segunda-feira, 29 de junho de 2015

Capítulo 91


         ...


Acordei e Nathália ainda dormia em meu peito. Cansamos tanto, que pegamos no sono rápido, sem trocar uma palavra um com o outro, sorte que o show daquele dia era bem tarde. 
Peguei seu celular do meu lado pra ver as horas, mas não resisti e fui ver de novo a foto que tinha tirado mais cedo. Tão linda.
Passei pro meu celular e resolvi postar, como uma prova pra ela que eu controlaria mais meu ciúmes.


Minha princesa!

A noite ela foi comigo pro show, linda como sempre e se assustou quando um repórter lhe questionou do ensaio. Depois lhe contei que eu havia postado a foto e provavelmente a revista também.
- Você postou? - Ela riu.
- Postei, amor! O que é bonito é pra ser mostrado! - Lhe abracei.
- Quem é esse Luan? Devolve meu marido! - Gargalhei.
- Boba! - O show não demorou muito pra começar e minha mulher o assistiu do lado do palco, bem pertinho de mim.
De noite, quando acabamos de nos amar pela segunda vez no dia, ficamos conversando e eu soltei um pouco sem querer o que pensava.
- A gente não tá se protegendo mais, né? - Ela negou. - Você podia engravidar!
- Você quer um filho agora?
- Me deu uma vontade... - Ri.
- Mas pensa, amor. Filho agora vai ser tão trabalhoso, se tivéssemos filho eu não poderia estar aqui.
- Quem disse? Ele iria estar junto ou ficaria com a minha mãe.
- (risos) Você quer isso mesmo, não é?
- Você não quer ser mãe?
- Eu... - Ela suspirou.
- Me desculpa tá te pressionando. Eu tinha me esquecido.
- Amor, não pede desculpas. Eu que to sendo uma boba por estar louca por ser mãe de um filho seu, mas está morrendo de medo.
- Não precisa ter medo! Eu tô aqui com você. Mas você quer mesmo?
- Agora eu quero... Já casei, to trabalhando direitinho, tô com o homem da minha vida! - Ri e beijei seus lábios de leve.
- Eu também quero muito ter um filho com a mulher da minha vida! - Ela sorriu e me puxou para um beijo.

( 4 meses depois )

Passou quatro meses depois que fiz um simples pedido, no meu ponto de vista, para Nathália.
Que eu queria ser pai. O que eu pensei que ela até esqueceria, virou uma meta para nós dois que estávamos mesmo empolgados com a idéia de um bebê. Nathália, principalmente o que me deixou feliz já que ela tinha muito medo de engravidar de novo e aquilo tinha passado.
Depois de meses tentando, ainda não tinha nenhum sinal de nada.
Cheguei de viagem e Nathália via TV deitada no sofá. Suspirei quando vi sua carinha.
- Amor! - Ela me olhou sorrindo, mas nem se levantou.
Fui até ela e lhe abracei, antes de beijá-la.
- Como foi de viagem?
- Foi tudo bem! Por que ta com essa carinha?
- To normal...
- Amor, você sabe que não me engana. - Ela suspirou.
- Minha menstruação desceu de novo.
- Meu amor, eu já te disse que ta muito cedo. Calma!
- Eu queria engravidar... - Ela resmungou e eu puxei sua cabeça para o meu colo.
- A gente vai ter um bebezinho, confia em mim!
- Já se passaram quatro meses.
- Acabamos de nos casar. Temos a vida toda pela frente! - Sorri, tentando passar segurança pra ela, que me acompanhou.
Ela vivia com a carinha triste, o que me dava uma dó imensa, mas tudo que eu podia fazer eu fazia.
Fomos almoçar na casa da minha mãe naquele dia a pedido meu, para ver se Nathália se animava um pouco.
          ...
 Depois do almoço, me sentei com Bruna e a Bia na varanda de sua casa, enquanto Luan matava a saudade de seus pais. 
Contei pra ela toda frustração que eu estava passando no meu desejo de ser mãe.
- Calma, amiga!
- O que o Luan mais me fala. Mas já se passaram quatro meses!
- É pouco! Acabaram de se casar, você mesma me disse uma vez que toma anticoncepcional desde adolescente. Isso pode demorar um pouco!
- Eu sei, minha mãe já me disse! - Suspirei.
- Vai dar tudo certo...
- Deus te ouça!
- Você vai ver. Já já a Biazinha vai ganhar um priminho e deixar de ser neta única. - Ri dela, que fazia voz de criança.
- Ela nunca vai perder o trono. Tô com medo!
- Não pensa em coisas ruins. Você vai engravidar! - Por mais que todo mundo me falasse isso várias vezes, eu ainda sim não me sentia segura.
- Quando eu não queria...
- Para, Nathália! Para de lembrar disso. Lembra no agora, no bebê que vai ser filho do homem que você ama! Esquece o passado!



