicando gnt! A história é bem diferente, acho q vao gostar!
http://questoesdocaracaofanfic.blogspot.com.br/2015/02/capitulo-3.html?m=1



Fui na hora marcada, para o seu estúdio. Parei o carro aonde eu sempre parava para ir para o vip e ela me esperava ali em frente.
- Vamos a pé?
- Vamos, é logo aqui! - Ela sorriu e três prédios depois, já era o seu estúdio.
- Nossa, aqui é bem bonito!
- (risos) Gostou?
- É até cheiroso! - Eu também ri.
- Acho que estúdio de mulher é outra coisa, não é?
- Não sei de mulher, mas o seu é bem diferente de todos que já fui sim. Nunca tive uma produtora.
- Ah! Realmente tem mais homens nesse meio. Na minha faculdade mesmo, de vinte alunos, só tinha eu e mais duas na minha sala.
- Sério? Você fez com o Dudu mesmo?
- Fiz sim! Nos conhecemos lá. 
- Sempre gostou de trabalhar com música?
- Nunca tive dúvidas! Quando me formei, já falei. Vou fazer faculdade de música. No começo o meu pai não quis muito, ele queria que eu fosse advogada, igual a ele, mas eu não liguei.
- Me desculpa por fazer tantas perguntas!
- Não ligo em responder! - Ela sorriu. - Vamos sentar? - Assenti e nos sentamos - Dudu disse que viria mais três pessoas com você pra nos ajudar...
- É sim, mas até agora nada!
- Vamos esperar, então! - Sorri para ela.
Ficamos conversando e nem vimos o tempo passar. Nathália era legal, tinha um papo bom.
Logo Sorocaba, Filipe e Fernandinho chegaram.
- Desculpa o atraso!
- Não tem problema! - Ela respondeu, enquanto cumprimentava todo mundo.
- Tudo bem, Nathália? Dudu falou bem demais de você! - Sorocaba disse e ela sorriu.
-  Tudo ótimo! Fico feliz que ele tenha falado bem de mim. - Nós rimos.
Meu 4° dvd tinha sido lançado no dia do meu aniversário e além de decidirmos qual a música nele que focaríamos, ainda tínhamos que escolher uma nova. A nossa sorte, é que não faltava opção, chegava muita música boa pra mim, Sorocaba, Dudu e Nathália também tinha algumas. Sempre tínhamos compositores ao nosso redor, querendo que eu regravasse as músicas deles e ultimamente eu estava gravando muito, já que minha inspiração não estava colaborando nada.
- Pode cantar essa quarta de novo? - Nathália perguntou, já que assistíamos ao meu dvd.
- Repetir a Escreve aí?
- Não, quero que cante agora. Aqui mesmo pra gente ouvir. - Assenti e peguei o violão.
Ela me analisava enquanto eu cantava e assim que acabou, fiquei lhe olhando.
- E aí?
- Eu acho que essa é ótima pra alavancar de vez esse dvd.
- Eu também acho! - Sorocaba concordou.
Depois de conversarmos mais, conseguimos resolver tudo. A música nova que eu soltaria e a Escreve aí, ficou como música de trabalho pro meu dvd novo.
Me levantei da cadeira me espreguiçando e olhei a hora no meu celular.
- Nossa! Três horas da manhã! 
- A gente nem vê o tempo passar! - Nathália concordou.
Nos despedimos e eu lhe abracei antes de sair.
- Você salvou a minha vida, Nathi! - Eu não me importei de lhe chamar pelo apelido e ela sorriu.
- Não salvei nada, Luan! - Ela também se despediu dos outros.
- Tenho que ir que amanhã eu acordo cedo pra ir ver os negócios da festa. Vocês vão, não é? E você tá convidada, Nathi.
- Seu aniversário não passou? - Ela riu.
- Passou sim, mas é festa de comemoração do meu casamento.
- Três anos amarrado! - Filipe brincou e nós rimos.
- Na minha casa! Vou escrever o endereço! - Eu escrevi em um pedaço de papel que tinha ali e ela concordou.
- Tudo bem...
- A empresa que organizaria tudo deu o bolo na Laisa e ela tá doida. - Eu ri.
- É...Vocês não tem ninguém em vista? - Nathália me perguntou.
- Não, vamos procurar amanhã.
- Se quiserem, minha amiga é organizadora de festas e também tem uma empresa de festas. - Ela tirou um cartão de dentro da bolsa. 
- Lorena Alfaro! - Li em voz alta. - Pode deixar que vamos até lá! - Ela me agradeceu com um sorriso.
Assim que cheguei em casa, Laisa comia na cozinha.
- Oi, amor! - Ela sorriu.
- Acordada á essa hora? E comendo? - Ri, enquanto me sentava ao seu lado.
- Tava morrendo de sono.
- Estava em algum lugar? Não está de pijama.
- Não, eu não gosto de colocar pijma enquanto estou sem sono, amor. Você sabe! Tenho que andar arrumada.
- Dentro de casa, Laisa? - Ri e ela deu de ombros.
- Claro! Sempre!
- Eu convidei minha nova produtora pra vir na nossa festa.
- Tudo bem...Ela é bonita?
- (risos) Eu nem reparei, amor! 
- Eu acho bom!