quinta-feira, 25 de junho de 2015

Capítulo 90





Cumpri o que eu tinha prometido pra mim mesma e dei um gelo no Luan o resto da nossa viagem.
Voltamos pra casa na quarta-feira de tarde e de noite Luan teria que viajar para cidade do seu show.
- Amor, eu já te pedi desculpa! Me perdoa, vai! - Ele disse assim que desceu com sua mala.
A van já lhe esperava do lado de fora.
- E eu já te desculpei. 
- Não desculpou! Me perdoa, eu sou esse bobo ciumento mesmo.
- Eu já te disse pra confiar em mim.
- Poxa, Nathália, quando você tinha seus ataques de ciúmes lá no começo eu tinha que compreender...
- Mas não compreendia. - Lhe interrompi cruzando os braços.
- Mas você sabe como é ruim isso, deveria sim me entender.
- Ah, ta bom, Luan! - Bufei.
- Eu já vou...
- Tchau! - Confesso que fiquei com pena da carinha que ele fez, mas eu estava com raiva dele.
- É assim, não é? - Não disse nada e ele suspirou. - Tchau!  Começou a andar em direção a porta e quando tocou na maçaneta lhe chamei.
- Luan!
- O que? - Ele se virou para me olhar e eu me aproximei.
Segurei seu rosto e dei um selinho demorado em seus lábios.
Mesmo com toda raiva do mundo eu nunca conseguiria deixar de me despedir direito dele.
Luan sorriu de lado e finalmente saiu.
A minha semana passou lenta e tediosa, só o trabalho me distraia, por esse motivo fui trabalhar no sábado, o que eu tinha cortado dos meus planos. Mas eu estava com bastante trabalho e decidi adiantar também, além do mais a Bruna tinha viajado com meu irmão e a Bia, me deixando mais no tédio ainda.
- Nathália, chegou isso pra você! - Agradeci minha secretária e peguei uma carta da sua mão.
Me sentei para ler e me surpreendi.
Era um convite de uma resvita para que eu tirasse algumas fotos para eles, nada demais. Em baixo tinha um telefone e mandava eu ligar dando minha resposta. Liguei na hora.
- Oi, aqui é a Nathália.
- Ah, claro! Enviamos uma carta pra você ontem.
- Eu só recebi hoje, me desculpe!
- Tudo bem! E aí? Vai aceitar? - O homem com a voz mais afeminada falava.
- Ah, não...Me desculpe mas não sou modelo.
- (risos) Nós sabemos, menina, mas queremos você na nossa capa de aniversário. É muito linda e te transformaremos em uma modelo em dez minutos.
- Obrigada mesmo, mas acho que não... - Ri sem jeito.
- Olha, te dou até amanhã pra decidir, conversar com seu marido, com a assessoria dele.
- Tudo bem! - Me despedi dele.
Fiquei pensando nessa proposta o dia todo. Liguei pra minha cunhada e Lorena, que me insentivaram a fazer as fotos. Estava começando a gostar da ideia.
Não falei nada com Luan, era de certo ele impacar minha vida. Decidi tirar as tal fotos e depois eu lhe falava, não iria atrapalhar em nada sua carreira.
Liguei confirmando tudo e eles marcaram no outro dia mesmo pra eu ir lá acertar tudo e tirar as fotos.
Não eram muitas. 
Me mandaram o contrato por email e no mesmo instante mandei pro do meu pai que me respondeu em uma hora, dizendo que eu poderia assinar tranquilamente.
No outro dia eu viajei pro Rio de Janeiro, onde era a empresa, com as passagens paga por eles mesmo.
Um carro me pegou no aeroporto e me levou até o hotel. O moço que falava comigo pelo telefone se apresentou como Júlio e disse que em duas horas voltaria para me buscar e começar a sessão de fotos.
- Aqui estão seus biquinis. Novinhos e vai poder ficar com tudo. - Ele me entregou uma bolsa.
- Biquini?
- É...Você não leu o contrato? - Suspirei.
- Hãn...Tudo bem! - Sorri fraco pra ele que se despediu de mim e foi embora. - Vou matar meu pai. - Sussurrei e ri em seguida.
Liguei pro meu pai, que riu de mim e disse que não viu nada demais nisso e que pensou que eu já sabia. Me repreendeu quando eu disse que Luan não sabia. 