quinta-feira, 25 de junho de 2015

Capítulo 90





Cumpri o que eu tinha prometido pra mim mesma e dei um gelo no Luan o resto da nossa viagem.
Voltamos pra casa na quarta-feira de tarde e de noite Luan teria que viajar para cidade do seu show.
- Amor, eu já te pedi desculpa! Me perdoa, vai! - Ele disse assim que desceu com sua mala.
A van já lhe esperava do lado de fora.
- E eu já te desculpei. 
- Não desculpou! Me perdoa, eu sou esse bobo ciumento mesmo.
- Eu já te disse pra confiar em mim.
- Poxa, Nathália, quando você tinha seus ataques de ciúmes lá no começo eu tinha que compreender...
- Mas não compreendia. - Lhe interrompi cruzando os braços.
- Mas você sabe como é ruim isso, deveria sim me entender.
- Ah, ta bom, Luan! - Bufei.
- Eu já vou...
- Tchau! - Confesso que fiquei com pena da carinha que ele fez, mas eu estava com raiva dele.
- É assim, não é? - Não disse nada e ele suspirou. - Tchau!  Começou a andar em direção a porta e quando tocou na maçaneta lhe chamei.
- Luan!
- O que? - Ele se virou para me olhar e eu me aproximei.
Segurei seu rosto e dei um selinho demorado em seus lábios.
Mesmo com toda raiva do mundo eu nunca conseguiria deixar de me despedir direito dele.
Luan sorriu de lado e finalmente saiu.
A minha semana passou lenta e tediosa, só o trabalho me distraia, por esse motivo fui trabalhar no sábado, o que eu tinha cortado dos meus planos. Mas eu estava com bastante trabalho e decidi adiantar também, além do mais a Bruna tinha viajado com meu irmão e a Bia, me deixando mais no tédio ainda.
- Nathália, chegou isso pra você! - Agradeci minha secretária e peguei uma carta da sua mão.
Me sentei para ler e me surpreendi.
Era um convite de uma resvita para que eu tirasse algumas fotos para eles, nada demais. Em baixo tinha um telefone e mandava eu ligar dando minha resposta. Liguei na hora.
- Oi, aqui é a Nathália.
- Ah, claro! Enviamos uma carta pra você ontem.
- Eu só recebi hoje, me desculpe!
- Tudo bem! E aí? Vai aceitar? - O homem com a voz mais afeminada falava.
- Ah, não...Me desculpe mas não sou modelo.
- (risos) Nós sabemos, menina, mas queremos você na nossa capa de aniversário. É muito linda e te transformaremos em uma modelo em dez minutos.
- Obrigada mesmo, mas acho que não... - Ri sem jeito.
- Olha, te dou até amanhã pra decidir, conversar com seu marido, com a assessoria dele.
- Tudo bem! - Me despedi dele.
Fiquei pensando nessa proposta o dia todo. Liguei pra minha cunhada e Lorena, que me insentivaram a fazer as fotos. Estava começando a gostar da ideia.
Não falei nada com Luan, era de certo ele impacar minha vida. Decidi tirar as tal fotos e depois eu lhe falava, não iria atrapalhar em nada sua carreira.
Liguei confirmando tudo e eles marcaram no outro dia mesmo pra eu ir lá acertar tudo e tirar as fotos.
Não eram muitas. 
Me mandaram o contrato por email e no mesmo instante mandei pro do meu pai que me respondeu em uma hora, dizendo que eu poderia assinar tranquilamente.
No outro dia eu viajei pro Rio de Janeiro, onde era a empresa, com as passagens paga por eles mesmo.
Um carro me pegou no aeroporto e me levou até o hotel. O moço que falava comigo pelo telefone se apresentou como Júlio e disse que em duas horas voltaria para me buscar e começar a sessão de fotos.
- Aqui estão seus biquinis. Novinhos e vai poder ficar com tudo. - Ele me entregou uma bolsa.
- Biquini?
- É...Você não leu o contrato? - Suspirei.
- Hãn...Tudo bem! - Sorri fraco pra ele que se despediu de mim e foi embora. - Vou matar meu pai. - Sussurrei e ri em seguida.
Liguei pro meu pai, que riu de mim e disse que não viu nada demais nisso e que pensou que eu já sabia. Me repreendeu quando eu disse que Luan não sabia. 
Estava saindo do meu quarto, porque mandaram eu descer pra sairmos quando dei de cara com Luan.
- Nathália?
- Oi...Luan! 
- O que você ta fazendo aqui?
- Olha, eu juro que vou te explicar mas...
- Eu já sei! - Ele bufou.
- Sabe?
- Me pararam ali em baixo e me disseram que minha mulher estava descendo pras fotos. Eu não tava acreditando até te ver. - Suspirei. - Por que mentiu?
- Eu não menti! Só não quis te contar, você com esse ataque de ciúmes, Luan. Não ia concordar e eu quero.
- Não ia mesmo! - Ele resmungou. - Já assinou o contrato? - Assenti. - Vai me dizer que nem mostrou um advogado.
- Meu pai leu, tá?
- Menos mal...
- Tchau, Luan! - Ia saindo  quando ele segurou meu braço.
- Onde é essa sessão de fotos?
- Não sei...
- Eu vou junto!
- Melhor não!
- Por que? Vai me dizer que você vai ficar pelada, Nathália! - Ele me olhou irritado.
- São...de biquini.
- O que? Acho que eu não ouvi bem!
- Ouviu sim! Agora eu preciso ir.
- Mas não vai mesmo. 
- Para, Luan! Você já tá ficando doente.
- Quando era você...
- Ai, chega! Tudo é quando era eu. Acontece que na maioria das vezes eu guardava tudo pra mim porque sabia que a gente ia brigar, já você, parece que gosta de uma briga.
- Não fala bobagem! Eu odeio brigar com você!
- Então me deixa ir!
- Meu Deus, Nathália, você vai fazer eu infartar antes de ter filhos. - Ele soltou meu braço e eu ri.
Me levaram para uma praia linda ali no Rio. Com pouco movimento.
Tirei oito fotos e escolheria quatro pra sair na edição da revista. 
O fotógrafo simpático me mandou duas fotos que tinha tirado do seu celular. Todo mundo era bem legal. O Júlio me deu uma boa quantia em dinheiro, assim que chegamos no hotel e ainda me daria outra parte dali a dois dias. Era muito dinheiro, até me espantei.
Encontrei com Rober no corredor e perguntei qual era o quarto do Luan.
Depois de três batidas na porta ele me atendeu.
- Tava aonde, em? - Perguntei enquanto entrava.
- Tomando banho... - Seu cabelo estava um pouco molhado mesmo.
- Não quer saber como foi lá?
- Não!
- Para de besteira...Olha essa foto que o fotógrafo me mandou. Acho que vou postar. - Ele pegou o celular da minha mão pra olhar.
- Vai postar nada!
- Do que adianta? Vai sair em uma revista...
- Não me lembra disso, Nathália!
- Para, amor! - Coloquei a mão em seu ombro e ele tirou. - É assim? Então tá. Vou procurar quem me queira. - Dei meio passo e senti uma mão no meu braço. Ri.
- Para de brincar com isso, eu to chateado, pow!
- Porque você é bobo! Todo mundo vai olhar e só você vai tocar, à não ser que não queira.
- Você sempre me enfeitiça, sabia?
- (risos) Eu que deveria estar brava com você ainda. Ou pensa que já esqueci?
- Ah, não! - Ele se aproximou de mim. - Vamos parar de bobeira...
- Você tem que parar de bobeira!
- Eu prometo parar! - Sorri de lado e ele me puxou para um abraço. - Te amo! - Beijou meu pescoço.
- Eu que te amo, meu chato!
- To morrendo de saudades de você. - Luan me puxou para um beijo rápido e com muito desejo.
Começou a me apalpar com mais força e me prensou na parede. Ele passava suas mãos pelo meu cabelo, pescoço e seios. Apertava com gosto, me fazendo quase morre de desejo.
Eu também estava morta de saudades dele. 
Arranhava suas costas, já nuas. Desci minha mão direita até a samba canção que ele usava e a esquerda eu puxava de leve seus cabelos da nuca.
Ele tirou minha blusa e meu sutiã em um piscar de olhos e entrelaçou minhas pernas em sua cintura, depois que tirei a cueca dele. 
Só as mãos dele já me davam todo prazer, só ela sabia me dominar.
A cada dia que passava, a cada amor que fazíamos eu tinha mais certeza que não tinha como ficar sem ele. Ele foi feito pra mim e eu pra ele, mesmo depois de tantas brigas. 


terça-feira, 23 de junho de 2015

Capítulo 89




Na segunda-feira o pai do Luan teve a ideia dê viajarmos para o pantanal, já que tinha tempos que não iam lá pescar. Luan adorou a ideia, claro, e na terça-feira mesmo embarcamos. Eu Luan, meus sogros, Bruna, meu irmão e a Bia. Por conta da pequena decidiram não ficar em um barco hotel, ficaríamos em um hotel normal e pescaríamos todos os dias. Eu estava super ansiosa e animada com a ideia por nunca ter ido com eles. Nunca tinha pescado na vida, mas não tinha frescura e estava animada para a experiência nova. Só ficaríamos um dia, por Luan já ter show na quarta de noite.
Assim que chegamos no hotel já me encantei. Era bem simples, mas bem bonito. Com um cheirinho bom de natureza, definitivamente era uma paz aquele lugar. Não tinha muito movimento.
Subimos cada um para o seu quarto e combinamos de nos encontrar no restaurante do hotel em trinta minutos.
Tomei um banho junto com Luan e do banheiro mesmo ele já me levou pra cama. Nos amamos ali e quando olhei no relógio me assustei. Já tinha se passado quase uma hora.
- Olha o que você faz! - Falei enquanto me vestia e Luan ria.
- Só eu não, uai! Você também não resiste! - Revirei os olhos.
- Vai se vestir, criatura!
- Calma! - Ele se levantou rindo e beijou meu rosto.
Descemos para o hotel e encontrei eles na primeira mesa. Me envergonhei quando vi que já comiam a sobremesa.
- Demoraram! - Meu irmão me olhou e eu revirei os olhos.
- Oi, coisinha linda da titia! - Beijei as bochechas gordas da Bia, que me olhava com os olhinhos esbugalhados.
- Deixa eles, amor! Fase de lua de mel ainda. - Bruna riu, sendo acompanhada por todos.
- Lua de mel já passou, tomem vergonha!
- Cala a boca, Lorenzo! - Falei e Luan riu, enquando batia na cabeça do meu irmão.
Fomos pescar naquele dia mesmo, pra não perdermos tempo.
Bruna e meu irmão ficaram por causa da Bia.
Amei a experiência nova e pesquei cinco peixes enormes. 
Assim que voltamos pro hotel, no final da tarde, andei um pouquinho por ali com Luan e depoia fomos comer um doce, a pedido meu.
- Vontade de comer um doce! - Ri, assim que fizemos o pedido.
- Nossa, amor! Ta com desejo, é?
- Não tô grávida, Luan! - Ri.
- Falei nada! - O garçom levou nossos pedidos e nós comemos.
Quando estávamos indo para o nosso quarto, estava distraída rindo das besteiras que Luan falava, quando esbarrei em um homem.
- Me desculpa, moça! - Ele sorriu e eu retribui, como sinal de que estava tudo bem.
Continuei a andar e Luan olhava para trás, olhei para onde ele olhava e era para o homem que eu esbarrei, ele ainda me olhava e ficou sem graça com nosso olhar.
- O que foi? - Olhei pro meu marido, que agora me olhava.
- Nada! - Ele negou com a cabeça.
- Porque essa cara?
- É muito chato ser casado...
- O que? - Entrei no quarto indignada.
- Calma! Deixa eu terminar...É muito chato ser casado com uma mulher tão linda, tão cheirosa, tão educada, tão meiga, tão gostosa, tão tudo! - Eu ri enquanto ele suspirava.
- Não acredito que isso é ciúmes, amor! - Me sentei do seu lado. - Estamos casados, eu amo só você!
- Eu sei! Mas eu não suporto ninguém te olhando, te cobiçando...
- Que bobagem! Ninguém me cobiça. 
- Ah não! Você que não percebe!
- Agora ninguém pode me olhar, é? - Brinquei rindo.
- Homem não! Você é só minha! - Ele me olhou sério.
- Bobo! - Beijei sua bochecha e ele me puxou para um beijo apaixonado e marcante.
Ele não precisava provar que eu era só dele, eu sempre seria.
No outro dia, acordamos as quatro horas da manhã e fomos pescar. Apesar da preguiça de levantar, eu estava sem sono por ter ido dormir cedo e ver aquela vista logo de manhã, ver o sol nascer, compensou tudo.
Por coincidência o homem que tinha esbarrado em mim, era um dos empregados do barco que nos acompanhou naquela manhã. Ele pareceu me conhecer e sorriu pra mim, fiquei sem graça.
Aquilo foi o suficiente pro Luan ficar de cara virada a manhã inteira, mas não disse nada nem estava sendo grosso comigo, pelo contrário, não queria me soltar um minuto.
Ficamos ali até a hora do almoço e nos encontramos com Bruna e Lorenzo no restaurante, esperando por nós. 
Almoçamos e mais uma vez, não se ouvia a voz do Luan nem suas brincadeiras, mas ninguém perguntou nada, deixando ele quieto.
- Luan, para com isso! - Disse assim que entramos no quarto. - Todo mundo tá percebendo essa sua cara!
- É a única que eu tenho. - Ele se deitou na cama. 
- Seu grosso! Poxa, viemos aqui pra relaxar!
- Eu não consigo com esse cara no seu pé!
- Não tem ninguém no meu pé. Isso é coisa da sua cabeça. 
- Você sabe que não, Nathália! Esse cara é um atirado, ele ta vendo que você ta comigo e mesmo assim não para de sorrir um minuto.
- Ai, Luan! Não adianta falar nada com você mesmo. É um turrão! - Sai bufando até o banheiro.
Tomei um banho e sai do quarto sem falar com Luan que só me olhou.
Encontrei meu irmão no corredor com a Bia.
- Você caiu do céu!
- Por que?
- Tava indo até o seu quarto, mas tava com medo de atrapalhar você e o Luan.
- Aconteceu alguam coisa?
- Não. Só queria que ficasse com a Bia.
- Por que? - Meu irmão riu sem graça e eu entendi tudo. - (risos) Eu fico com ela, vai aproveitar que deve ter tempo que isso não acontece. - Peguei minha sobrinha.
- Idiota! - Ele revirou os olhos.
Fui passear com a minha bonequinha e novamente encontrei o motivo da cara fechada do Luan. Até eu comecei a me irritar, parecia perseguição. 
- Sua filha? Que linda! - Puxou papo mas eu não dei muita bola.
- Minha sobrinha...Obrigada! Tenho que ir! - Acenei pra ele e me levantei.
Dei de cara com Luan na porta do elevador.
- Eu falei que esse cara não sai do seu pé!
- E você viu que eu não dei bola pra ele. - Luan se calou. - Para de coisa! Por que não foi lá? Eu te apresentaria como meu marido. - Ele continuou quieto e fomos assim até o nosso andar.
- Por que tá com a Bia? - Ele perguntou pegando ela do meu colo, assim que chegamos no quarto.
- Os pais dela precisam se diatrair. - Ri fraco e Luan revirou os olhos.
- Desculpa, vai?
- Você sabe que foi um idiota, não é?
- Eu sei...Eu sempre sou.
 - Não adianta! Essa cara de coitado, não me convence! 
- Amor...
- Eu to chateada com essa sua insegurança, nem parece que confia em mim. - Fui para o banheiro.
Daria um gelo no Luan, ele tinha que aprender a confiar mais em mim.

