domingo, 19 de julho de 2015

Prólogo








- O que você tanto vê ai? - Entrei no nosso quarto e Luan logo tratou de esconder o que via.
- (risos) Uma coisa...
- O que?
- Curiosa! É uma coisa muito importante pra mim. Ela também envolve outra pessoa, que também é especial pra mim, só que eu nunca mostrei a ela. - Me sentei ao seu lado, curiosa.
- Me fala o que é, amor! - Insisti.
- Hum...Eu gosto de olhar sempre pra relembrar os velhos tempos, e lembrar as coisas boas que vieram depois disso. Também me lembro o quanto eu fui burro e demorou pra cair a ficha que eu já estava amando, demorei pra caramba, mas enfim percebi.
- Tem a ver com a gente? - Perguntei com medo da resposta e ele riu da minha cara.
- Claro que tem, sua boba! - Ele tirou atrás de si uma foto, que eu peguei e sorri em seguida.


- É linda! Por que nunca me deu?
- Não sei! - Ele riu. - Mas eu olho pra ela desde desse dia. Quando eu descobri que estava te amando, mandei revelarem pra mim...
- Bons tempos! - Sorri.
- Agora são melhores.
- Eu queria voltar no tempo ás vezes. - O olhei.
- Eu voltaria só se fosse pra não fazer burrada e acelerar as coisas entre nós.
- Pois eu viveria cada besteira que fiz, cada coisinha que passamos juntos, tudo!
- Não queria que fosse tudo mais fácil?
- Não, amor. Porque essa é a nossa história, sabe? Esses somos nós e essa cheia de defeitos, sou eu.
Eu sou assim, um pedacinho bom outro ruim.

Ninguém é perfeito e comigo não seria diferente.
Cometo erros e acertos.

Busco sempre melhorar mas não tolero essa história de fazer as coisas só para agradar. 
Sou o que sou, sou quem sou.

Não posso e nem quero
ser aquilo que os outros desejam.
Quero viver do meu jeito, traçar meu próprio caminho.
Quero no final de tudo poder dizer que vivi e fui feliz, sorri e chorei, mas com as escolhas que eu fiz.
O importante foi o amor que eu vivi. Ah o amor! Como aprendi com ele, aprendi a viver de verdade, então não me arrependo de nada que fiz. 
Cada erro, cada besteira, cada burrada. A única coisa que me importa é que o final foi feliz
Ainda não chegou o final de verdade ainda temos muito pela frente, mas dessa vez diferente. Como um casal feliz...Pra sempre!
Quando falamos em um final todo mundo já pensa coisas tristes, mas não. Um final pode sim ser feliz, só depende da gente. 
O que importa é que tudo seja feito com amor, mesmo dando errado, não importa, se for feito com amor, foi feito com o seu coração e uma hora as coisas vão mudar e dar certo. A vida não é perfeita mesmo...Pra ninguém.
E foi esse nosso caso, foi tudo, completamente tudo, Por Amor!