Estava saindo do meu quarto, porque mandaram eu descer pra sairmos quando dei de cara com Luan.
- Nathália?
- Oi...Luan! 
- O que você ta fazendo aqui?
- Olha, eu juro que vou te explicar mas...
- Eu já sei! - Ele bufou.
- Sabe?
- Me pararam ali em baixo e me disseram que minha mulher estava descendo pras fotos. Eu não tava acreditando até te ver. - Suspirei. - Por que mentiu?
- Eu não menti! Só não quis te contar, você com esse ataque de ciúmes, Luan. Não ia concordar e eu quero.
- Não ia mesmo! - Ele resmungou. - Já assinou o contrato? - Assenti. - Vai me dizer que nem mostrou um advogado.
- Meu pai leu, tá?
- Menos mal...
- Tchau, Luan! - Ia saindo  quando ele segurou meu braço.
- Onde é essa sessão de fotos?
- Não sei...
- Eu vou junto!
- Melhor não!
- Por que? Vai me dizer que você vai ficar pelada, Nathália! - Ele me olhou irritado.
- São...de biquini.
- O que? Acho que eu não ouvi bem!
- Ouviu sim! Agora eu preciso ir.
- Mas não vai mesmo. 
- Para, Luan! Você já tá ficando doente.
- Quando era você...
- Ai, chega! Tudo é quando era eu. Acontece que na maioria das vezes eu guardava tudo pra mim porque sabia que a gente ia brigar, já você, parece que gosta de uma briga.
- Não fala bobagem! Eu odeio brigar com você!
- Então me deixa ir!
- Meu Deus, Nathália, você vai fazer eu infartar antes de ter filhos. - Ele soltou meu braço e eu ri.
Me levaram para uma praia linda ali no Rio. Com pouco movimento.
Tirei oito fotos e escolheria quatro pra sair na edição da revista. 
O fotógrafo simpático me mandou duas fotos que tinha tirado do seu celular. Todo mundo era bem legal. O Júlio me deu uma boa quantia em dinheiro, assim que chegamos no hotel e ainda me daria outra parte dali a dois dias. Era muito dinheiro, até me espantei.
Encontrei com Rober no corredor e perguntei qual era o quarto do Luan.
Depois de três batidas na porta ele me atendeu.
- Tava aonde, em? - Perguntei enquanto entrava.
- Tomando banho... - Seu cabelo estava um pouco molhado mesmo.
- Não quer saber como foi lá?
- Não!
- Para de besteira...Olha essa foto que o fotógrafo me mandou. Acho que vou postar. - Ele pegou o celular da minha mão pra olhar.
- Vai postar nada!
- Do que adianta? Vai sair em uma revista...
- Não me lembra disso, Nathália!
- Para, amor! - Coloquei a mão em seu ombro e ele tirou. - É assim? Então tá. Vou procurar quem me queira. - Dei meio passo e senti uma mão no meu braço. Ri.
- Para de brincar com isso, eu to chateado, pow!
- Porque você é bobo! Todo mundo vai olhar e só você vai tocar, à não ser que não queira.
- Você sempre me enfeitiça, sabia?
- (risos) Eu que deveria estar brava com você ainda. Ou pensa que já esqueci?
- Ah, não! - Ele se aproximou de mim. - Vamos parar de bobeira...
- Você tem que parar de bobeira!
- Eu prometo parar! - Sorri de lado e ele me puxou para um abraço. - Te amo! - Beijou meu pescoço.
- Eu que te amo, meu chato!
- To morrendo de saudades de você. - Luan me puxou para um beijo rápido e com muito desejo.
Começou a me apalpar com mais força e me prensou na parede. Ele passava suas mãos pelo meu cabelo, pescoço e seios. Apertava com gosto, me fazendo quase morre de desejo.
Eu também estava morta de saudades dele. 
Arranhava suas costas, já nuas. Desci minha mão direita até a samba canção que ele usava e a esquerda eu puxava de leve seus cabelos da nuca.
Ele tirou minha blusa e meu sutiã em um piscar de olhos e entrelaçou minhas pernas em sua cintura, depois que tirei a cueca dele. 
Só as mãos dele já me davam todo prazer, só ela sabia me dominar.
A cada dia que passava, a cada amor que fazíamos eu tinha mais certeza que não tinha como ficar sem ele. Ele foi feito pra mim e eu pra ele, mesmo depois de tantas brigas. 


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