segunda-feira, 22 de junho de 2015

Capítulo 88







Chegamos de Las Vegas e de longe eu avistei meu pai, encostado em seu carro.
- Pensei que o seu Amarildo que viria, pai! - Disse, após abraçá-lo.
- E viria, mas como eu estou de folga, eles nos convidaram pra almoçar lá e o pai do Luan teve um imprevisto no escritório e eu vim. - Ele falou logo após cumprimentar Luan.
- Algo grave? - Meu marido perguntou, mas meu pai negou.
- E como foi a viagem de vocês? - Meu pai nos perguntou assim que entramos no carro.
Fomos conversando sobre a nossa viagem até a casa do Luan, aliás, eu era a que mais falava.
Quando chegamos, cumprimentamos todos, inclusive Lorena e o Dan que estavam lá e fui logo procurar minha bebezinha. Era meu xodozinho.
- Gente, parece que eu passei um ano longe dessa menina. Como você cresceu, Bia! - Falei, enquanto Bruna ria. 
- A mamãe tem fermento no leite. - Ela brincou.
- Daqui a pouco já tá falando, andando, dando trabalho... - Luan disse e meu irmão fez careta.
- Por isso eu queria filho homem! - Rimos dele.
- Amiga, a gente marcou o batizado da Bia pra daqui duas semanas. 
- Sério, Bru? Nem me avisou...
- Não queria atrapalhar. - Ela me olhou travessa e eu ri com vergonha.
- Falar nisso, eu quero saber se já deixaram encomendado um priminho pra Bia. - Lorena disse.
- Ainda tá muito cedo, Lo...
- Não mesmo! - Minha mãe me interrompeu e eu revirei os olhos.
A Bia dormiu e nós fomos almoçar. Aquele dia rendeu, conversamos tanto. 
Depois chegou mais alguns amigos do Luan e os homens conversaram separado das mulheres.
Contei detalhes, ou quase todos, pra minha cunhada e pra minha amiga, de como tinha sido perfeita minha lua de mel. 
No final da tarde Luan me chamou para ir embora. Seria a hora de conhecer minha casa.
Ele fez questão de comprar e escolher cada detalhe sozinho e eu deixei. Lógico que dei alguns pitacos e se quisesse poderia trocar algumas coisas, mas estava ansiosa pra ver, já que não tinha nem ideia de como seria nossa casa.
Nos despedimos de todos, que já deixaram marcada uma visita em nossa casa nova. 
Luan pegou seu último carro que restava na garagem da casa dos seus pais. Ele dizia que os outros já estavam em nossa casa e aquele tinha ficado de propósito. Até o meu já estava lá.
Paramos em frente se uma enorme casa branca, com um jardim lindo na frente, uma garagem que parecia imensa do lado. As portas e janelas eram grandes e lindas. Tinha dois andares e uma sacada no segundo, que paria ser de algum quarto. Simplesmente uma casa perfeita.
Depois de conhecer a parte de baixo da casa e me encantar com a piscina linda e enorme, fomos para os quartos em cima.
- Esse daqui está fazio e em branco, porque pensei que podia ser pro nosso futuro bebê. - Luan apontava para a primeira porta do lado direito. 
- É gigante! - Ri.
- E ainda tem um banheirinho....
- Perfeito! - Entrei no pequeno banheiro, que era a única coisa mobilhasa no quarto.
Tinha um arzinho de criança mesmo.
Saímos dali e seguimos para mais três quartos, dois ainda do lado direito e um no esquerdo. Também tinha um banheiro separado naquele corredor.
- Sabe como é, família grande! - Luan coçou a nuca, me fazendo ri. 
E finalmente, entramos no nosso quarto. O primeiro do lado esquerdo. Bem de frente pro quarto vazio. Luan pensou em tudo.
- Que sonho esse quarto! - Disse enquanto abria a enorme porta de vidro da sacada.
- Eu achei que ficou a nossa cara!
- E ficou mesmo, amor.
- Vai lá ver seu closet. - Olhei pra ele arregalada, que riu.
- Mentira...
- É verdade! Eu sabia que amaria. - Corri até a enorme porta branca de correr e entrei em outra casa praticamente.
- Já tá tudo arrumadinho! - Ri.
- Só falta a roupa que levamos na mala.
- E suas roupas?
- Closet separado!
- Sério?
- Eu sei que você ocupa muito espaço. - Luan revirou os olhos, me fazendo ri.
Eu tinha amado tanto aquela casa, não só por ela ser puro luxo, mas por morar ali com ele.
Lógico que eu sempre sonhava em morar em uma casa linda, era meu sonho aquele closet imenso, com penteadeira lotada de maquiagens, mas acima de tudo, era meu sonho morar com ele, independentemente do lugar.

(...)