Oi, gente! Então tô aqui pra fazer o que faço smp qnd termino uma fic. Agradecer! Obg por td mais uma vez! Passou mt rápido, já fiz tantas fanfics, nem acredito! Sério! Haha
Queria agradecer a vcs leitoras que me deixam feliz só por comentar, parece pouco pra vcs mas pr mim é muitooo! Obrigada, a Raylana, Fátima Cristiana, Giovanna Vitória, Maria Alice, Laís Araújo, Larissa, Cinthia, Cátia, Maria Adriane, Pâmela Bianca, Bianca, Elóa, Laís Santos, Solange, Geovanna, Cleane, Ana Beatriz, Elvira, Heloísa, Gabriella, Eliziane e apesar de sumidas, Suzan e Ana Flávia, que eu peguei um simpatia imensa.
Bom, obrigada a todas meninas, não dá pra eu colocar o nome de todas, MINHAS IMENSAS DESCULPAS SE O SEU NOME NÃO ESTÁ AQUI, não fica brava comigo, você também é especial pra mim e faz a diferença nas minhas histórias. Só citei nomes que eu vejo com mais frequência e não  foram todos, tmb sou mega esquecida!
Meninas, sobre outra história, então. Eu tô querendo demaaais fazer a minha última, apesar disso aqui já está parecendo uma despedida rs Ainda me sobrou um pouquinho de ideia e eu quero colocar em pratica sim, só q n vai dar pr ser agora agora, me entendem? Eu tô querendo começar a escrever agora que eu tô de férias e escrever mais nas férias do fim do ano. Resumimdo, eu to enrolada, muito enrolada, mas quero encerrar as minhas histórias pq essa nunca foi a intenção ser a última, mas ela demorou mais que o esperado. Então, eu vou fazendo as coisas conforme o tempo me permitir e vou falando cm vcs pelo grupo, pode ser? Quem ainda não faz parte, corre lá > https://m.facebook.com/groups/188395574648451?ref=m_notif&notif_t=group_comment
Então é isso meninas, eu juro que vou fazer de tudo pra fazer uma nova história, só não posso dar certeza de nada. Eu to muito enrolada nesse ani, mais que o previsto. Mas como eu disse, qualquer duvida e qualquer coisa eu falo com vocês lá no grupo. Beijãooo! ❤️

Capítulo 100 ( Último )







( 3 anos depois )

Como aqueles anos passaram rápido. Eu ainda me lembrava a dificuldade que eu e Luan passamos por sermos pais de trigêmeos e tudo passou em um piscar de olhos. Em meses já tínhamos nos acostumado com aquela rotina nova. 
A nossa vida era como a de um casal qualquer, com três filhos pra criar. Brigas passou a ser bem raras, só discutíamos ás vezes por coisas bobas. 
Eu sempre continuei trabalhando e cuidando das crianças, ás vezes iam pro estúdio comigo, sempre adoraram. Com dois anos entraram para uma escolinha dentro do meu condomínio mesmo.
Luan tinha diminuído bastante seus shows também. Quando os meninos completaran um aninho, que deram o primeiro passo e a primeira palavra que Luan não estava presente, ele decidiu fazer shows só de sexta a domingo. Foi uma decisão dele, que ninguém pediu, pelo contrário, eu dizia que não era preciso, já que ele era um pai perfeito, mas ele foi firme e nós respeitamos sua decisão.
- Vamos logo, gente! Eu tenho uma reunião em uma hora. O trânsito tá péssimo! - Bufei enquanto olhava no relógio.
Sempre foi daquele jeito e não só para eu levar as crianças para escola, qualquer saída que déssemos era aquele show, como sempre disse o Luan.
Essa era uma das consequências de ter trigêmeos. Além das brigas constantes e o falatório que arrumavam ao mesmo tempo.
- Mãe, espera só a gente acabar de ver o papai. - Fui até a sala aonde estavam e eles viam o Luan na TV. Ri. Era uma paixão sem fim com o pai. Sempre foi.
- Eu aqui atrasada e vocês vendo TV. Vamos logo!
- Rapidinho, mamãe! - Gabi dizia.
- Nada disso, depois eu coloco pra verem na internet.
- É, Gabi. O papai chega hoje. - Rodrigo dizia.
- Meu Deus, é verdade! Acabei me esquecendo...
- O que, mamãe?
- Não é nada, Bê! À mamãe precisa contar uma coisa pro papai.

...