Era batizado da Bia e eu me arrumava junto com o Luan. Nós seríamos os padrinhos.
Fomos em um carro com ela, Bruna e meu irmão, para a igreja, que estava incrivelmente linda. A mesma que eu casei.
Minha vida de casada estava se saindo melhor que pensei. Luan tinha voltado a fazer seus shows adoidadamente e eu a trabalhar. Ele voltava para casa no domingo e viajava na quarta e mesmo não sendo tão ruim assim, ele me prometeu diminuir mais. Estava se saindo um marido incrível e eu descobri que é bem melhor matar a saudade, de quando ele chega, na nossa casa, só nós dois. Era diferente de estar na casa dos pais dele ou na dos meus.
Batizamos a Bia, em uma cerimônia linda e depois fomos para casa dos meus sogros, onde seria a festinha de comemoração.
Ficamos ali até às onze da noite e nos despedimos de todos. Eu estava morta de sono.
Luan tomou um banho comigo, depois de muito insistência.
Nos deitamos na cama e ele começou a me beijar.
- Para, amor! Tô com sono!
- Larga de ser fraca, amor! - Ele beijava meu pescoço enquanto eu tentava me esquivar. - Olha, vou dizer pra todo mundo que você mal casou e tá me negando! - Gargalhei.
- Idiota! Você que tem um fogo fora do normal.
- Que bom, amor! Agradeça por isso!
- Tá, agora deixa eu dormir.
- Não... - Ele voltou a me beijar.
- Amor! - Tentei empurrá-lo.
- Vou tirar uma foto e postar dizendo, em! - Ele pegou o celular e eu ri.
- Fala! - Dei de ombros e vi ele colocando na câmera do celular.
Virei o rosto e escutei o barulhinho da foto.
- Agora! - Ele saiu de cima de mim rindo.
- Palhaço! - Me ajeitei na cama.
- Foi! - Revirei os olhos.
- Se você postou isso... - Ele me mostrou a foto postada e eu corri pra pegar meu celular.- Idiota! - Ri dele.


Meu amooor! Te amo, minha loira chata! ♥

- Até parece que eu ia falar, amor!
 -Você é doido, espero tudo!
- Nunca! Ninguém precisa saber disso. - Ele se deitou rindo, do meu lado. - Amor! - Ele me abraçou.
- Que tal a gente dormir de conchinha, em? Prometo que amanhã te recompenso. - Beijei seu pescoço e me virei de costas para ele.
- Já que é assim...Eu vou amar dormir agarradinho com você também. - Sorri e senti um beijo na minha bochecha.


sexta-feira, 19 de junho de 2015

Capítulo 87




Saímos da festa do nosso casamento quase quatro da manhã. Depois de muita festa.
Luan tinha alugado uma limosine para me levar pra igreja e nós fomos nela mesma para o aeroporto.
Nossas famílias foram atrás de nós em carros separados e nos despedimos deles.
Como o prometido, tínhamos uma parte do avião só nossa. Com televisão, banheiros, muito confortável. 
Fui com meu vestido de noiva mesmo, com calda e tudo. Eu tinha amado tanto ele que não quis comprar outro para a festa. Eu queria ficar com ele o tempo inteiro e assim eu fiz.
- Você é a noiva mais bonita que eu já vi, sabia? - Ele pegou no meu queixo, me obrigando a olhá-lo. Sorri e selei lábios.
- Você também, é o noivo mais bonito que eu já vi.
- Pensei que não tinha jeito de te deixar mais linda, mas me enganei.
- (risos) Bobo!
- É sério! Não consigo parar de te olhar.
- Eu to realmente me sentindo a mulher mais bonita e a mais feliz do mundo.
- Eu te amo! - Ele não deixou que eu lhe respondesse e me puxou para um beijo.
Um beijo calmo e lento que logo tomou um ritmo aceleredo. O fogo se acendeu em nós antes mesmo de chegarmos a cidade da nossa lua de mel. Nos deixamos levar.
Sua mão deslizou por meu pescoço e minhas costas, me deixando arrepiada e logo abriram o ziper do meu vestido.
Afrouxei sua gravata e logo a tirei também, junto de sua camisa, que já era só o que ele usava. O palitó do terno já tinha ficado na festa mesmo.
Quando me deixou só com peças íntimas brancas, ele desarrumou o meu cabelo, me deitou em um dos bancos em que não estávamos sentados e voltou a me beijar com fervor.
Nossa lua de mel já tinha começado naquele momento. 
Fiquei em seus braços, sentindo sua respiração ofegante, enquanto ele me acariciava os cabelos.
O aquecedor estava ligado e ali estava tão quentinho e gostoso, que se eu pudesse passaria minha lua de mel inteira ali com ele.
Tomamos uma taça de vinho, a pedido meu e não demorou muito para chegarmos no nosso destino.
- Que lindo esse hotel, amor. Meu Deus! Parece um palácio! - Luan me colocou na cama rindo, já que tinha me pegado no colo. Segundo ele, tinha que seguir a tradição.
- Tudo isso aqui pra você é pouco!
- Te amo! - O puxei para cima de mim.
Por estarmos um pouco cansados da viagem, fomos tomar um banho juntos. Namoramos um pouquinho no banho e nos deitamos.
Luan ligaria o aquecedor do quarto, mas eu pedi que acendesse a lareira que tinha ali e depois de quase tomar uma surra dela, enfim ele conseguiu, enquanto eu ria.
- Tô com uma fome! - Passei a mão na barriga.
- Vou pedir comida, folgada! Só fica ai na cobertinha, enquanto eu trabalho. - Ri.
- Hoje eu mereço, amor.
- Só hoje... - Ele pegou o telefone.
O quarto esquentou bem rápido e não demorou para que o nosso lanche chegasse.
Tomamos um chá com biscoito, sentados no tapete felpudo do chão. Eu nunca imaginei uma lua de mel tão boa como estava sendo.
Fomos dormir, abraçacinhos, de baixo de um cobertor super grosso.
- O que você recebeu ai? - Luan olhou o meu celular, que eu mexia.
- Uma foto, enquanto eu me arrumava.
- Deixa eu ver! - Mostrei a ele que sorriu.
- Esse vestido foi feito pra você!
- Literalmente.
- Sério que ele foi feito só pra você?
- É sim! E eu gostei tanto, que decidi ficar com ele e não só alugar.
- Fez bem! Pra gente lembrar desse momento pra sempre.
- Vou postar a foto. - Ele assentiu.


Obrigada a toda equipe que me ajudou e me aturou! Rsrs
Foi o dia mais perfeito da minha vida, saiu tudo melhor do que eu imaginava.
Obrigada meu noivo também, por não ter fugido da igreja! Haha 
Agora bora aproveitar a lua de mel! 

- Eu nunca faria isso! - Ele terminou de ler e beijou minha testa.
- Eu sei que não, amor! - Puxei ele para um beijo.
Nos amamos aquela noite toda.
Passeamos bastante por Bariloche, todos os dias. Eram tantos lugares diferentes e incríveis para conhecer, que não dava pra enjoar. Fizemos muitas compras também e namoramos muito.
Uma semana ali foi perfeito e quando pensei que já voltaríamos para casa, Luan me surpreendeu dizendo que nossa lua de mel ainda não estava no fim.
- Las Vegas? - Sorri, enquanto decia do avião abraçada com ele.
- Gostou?
- Amei! Temos mais quantos dias aqui?
- Cinco.
- Ótimo! - Fomos para o nosso hotel, comemos e saímos pra passear.
Passamos por lugares lindos, me encantei por tudo. Luan me levou em todos pontos turísticos possíveis, já que pesquisou na internet.
Compramos bastante coisas também e depois até fiquei com medo de barrarem a maioria no aeroporto do Brasil, mas já tinha ido.
Caminhávamos de volta para o nosso hotel, depois de passarmos em uma lanchonete que era bem pertinho, quando Luan parou de andar e eu lhe acompanhei.
- O que foi?
- Olha! - Ele apontou e eu me virei pra olhar e ri. - Vamos?
- Ali dentro?
- É. Vamos casar...De novo!
- (risos) Amor!
- É sério, Nathi!
- Quer que o Elvis faça nosso casamento, é? - Ele assentiu e me puxou para dentro da "igreja".
Conversamos com o responsável, Luan pagou o valor cobrado e ajeitou tudo. Ele nos deu quarenta minutos para nos arrumar e indicou uma loja bem ali do lado.
Mais uma vez, lá fui eu me vestir de noiva, enquanto um homem ajudava Luan, em outra ala da loja.
Confesso que me achei linda, mesmo naquele vestido que era mais simples e brinquei com a moça que me ajudava, que se pudesse, me vestiria de noiva todos os dias.
Pedi para que tirasse uma foto minha e postei.


De novo? :C Gostamos tanto que vamos repetir a dose hahha #CasandoemVegas

Assim que fiquei pronta, ela me disse que Luan já estava lá me esperando e me levaram até a porta, que se abriu lentamente e eu entrei, como no meu casamento mesmo.
Nos casamos de novo em Las Vegas, com um cover do Elvis Presley nos abençoando. Luan levava aquilo muito a sério e eu fiquei com vontade de ri a todo instante. 
No final, ele cantou pra gente e riu, dizendo que o cabelo do Luan se parecia com o dele.
- Entendeu? - Perguntei pro Luan, que assentiu.
- Entendi! - Ele riu.
Falei com o Elvis, que realmente eles se pareciam muito, fazendo ele ri.
Voltamos pro hotel ainda mais felizes. Nosso primeiro dia em Las Vegas já tinha sido incrível.
No último dia, eu convenci Luan a irmos no parque de diversões dali e na roda gigante, uma das maiores do mundo. Foi difícil, mas eu consegui.
No nosso segundo dia, fomos no parque e eu fiquei louca pra ir, mas só consegui convencer meu marido, no último dia ali.
- Pode segurar minha mão, amor! - Ri dele.
- Para, amor!
- O que?
- Ta me zoando, eu tenho medo, poxa!
- Ah, tadinho! Senta do meu ladinho, vai! - Ele riu e realmente passou para o meu lado, já que estava na minha frente.
Foi perfeito, a cidade era ainda mais linda lá de cima. Toda iluminada.
Luan até perdeu o medo e curtiu bastante também.
Saímos dali bem tarde, eu com um algodão doce e Luan com uma maçã do amor. Parecendo duas crianças lambuzadas. 
Mas tudo que é bom dura pouco e no outro dia embarcaríamos de volta para o Brasil, para uma vida nova, a dois. Na nossa própria casa, construindo nossa própria família.


quinta-feira, 18 de junho de 2015

Capítulo 86



Gente, to aqui de nv pedindo comentarios. Não sou de pedir e vcs sabem, acontece q n ta tendo quase nenhum. A fanfic ta no fim e já já eu paro de encher o saco de vcs com isso, vai! To sem pc, fazendo mó esforço e escrevendo pra vcs pelo cel, eu odeio e levo o dobro de tempo pra escrever. To fazendo esse esforcinho por vcs, façam um por mim tmb!




(...)

Era véspera do meu casamento e por incrível que pareça, Luan ainda estava bravo com a história da despedida de solteiro. Ele até chegou a me ameassar que também teria uma, mas como não mostrei importância, ele parou com o assunto e não fez nada. Continuava emburradinho e me dando um "gelo", que estava começando a me irritar por estarmos prestes a casar.
Eu só veria ele no altar, mas fui até a sua casa e lhe acordei.
- O que? - Ele falou grosso e eu suspirei.
- Eu quero falar com você...
- Pode ser outra hora? Eu cheguei hoje e tô cansado. - Finalmente ele abriu os olhos me olhando.
- Não, Luan! Não dá! - Puxei sua coberta com raiva e ele se sentou na cama bufando. - Presta bem a atenção no que eu vou te dizer porque não vou repetir! Para com essa palhaçada!
- Você pisou na bola, Nathália. Poxa!
- Eu não fiz nada! Foram minhas amigas, com as melhores das intenções. Não sabiam que você fosse esse idiota! E mesmo se eu tivesse errado, Luan. Isso já foi longe demais, a gente vai casar amanhã. Tem noção disso? Vamos dividir uma casa, acordar e dormir todos os dias juntos, construir uma família...Ou não mais? Porque você que sabe! Se quiser cancelamos tudo e pronto! - Terminei olhando séria pra ele, que me olhava assustado.
- Claro que eu quero me casar com você. Eu te amo, Nathália! Se eu te pedi em casamento, com certeza eu quero isso.
- Então para! - Ele suspirou e fechou os olhos.
Se levantou e se aproximou de mim.
- Desculpa! Eu realmente fui um idiota, mas eu morro de ciúmes de você. Eu não queria uma despedida de solteiro só de pensar na hipótese de ter homens nela, como aconteceu.
- Tudo não passou de uma brincadeira! Não fizemos nada demais.
- Me perdoa, amor! Eu juro que nunca mais vou ser esse ogro. Eu quero ficar do seu lado o resto da minha vida. -Sorri de lado pra ele, que me puxou para um abraço e logo em seguida um beijo.
Eu estava bem mais aliviada.

                   ...

Depois de fazer as pazes com Nathália eu estava muito mais feliz e mais leve. Tinha caído a ficha de que em menos de 24 horas, eu estaria casado com ela. Estava muito feliz.
Passamos o dia todo namorando na minha casa, sozinhos. 
No outro dia, acordei na hora do almoço e liguei correndo pra ela, me esquecendo que não nos veríamos.
- Já tô no spar, amor! - Ela atendeu rindo. 
- Poxa, queria te ver. Tô morto de saudades!
- De madrugada a gente mata ela! - Ela riu safada e eu lhe acompanhei. 
- Mas até chegar em Bariloche! - Me referi a nossa lua de mel.
Nathália que tinha escolhido e mesmo não gostando muito, por estar bem frio, aceitei.
- Ué, você não reservou uma ala do avião só pra nós?
- No avião, é? - Ri e ela me acompanhou.
Iríamos depois mesmo da nossa festa.
- É...Agora eu tenho que desligar, tá na hora da minha massagem! Não podia nem ter te atendido!
- Que vida ruim! - Brinquei e ela riu. 
- Hoje eu mereço!
- Aonde você tá agora?
- Na banheira, tomando um espumante maravilhoso!
- Nossa, amor!
- (risos) Tchau, Luan! - E ela desligou na minha cara, me deixando a imaginar a cena.
E eu que pensei que ficaria o dia todo a toa, me enganei. Meu pai chegou com meus primos, tios e amigos e me arrastaram pra um clube pertinho da minha casa.
Foi até bom, que eu me distraí e me tirou um pouco da tensão.
A hora passou voando e parece que pisquei e já estava na porta da igreja, de terno, acenando pra multidão ali em frente, junto dos meus pais, da minha irmã, meus parentes e todos meus amigos, pro meu casamento. Até o último minuto eu ainda não estava acreditando. Meu casamento.
Nathália se atrasou exatamente uma hora. Nunca vou esquecer uma das horas mais agoniante que já vivi. Mas valeu a pena esperar.
Assim que a porta da igreja se abriu, ela apareceu extremamente linda. Com um sorriso mais iluminado que de costume no rosto. Ela andava em minha direção com seu pai e cada passo dela, meu coração batia mais forte. Pensei até que infartaria.
Assim que eles chegaram do meu lado, seu pai beijou sua testa, apertou minha mão e me lançou um olhar significativo, que eu entendi na hora e assenti.
Voltei a olhar pra Nathália que me dava o braço e sorri. Foi aí que tudo começou de verdade pra mim.
Foi aí que eu passei a viver um sonho que eu sempre tive, com a mulher da minha vida.
Mal prestei a atenção na decoração da igreja, nos convidados, na minha família, e por mais horrível que seja, até no padre. Eu só tinha olhos pra ela, que percebia e me lançava olhares às vezes.
Chorei quando a imagem de nossa senhora entrou. Eu sou devoto, Nathália também e por isso aquela basílica também. 
Saímos da igreja ao som de uma música um pouco mais animada, comemorando que enfim estávamos oficialmente casados.
Fomos surpreendidos por uma chuva de arroz, assim que chegamos na porta e sorri, me lembrando de quando Nathália tinha me dito que era seu sonho finalizar seu casamento assim.
Ela pareceu lembrar o mesmo, já que me olhou no mesmo instante.
Falamos com a imprensa e algumas, poucas, fãs minhas que estavam ali. Era longe e deu menos fãs, comp esperávamos. Umas dez, no máximo.
Demos rápidas entrevistas e fomos em direção do carro, quando vi uma menininha pequena chorando e me chamando. Puxei Nathália e fomos aonde todos estavam.
- Ôh, meu Deus! Não chora! - Falei enquanto pegava em sua mãozinha.
- Ela é muito sua fã, Luan! - Uma das fãs disse.
- Sério? Que linda! Ela tá aqui com você?
- Eu sou a mãe dela! - Ela riu. Aparentava ser bem novinha.
- Nossa, não parece! Qual seu nome, linda?
- Nicole...- Ela disse com dificuldade.
- Eu coloquei  em sua homenagem, porque dizia que o da sua filha seria esse. - Ri. - E pra quando vem os filhinhos?
- Calma, meninas! - Nathália disse pela primeira vez e eu concordei rindo.
- Vão pra casa, meninas! Tá muito frio!
- A gente mora aqui pertinho, Lu! - A mesma menina respondeu.
- Só eu que vim da capital! - Outr disse.
- Doida! - Elas riram de mim - Bora pra foto! - Peguei o celular de uma e comecei a tirar fotos com elas.
- A gente se vê no hotel.
- Que hotel? - Perguntei.
- O da festa. Não adianta nos enganar.
- (risos) Melhor irem pra casa!
- Não precisam ir pra casa! Vão pro hotel, que depois que chegarmos lá, a gente coloca vocês pra dentro.
- Tá falando sério, Nathália? - Ela assentiu e eu também fiquei surpreso mas não disse nada.
- Até lá, amores! - Me despedi delas e assim foi feito.
Chegamos no local da festa, tiramos algumas fotos na mesa linda do bolo, com os convidados e em alguns pontos do hotel, dançamos à tradicional valsa e uma dança mais animada, como ensaiamos e fomos buscar as meninas, como o prometido. Falamos com bastante gente da imprensa também.
- Pensei que tinha esquecido de nós! - A Nicole disse, levando um cutucão da mãe.
Rimos dela.