Cheguei em casa duas da tarde e como imaginava as crianças estavam pra escola e só chegariam ás cinco e meia. A casa estava silenciosa, nem sinal de babás, nem de empregados.
Estranhei e subi com minhas coisas até o meu quarto. Achava que Nathália estaria no estúdio e me assustei quando lhe encontrei no quarto.
- ( risos ) Oi, amor! - Ela percebeu meu susto.
- Pensei que estaria no estúdio, hoje é dia. - Lhe puxei para um abraço, seguido de um beijo. 
- Eu fui e voltei não fazem dez minutos.
- Por quê tão rápido?
- Eu tinha que te falar uma coisa. Sozinha com você!
- O que houve? - Me assustei e me sentei ao seu lado na cama.
- (risos) Calma! Vou te mostrar...É melhor! - Ela se levantou e se colocou na minha frente.
Levantou a blusa e tinha algo escrito em sua barriga. - " Oi, papai! Quero te conhecer logo, mas só daqui á sete meses!" - Nathália leu em voz alta.
- Você... 
- Eu tô grávida! - Ela sorria. Fiquei parado.
Eu não imagina que teríamos outro filho nunca, pra mim Nathália nem queria.
- Amor, eu ... Nossa, tô muito supreso, mas muito feliz! - Sorri e me levantei.
- Isso que importa! - Ela riu e eu lhe beijei.
Eu seria pai de quatro filhos. Estava muito feliz com a notícia mesmo.
- Amor, como você engravidou?
- Eu não sei! Perguntei a doutora e ela também disse que eu tive sorte. Ela até me disse que eu poderia perder. Perguntei ela com quantos meses já está mais firme e ela disse que com três, então escolhi te contar só agora.
- Ôh, amor! Eu tô com você pra tudo nessa vida! Já podia ter me contado.
- Eu também já queria vim com a surpresa completa. Quer saber o sexo?
- Sério? - Ela assentiu sorrindo.
- É uma menina! 
- Não acredito, amor! - Achei que nunca mais sentiria aquela felicidade. - Ainda corro um certo risco, sabe? Mas...
- Mas nós estamos juntos nessa e pedindo a Deus que ele faça o que for melhor. Vamos confiar nele, amor!

( 2 anos depois )

Não tem mais sobre o que falar da minha vida, sabe? Tudo passou a ir extramente bem. Já era um pai de quatro filhos saudáveis. QUATRO. Tinha dias que eu nem acreditava. 
Depois de tudo que eu e Nathália passamos, já estávamos casados e com quatro filhos lindos.
Eu nunca pensei que eu me casaria e teria filhos com uma moça que eu conheci em cima do meu palco dançando comigo e nem era minha fã, eu me imaginava ficando com ela por um dia, mas casando? NUNCA! O destino é perfeito mesmo.
Depois de todas as coisas que acontecem as histórias sempre têm um final feliz e a nossa não poderia ser diferente de jeito nenhum. 
Nunca fomos perfeitos, ao ponto de não brigarmos nunca mais. Não! Mas sempre fomos felizes, completamente felizes! 
Nossos finais de semanas eram resumidos em clubes, aulas das coisas que as crianças amavam fazer, parque de diversões, almoços fora, cinema e mais um monte de coisas que os quatro inventavam.
Aliás, não era nada fácil ter que atender o pedido de todo mundo, ai de mim se não atendesse.
Agora eu só fazia shows de quarta a sexta, mesmo assim só viajava pra cidade do show sexta de noite e voltava pra casa no sábado bem cedinho.
Depois de pegarmos Rodrigo no muay thai, Bernardo na aula de violão e Gabi na aula de canto, fomos buscar a nossa caçulinha no balé. Como ela amava ficar nas pontinhas dos pés, com aquela roupinha linda e nós adorávamos ver também. Era a coisa mais linda.
Como de costume, eu postei uma foto dela daquele jeito. Todo mundo estava careca de ver foto da pequena Luísa no balé nas sextas-feiras. Eu sempre fui um pai babão e nunca escondi isso. 