quarta-feira, 17 de junho de 2015

Capítulo 85





( Quarto dia, teste de penteado e maquiagem. )


Cheguei no salão de beleza com Bruna, ás duras horas. Lorena não pode ir, já que estava trabalhando.
Levei fotos de uma maquiagem e de um penteado, mas não gostei de nada em mim, pra variar.
Minha cunhada ria de mim.
- Quando eu parar de amamentar vou voltar a ser morena. - Ela comentou enquanto o maquiador tirava minha maquiagem.
- Sério, Bru? - Ela assentiu.
- Meu loiro já ta pela metade mesmo, porque to a dez meses sem poder retocar, to gostando dele mais escuro. No seu casamento vou ter que prender porque tô horrível. - Ela fez bico e eu ri. Parecia o Luan.
- Para de besteira! Como eu sou chata, não é, Ro? - Ri pro cabeleireiro, que me acompanhou.
- Chata nada. Eu que agradeço por maquiar uma noiva tão linda assim.
- Ah, para! - Rimos.
- Eu tenho uma sugestão de maquiagem que vai ficar mais divino em você.
- Então manda a ver! - O Ro fez uma maquiagem linda em mim.
Amei e nem quis fazer outras, seria aquela que eu usaria no meu casamento.
- Meu irmão ligou e disse que vai passar aqui pra se despedir de você.
- Ah é! Ele viaja hoje! - Fiz cara triste.
Meu amor chegou em trinta minutos no salão, atraindo olhares de todos ali.
- Até semana que vem, amor!
- Até, meu amor! Me liga quando chegar. - Ele assentiu e selou meus lábios.
Se despediu da irmã e foi embora.
- Ainda bem que você já tirou a make... - Bruna disse.
- Por causa do Luan? Ele não pode ver o vestido, Bru.
- Não pode ver nada! - Ri dela.
- Que lindo esse noivo, em! Você tem sorte! - Rimos do Ro, ele era gay e bem engraçado.
- Tá decidido! Eu vou ficar com meu cabelo solto. Vou prender só as duas laterais e colocar a coroa que eu te falei. - Falei com meu cabeleireiro.
- Se você quiser a gente testa mais penteados.
- Eu não gosto de coque. Deixa assim mesmo.
- Então tudo bem, eu faço uns caichinhos e você vai ficar perfeita de todo jeito. - Ri dele.
- Amiga você ta ligada que no começo da semana nós vamos ver seu vestido, né? - Assenti. - E depois de lá temos uma surpresa pra você!
- Dessa parte eu não to sabendo!
- É supresa! - Ela riu e eu espremi os olhos.
Resolvi não perguntar mais nada, já que não me falaria mesmo.

( Prova do vestido + Surpresa )


Acordei cedo e com a esperança de que finalmente escolheria meu vestido de noiva.
Fui até a casa da Bruna, que me atendeu com a Bia no colo, que mamava.
Esperei que minha pequena terminasse de mama e depois de lhe pegar no colo, mimar muito ela e até colocar pra dormir, enfim saímos de casa. Ela ficaria com a vovó Marizete.
Meus pais também estavam mortos de saudades da netinha e naquele final de semana Bruna a levaria na minha casa. Confesso que já tinha conversado com meu irmão sobre quando eles se casariam, mas ele dizia ainda estar despreparado para aquilo, mas não demoraria muito por conta da Bia. Era apaixonado na filha e não conseguia ficar um dia se quer longe dela. Claro que também era apaixonado demais na Bruna.
Assim que chegamos no ateliê fui direto experimentar e quando me olhei no espalho, só sabia sorri. Era aquele mesmo. Tinha ficado lindo ainda sem ajustes, digno de uma princesa.
- Amiga, ta muito lindo! E vai combinar super com aquela coroa linda que tem aqui.
- Eu me apaixonei por ela, já até aluguei. Esse vestido é perfeito!
- Olha, não precisa de tantos ajustes. Essa semana mesmo vai estar pronto! - Assenti sorrindo.
Fomos andar atoa no shopping quando saímos dali, lanchamos e tomamos sorvete.
- Te pego aqui ás oito. - Ela disse assim que parei o carro em frente a sua casa.
- Hã? Pra quê?
- A surpresa. Esqueceu?
- Ah, é verdade! Eu posso passar aqui...
- Nada disso! Eu vou te buscar! - Ela se despediu de mim.
Fiquei pronta na hora marcada, esperando ansiosa pela minha cunhada, que buzinou ás oito horas em ponto.
- Pra onde vamos? - Entrei falando e ela riu negando.
- Ta gata, em!
- (risos) Você também não tá atrás! - Rimos.
Ela estacionou em frente uma boate e eu fiquei confusa.
- Vamos logo! - Ela me apressava pra sair do carro.
- Calma! Por que não me disse antes que viríamos pra uma boate? - Disse enquanto andávamos e ela riu.
Assim que entramos, ás luzes se acenderam e eu olhei em volta não acreditando.
Minhas amigas todas estavam ali e algumas de Bruna também. Dois homems malhados começaram a dançar em cima do palco e eu fique ainda mais surpesa quando a frase "Despedida de solteira Nathália" passou no lede atrás deles.
- Vocês são doidas! - Ri e fui falar com todas.
Minha ficha tinha caído.
Nossa noite foi ótima. Muita comida, muitas bebidas diferentes e todo mundo muito animado.
Só tinha mulher, claro, e quatro homens dançando só de cueca.
Não houve nada demais, eles só dançavam mesmo.
Resumindo, nunca achei que uma despedida de solteiro fosse tão divertida.
Bruna me deixou em casa ás três da manhã e logo depois deixaria Lorena na dela, já que era a única que não bebeu porque não podia.
Tirei uma foto e resolvi postar agradecendo minhas amigas a noite animada.


Obrigada pela noite de hoje, amigas! Foi toppp!

Vi na mesma hora que meu namorado havia curtido minha foto. Aproveitei pra ir na rede social dele e levei um susto ao ver que ele tinha postado uma foto nossa, anunciando que em menos de um mês, nos casaríamos. Resolvi não ver nenhum comentário, nem os sites de fofocas que comentavam aquilo.
Em alguns minutos meu celular tocou e era ele.
- Oi, amor...
- Então é verdade? Você teve mesmo uma despedida de solteiro? - Ele falava irritado.
- Quem te disse?
- Eu sei de tudo, Nathália. Não adianta me esconder...
- Quem disse que eu te escondi alguma coisa? Agora me fala quem te disse!
- Foi o Lorenzo. Ele ouviu a Bruna falando com a Lorena. - Luan bufou.
- Linguarudo! - Disse irritada.
- Ele fez certo, já você...
- Nem começa! Foi supresa!
- Ah, foi!
- Eu juro! Acredita se você quiser. - Bufei.
- Mesmo assim, deveria ter ido embora.
- Ah, Luan! Até parece que eu faria isso com minhas amigas. Duvido que você faria!
- Não inverte o jogo!
- To cansada. Amanhã te ligo...
- Só me responde a última coisa. Teve homem?
- Sério isso?
- Teve ou não?
- Teve...Satisfeito?
- Não...Agora pode ir dormir, já que você ta cansada! - Ele falou com deboche e eu revirei os olhos.
- Para, Luan!
- Não, to de boa! Depois não reclama quando meus amigos também fazerem uma despedida de solteiro surpresa pra mim.
- Por mim... - Falei com desdém.
- Tchau, Nathália! - Ele desligou irritado.
Como o Luan era dramático e pela primeira vez, eu me irritei de verdade com seus ciúmes.
Tomei um banho relaxante e dormi como um anjo a noite toda.





terça-feira, 16 de junho de 2015

Capítulo 84







Como Lorenzo disse, realmente o parto de Bruna demorou pra caramba pra começar. Chamaram meu irmão e ele foi, morrendo de nervoso, mas foi. Seria normal e pelo que a enfermeira disse, Bruna também estava muito nervosa.
Meus pais e de Luan chegaram um pouco depois de chamarem Lorenzo.
- Poxa, queria acompanhar também. Agora não vou atrapalhar, já que começaram. - Minha mãe disse.
Por ela ser médica deixariam ela entrar.
- Meu irmão ta lá, mãe e vai filmar tudo!
- Deve tá morrendo de nervoso.
- (risos) A senhora nem imagina. - Rimos.
Cerca de uma hora depois, enfim a enfermeira apareceu dizendo que enfim minha sobrinha tinha nascido e já estava no berçario. Fomos todos vê-la.
Como era linda, pequenininha, dos cabelinhos cor de mel. Não era tão loirinha mas o cabelinho era clarinho, tipo do meu irmão mesmo quando pequeno.
- Como ela é linda, amor! - Luan me tirou do transe, já que eu babava na minha sobrinha que vestia sua primeira roupinha rosa, que eu mesma tinha dado.
- Muito perfeita! Como ela parece com meu irmão! - Ri. - Quando elas vão poder ir embora? - Perguntei a enfermeira do meu lado.
- Amanhã mesmo. Assim que completar vinte e quatro horas. - Assenti.
Por fim não aguentamos e entramos de um em um pra pegarmos a Bia no colo, como já era chamada por todos.
Fomos ver minha cunhada, depois de babarmos muito na neném. Ela estava com um sorriso gigante e diferente no rosto.
- Vou te confessar que mesmo com aquela barrigona você ainda estava com carinha de menina, agora sim já parece uma verdadeira mãe. - Disse a ela que riu junto de todos.
- Eu concordo, Nathália! - Sorri para minha sogra.
Beatriz chegou pra ver a mamãe e pela carinha de choro, deveria estar com fome. Deixamos Bruna dar de mama a vontade e saímos, pra ela e meu irmão curtirem aquele momento família.
Como prometido, elas foram pra casa no outro dia, na hora do almoço. Esperei elas, meu irmão e meus pais, que foram buscá-los. O pai de Luan preparava um churrasco pra comemorar o nascimento da mais nova integrante da família.
Roubei a pequeninha o dia todo pra mim e só devolvi pra mãe dela quando ela chorou de fome. Até banho ajudei as vovós babonas a darem.

(...)

Um mês já tinha se passado, a Bia estava imensa e eu corria com os preparativos do meu casamento. Sim, alguns dias depois do nascimento da pequena eu e meu amor decidimos começar a organizar tudo. Era dia de irmos escolher os convites e naquele dia escolheríamos a data certa da cerimônia.
- 24 de agosto!
- Isso é mês que vem, amor! - Me assustei, assim que Luan disse a data pra moça.
- Eu sei! - Ele riu. Não questionei mais e escolhemos o convite.
- Agora me fala direito essa história. - Eu disse, assim que entramos no carro.
- A gente vai casar mês que vem! - Ele deu de ombros.
- Ta muito em cima, sabia?
- Não tá! Eu tirei essa semana de folga e já ta tudo marcado. Vamos ver as comidas, seu vestido, meu terno, decoração. Já ta tudo marcado.
- Você é doido!
- Quis fazer uma surpresa. - Ele me olhou e eu ri.
- Eu gostei, vai. Tô muito feliz que vou me casar com você!
- Agora fiquei mais aliviado! - Ele colocou a mão no peito, me fazendo ri, e deu partida no carro, assim que o sinal abriu.
Acordei cedinho no outro dia e como havíamos combinado, primeiro fomos ver as comidas.
- Vamos ter que provar tudo?
- Claro! Tô doido pra provar! - Ri do Luan.
Passamos o dia comendo, praticamente. Era tanta comida, tantos doces, chegamos na minha casa empanturrados.

(Segundo dia, escolha da decoração)

- Quero rosas vermelhas! - Luan disse.
- Será que não vai ficar muito chamativo, amor?
- Vai ficar lindo, dona Nathália! Temos amostras nos catálogos. - Ela pegou um em sua gaveta.
- Não! Quero uma decoração original, do jeito que minha mulher quiser. - Ela assentiu.
- Tudo bem! Eu vou chamar nosso funcionário que cuida das decorações e ele vai atender vocês. - Ela disse e saiu.
Sorri e abracei meu amor de lado.
- Obrigado, amor. Vai ser perfeito!
- Claro que vai! Quero que seja do jeito que você sempre sonhou!
- Vai ser muito mais que eu sonhei! - Sorri e o abracei.

(Terceiro dia, escolha do vestido.)

Me despedi do meu amor de manhã e fui com Bruna e Lorena até o ateliê em que tinham indicado para o Luan. Era grande e muito chique. O dono mesmo fez questão de me atender com muita simpatia.
Eram tantos vestidos e eu estava tão indecisa. Achei que nunca conseguiria escolher um, depois de experimentar quase todos da loja.
- Todo são lindos, sabe? Mas não achei nenhum a minha cara, do jeitinho mesmo que eu sempre sonhei. - Me olhei no espelho derrotada, enquanto minhas amigas estavam sentadas e também muito cansadas. Bruna dava de mama Beatriz, que estava conosco. Já tinham até escolhido seus vestidos de madrinhas. Até a Bia iria ganhar um vestido feito só pra ela, já que não tinha seu tamanho.
- Samuel, chegou os croquis. - Uma moça chegou com pastas nas mãos.
- Ah claro! Pode deixá-los ai em cima. Meninas vou pegar um lanche para nós.
- Desculpa minha demora! - Choraminguei e ele riu.
- Ai, Nathália!
- Calada, Lorena! Ai meu Deus, achei o meu vestido!
- Aonde? - Apontei para um dos papeis que eu tinha pegado em cima da mesa.
- Tá louca? Isso ainda vai ser feito e pelo pouco de faculdade de moda que fiz, sei que ele ainda tem que escolher qual vai fazer.
- Eu quero esse e pronto! - Bati o pé.
Foi difícil, mas no final consegui convencer o estilista a fazer meu vestido. Ele não trabalha com encomendas e nem nada exclusivo.
- Então está resolvido, semana que vem pode vir experimentar. - Ele concluiu.
- Ah, nem acredito! - Bati palmas, enquanto eles riam.
De uma coisa eu tinha certeza, pagaria o dobro por exigir um vestido exclusivo e feito as pressas. Eu não, o Luan que fez questão de pagar meu vestido e o resto do casamento seria dividido com meu pai.
Mas o importante é que estava saindo tudo do jeito que eu sempre sonhei.

sexta-feira, 12 de junho de 2015

Capítulo 83



Amores, a fanfic ta no final. Bora comentar, vai? 



( Meses depois )