Minha princesa cada dia mais linda! Luísa ❤️

Mesmo depois de alguns anos eu não deixava meu casamento desgastar e nem minha relação com meus filhos, que é incrível, se acabar. Acho que esse é o segredo pra ser tão feliz como eu.
Creio eu que o fim pra nós ainda não está próximo e ainda teremos muito o que viver. Vai ser tão difícil eu ter que dar pro mundo quatro filhos, fazer meu coração se partir quatro vezes, tudo quadruplicado, mas essa é a vida! 
Depois de tanto tempo aprendi que com amor tudo vai pra frente, o amor e o respeito é a salvação do mundo. Eu percebi que dependo de cinco pessoas pra sobreviver, pra ser feliz. 
Percebi também que nada é certo mais na vida. No começo eu gostava de ser tão perfeito, tão certinho, ter certeza de tudo, mas não é assim! Eu não sei quanto tempo viverei, não sei se vou ver todos meus filhos terem uma linda história de amor como a minha e de Nathália, só sei que viverei cada segundo com eles e tentar ensinar tudo que aprendi com meu pai e com a vida, tentar sempre ser o mais feliz possível!


"Ser feliz até onde der, até onde puder.
Sem adiar, ser feliz o tanto que durar."

sexta-feira, 17 de julho de 2015

Capítulo 99

Indicando : madnessoflove-fanfic.blogspot.com.br




Os meses se passaram e chegou um dia esperado e alegre para a nossa família. O casamento da Bruna e do meu irmão. Ele tinha lhe pedido em um jantar na minha casa, nos pegando completamente de surpresa.

Flashback :

Eu amamentava Rodrigo, enquanto Luan comia com dificuldade, já que estava com a Gabi no colo e o Bernardo dormia no carrinho ao nosso lado. 
Nossa família estava reunida naquele domingo, já tinha virado uma tradição.
A Beazinha se lambuzava inteira na sua cadeirinha, até que veio a grande notícia. 
Nossa atenção foi para o meu irmão, que começou a falar.
- Eu queria dizer...Uma coisa...
- O que? - Eu percebia o nervosismo em sua voz. Sempre o conheci melhor que qualquer pessoa.
- Eu tô um pouco nervoso!
- Isso eu já percebi! - Ri.
Minha mãe mandou eu ficar quieta e eu revirei os olhos.
- Bruna, já faz algum tempo que estamos juntos, temos uma filha linda... - Ele sorria olhando-a. - Nos amamos e...Eu acho que finalmente chegou a hora. Acho que estamos prontos. 
Quer casar comigo? - Ele tirou uma caixinha com alianças do bolso.
Aquilo tinha nos chocado, acho que até a Bruna já tinha perdido as esperanças de casar com a Bia ainda pequena.
Nosso jantar teve um motivo de comemoração. As famílias se entrelaçariam pela segunda vez, agora oficialmente.


Meus bebês só cresciam e engordavam com o passar do tempo. Com quatro meses, já estavam enorme. Eu mal conseguia pegar os três ao mesmo tempo.
Arrumei os três, depois de amamentá-los e banhá-los com a ajuda das babás, que Luan tinha contratado, sozinha eu não daria conta,
Fui me arrumar correndo, já que eu estava mega atrasada e seria madrinha com Luan. Aliás, meu marido estava atrasado também. Estava chegando de uma semana de shows e quando me ligou tinha acabado de chegar no aeroporto. 
O casamento seria as onze horas da manhã, que pra mim foi um horário perfeito por eu ter três bebês.
Era hora de almoço e o trânsito de São Paulo estava a mil. Estava com medo do Luan se atrasar demais.
Fiquei pronta e fui esperá-lo na sala com os nossos filhos. Luan demorava demais, então o liguei.
- Amor, cade você?
- Tô chegando, amor...Faz assim, pode indo que eu te encontro lá.
- Tem certeza?
- Tenho sim!
- Aonde vai se arrumar?
- Assim que eu chegar me troco no banheiro. Já tomei banho.
- Tudo bem, amor! - Ás vezes nossa vida era aquela loucura.
No carro, a caminho do local do casamento, que não seria em uma igreja mas mesmo assim teria a benção de um padre, postei uma foto que eu tinha tirado dos meus amores.
Luan vivia postando fotos deles e com eles, a rede social dele só tinha a cara dos filhos. Ele não resistia.


Estão lindoss! Prontos de vermelho pro casamento dos titios e morrendo de vontade de matar a saudade do papai! 