Meu noivado com Luan estava indo bem demais. Já estávamos até vendo as coisas pro nosso casamento. A ficha ainda não tinha caído de que eu iria me casar, ainda mais com ele.
Já tínhamos visto a empresa que faria nossa festa e estávamos começando a lista de convidados, que não parava de crescer. 
Naquele dia iríamos ver a igreja mas Luan adiou na última hora nossa visita a igreja de Aparecida do Norte. Era um pouco longe, mas valeria a pena.
Confesso que fiquei um pouco brava no começo por ter desmarcado um monte de trabalho, mas depois passou.
Fiquei o dia todo em casa, sem nada pra fazer e de noite não foi diferente.
Fiquei vendo um filme sozinha em casa, já que meu irmão trabalhava e meus pais tinham saído pra jantar sozinhos, o que era bem raro.
Meu celular tocou, quando eu quase pegava no sono no sofá. Era o número do Luan.
- Nathália? - Era a voz de Rober e ele falava alto.
- Rober? O que aconteceu?
- Nada demais, é ... O Luan ta um pouco mal aqui e não tem ninguém na casa dele, todo mundo viajou. Será que posso deixar ele ai?
- O que ele tem, Rober? - Me assustei.
- Então, ele bebeu um pouco demais.
- O que, bebeu? Aonde vocês estão?
- É...A gente veio se distrair um pouco aqui na woods.
- Pode trazer ele pra cá, Rober. Eu vou matar esse garoto! - Ouvi a risada do Rober do outro lado e desliguei bufando.
Ele tinha adiado a nossa visita a basílica pra poder sair pra se divertir com os amigos e eu não ligaria se tivesse me avisado.
Demorou mas enfim a campainha da minha casa tocou e eu me levantei pra atender.
- Ta entregue sua encomenda! - Rober colocou o Luan no sofá enquanto ria.  
- Você também, nem pra impedir isso!
- Vishi! Deixa eu ir embora antes que sobre mais pra mim! Tchau! - Ele saiu rindo, enquanto eu revirava os olhos.
Olhei pro sofá e encontrei um Luan que ria de alguma coisa enquanto tentava enxergar algo em seu celular. Minha noite seria longa. Fechei a porta e respirei fundo.
- Luan, você não disse que não ia poder vir cedo hoje porque teria uma entrevista? - Me sentei ao seu lado.
- E tive, amor. Só que acabou mais cedo que o esperado e resolvemos vir pra balada. - Ele me olhou sorrindo e eu tive vontade de bater nele.
- Eu desmarquei tudo pra gente ir ver a igreja e você me apronta uma dessas.
- Nem foi culpa minha! - Ele fez bico, voltando a olhar no celular. 
- Você chegou que horas aqui?
- Seis, eu acho!
- Ah, que raiva de você, Luan!
- Fica assim não, meu amor! - Ele riu mais uma vez e guardou o celular enquanto me abraçava de lado.
- Sai! Vem tomar um banho que você ta fedendo!
- Fala assim comigo não, amor... - Revirei os olhos, enquanto me levantava e tentava o levantar junto. 
Consegui levar Luan para o meu quarto e até que subimos rápido, ele não estava tão ruim assim.
Fui com ele até meu banheiro e o ajudei a tirar sua roupa. Não queria de jeito nenhum entrar no chuveiro, mas o convenci.
Reclamou um pouco pela água gelada mas logo parou e parece que aos poucos foi ficando melhor.
Deixei com que ele se vestisse sozinho, com a cueca e a camisa que eu tinha pegado, tinha algumas peças no meu guarda-roupas. 
Me deitei na cama e não demorou muito pra ele se deitar também. Seu braço direito abraçou minha cintura, mas eu o tirei dali.
- Tá com raiva? - Ele sussurrou no meu ouvido. Sua voz parecia melhor.
- O que você acha?
- Eu juro que não foi culpa minha. Eu ia te avisar que tava voltando e ia pra boate mas me esqueci. Eu juro! - Suspirei.
- Tá bem, Luan!
- Não ta nada bem! Me perdoa? Amanhã eu prometo que vamos até a igreja. 
- Não sei se posso...
- Pode que eu sei. Larga de ser durona...em? - Ele beijava minha nuca enquanto eu tentava não resistir.
- Dá próxima vez eu vou ficar um mês sem olhar pra tua cara!
- Nossa, amor! - Ri de seu jeito.
- Preferia quando me dava mais carinho. - Sua voz saiu manhosa.
- Agora é assim, eu que mando na relação!
- Ah é? Isso que a gente vai ver! - Ele riu e me puxou para um beijo.
Em poucos segundos eu já estava de baixo dele, sem roupa e ganhando muito prazer.
Apesar de tudo eu estava com saudades dele e não valeria a pena brigar por besteira. A raiva tinha passado.
Acordei de madrugada com Luan no banheiro, colocando toda sua bebida pra fora na privada.
Lhe ajudei e peguei um rémedio pra ele, junto com um café forte, antes de nos deitarmos de novo.
- Bem feito!
- Ah, amor! Eu já tô mal demais! - Revirei os olhos antes de voltar a dormir.
Acordamos de novo com o celular do Luan tocando. Dessa vez, já era de manhã, não muito cedo, mas ainda estávamos morrendo de sono.
- Que foi, cara? - Luan coçava os olhos na tentativa de os deixar abertos. - Você tá com a Bruna? Pensei que ela tinha ido com meus pais pra Campo Grande....É o que? - Luan me assustou se sentando rápido na cama. - Já to indo...Calma!
- Que foi, amor? - Disse assim que ele desligou.
- A Bruna tá em trabalho de parto.
- Sério?
- Seríssimo! Vamos logo, seu irmão já ta nervoso.
- Eles já estão no hospital?
- Estão!
Assim que chegamos no hospital encontramos meu irmão desesperado, enquanto ligava para os nossos pais, que tinham dormido fora.
- Calma, Lorenzo! Ela tá parindo e não com uma doença.
- Mesmo assim, Nathália!
- Você não vai entrar?
- Vou, já vão me chamar! Será que eu aguento?
- Pelo amor! Você é médico e vê sangue todos os dias.
- Antes o problema fosse o sangue! - Revirei os olhos.
- (risos) Calma, cara! Olha, você já ligou pro meus pais?
- Já estão vindo! Acho que ainda vai demorar pro parto começar.


quarta-feira, 10 de junho de 2015

Capítulo 82

(...)
Era aniversário do meu pai e pela primeira vez ele decidiu fazer uma festa grande na nossa chácara.
Já tinha quase quinze dias que eu não via o Luan e encontraria ele lá. Ele e toda sua família, que meu pai fez questão da presença. Eles se davam super bem e meu pai estava super animado com a netinha.
Não só ele como todos nós estávamos a espera desse bebê. 
- Aonde você tá, amor? - Liguei pra Luan pela terceira vez.
- To chegando, meu amor!
- Você só me diz isso! - Bufei e ele riu.
- Agora é sério...
- Sua família já chegou. Você disse que viria com eles. 
- E iria, mas houve um imprevisto.
- Que imprevisto?
- Coisas do trabalho.
- Não me convenceu.
- (risos) Larga de besteira, amor. Já já eu chego aí. - Ele desligou na minha cara, me deixando indignada.
Fui me sentar com Bruna e meu irmão e eu me distraí com eles, que as horas passaram e eu nem percebi. 
Luan chegou depois de algum, bastante, tempo. Lindo e cheiroso.
Cumprimentou meu pai e entregou seu presente a ele e logo foi se sentar conosco.
- Pensei que não viria aqui falar comigo, depois de quinze dias separados! - Ele riu e me puxou para um beijo.
- Sua irmã é muito exagerada, Lorenzo!
- E eu não sei?
- Vocês dois são uns chatos! - Fiz bico e meu namorado me abraçou de lado.
- Ah, antes que eu me esqueça. Já contei pra todos os vovôs e agora pros titios. Ela vai chamar Beatriz! - Bruna disse sorrindo.
- Que lindo o nome! Mas que história é essa de deixar a tia por último? - Me fingi de brava e eles riram.
- Os avós são mais importantes. - Meu irmão disse.
- Besta! Essa criança é mais minha que sua! - Resmunguei fazendo eles rirem.
O churrasco rolou o dia todo. Eu e Bruna comemos muito, enquanto os homens bebiam. 
O pessoal começou a ir embora depois do parabéns, umas dez horas da noite. Quem restou foram meus pais, os de Luan e nossos irmãos. Dormiríamos ali mesmo.
Estava morrendo de sono, não diferente de Bruna e já estávamos prontas pra falar que estávamos indo dormir quando Luan se levantou falando.
- Queria falar uma coisa.
- O que? - Falei e assim como eu, todos pararam para lhe olhar.
- Eu...Seu Murilo. Eu quero pedir a mão da sua filha em casamento. - Ele tirou de dentro do bolso uma caixinha roxa. 
- É o que? - Eu disse ainda perdida. 
- É isso mesmo que você ouviu, amor. Quer casar comigo? - Luan se ajoelhou na minha frente e abriu a caixinha, tirando de lá um anel lindo de prata.
- Você não tá bêbado, não é? - Falei, fazendo todo mundo ri.
- (risos) Não to, amor. Você aceita? Eu quero casar com você pra ontem. Cada dia que eu fico longe de você eu tenho mais certeza de que quero acordar do seu lado o resto da minha vida.
- Claro que eu aceito! - Ele colocou o anel no meu dedo e se levantou.
Me levantei logo em seguida e lhe puxei para um beijo apaixonado, enquanto todos gritavam.
Quando nos separamos, olhei sorrindo para ele, que não estava diferente. A felicidade não cabia em mim, eu sonhava com aquele momento todas as noites, mas confesso que não tinha certeza de que ele iria chegar.
Bruna chorava abraçada com meu irmão, me fazendo ri. Ela já era chorona, grávida então nem se fala.
- O senhor não me falou se me dá a mão da sua filha! - Luan se virou para o meu pai, que riu.
- Não só a mão. - Rimos. - Que vocês sejam muito felizes e marquem esse casamento logo.
- Vai com calma, pai!
- Nada disso! Eu quero sim me casar rápido. - Luan disse.
- Tem certeza? É melhor esperarmos...
- Esperar o que? Não tem o que esperar. Essa é a hora perfeita pra casarmos. 
- Você ta falando sério mesmo, Luan? - Minha mãe perguntou.
- Claro que sim, dona Luana! Semana que vem eu combino com a Nathi tudo certinho, data, decoração, já vamos ver tudo! - Conversamos mais um pouco e eu, que estava morrendo de sono, quis ir dormir e mesmo insistindo pra que Luan ficasse, ele quis me acompanhar.
- Amor, não to nem acreditando no que você acabou de fazer!
- Acredite! Quero que você seja minha, oficialmente. Quero uma casa só pra gente, quero acordar do seu lado todos os dias. Quero ter filhos loirinhos, assim como você! - Rimos.
- Você não existe!
- Existo e só consigo existir com seu amor, com você do meu lado!