Luan chegou junto com a noiva, que ainda teve que esperá-lo, para que ele pudesse colocar seu terno. Eu quase tive uma crise de risos por isso, mas me controlei. 
O casamento foi muito lindo a festa então, nem se fala. A vista quando o sol estava se pondo era incrível.
Já estavam todos bem a vontade, principalmente meu marido que já estava animadinho. Os bebês ainda estavam bem acesos, apesar de terem acordado bem cedinho.
Rodavam de colo em colo e estavam felizes da vida com aquela farra toda, eram só sorrisos.
Entreguei Bernardo com muito custo, que não queria sair do meu colo, para minha mãe e assim que estava saindo para ir para perto do Luan, esbarrei em alguém.
- Me desculpa...Léo?
- Tudo bem, Nathália? - Ele sorriu e eu fiquei sem graça. Achei que nunca mais o veria.
- Tô bem e você? O que você tá...Fazendo aqui? - Perguntei ainda sem jeito, mas estava curiosa.
- Tô ótimo! Minha namorada é amiga da Bruna, nos conhecemos a algumas semanas. - Ele riu.
- Ah...
- Tá tudo bem aqui, amor? - Me assustei com a voz do Luan.
- Tá...tá sim!
- Ainda não acredito que voltou e se casou com esse cara, Nathália. - Léo falou na cara de pau.
- O que você tem com isso, cara? - É claro que Luan responderia.
- Nada! - Ele riu. - Só estou comentando. Muito cômico uma pessoa voltar pro homem que fez ela parar no hospital.
- Léo...
- Mais cômico ainda é o ex dela fazendo um papel ridículo desses. Vai seguir sua vida, cara. - Luan me interrompeu.
- Já tô indo muito bem, obrigado! - Ele continuava rindo.
- O que você faz aqui, em? - Luan perguntava sem delicadeza nenhuma.
- Minha namorada é amiga de longa data da sua irmã. Já fizemos muitos programas em casais.
- Azar o dela!
- (risos) Muito azar ela ter um irmão como você mesmo. Logo a Bruninha, toda educada!
- Você é ridículo, cara!
- Não mais que você!
- Gente, parem com isso...
- Vai procurar sua mulher e deixa a minha em paz. Sei que queria estar no meu lugar, mas não será possível! - Dessa vez o Luan que riu.
- Acertou em cheio, em! - Me assustei. - Eu concordaria com qualquer um do lado dela, menos você, não merece a família que tem. Aliás, Nathália, seus bebês são lindos. Se paressem com você, claro!
- Se você continuar me provocando, eu não vou mais responder pelas minhas atitudes!
- Olha, eu tô morrendo de medo de você!
- Parem com isso! Eu já pedi! Vem Luan, vai querer estragar a festa de casamento da sua irmã? E Léo, para de provocar o Luan! - Saí puxando meu marido dali, que ainda encarava o Léo.
O resto da festa o Luan fechou a cara, voltou a beber e ficou me vigiando o tempo inteiro.
Bruna viu o clima e já imaginou o ocorrido, foi se desculpar comigo. Ela já conhecia o Léo e sabia que era meu ex namorado.
- Me desculpa mesmo, cunhada! Eu esqueci o quanto meu irmão explode fácil!
- Para com isso, menina! Ele é seu amigo e você tem todo direito de convidá-lo! Luan tá assim porque bebeu. Bom ele não faz isso! 




Amooores! Amanhã é o último capítulo :"( também to tristinha, mas é isso! Bjão!

quinta-feira, 16 de julho de 2015

Capítulo 98



Indicando : despertaemmimmeuladobom.blogspot.com.br


Algumas semanas já tinham se passado.
Meus bebês já estavam maiores e cada dia mais mimados por todos. A Gabi sempre foi a mais manhosinha dos três. Principalmente na presença do pai, que não desgrudava dela um segundo quando estava em casa.
Luan começou a correria de gravar um CD novo e aquilo deixava ele doido, se dividia em mil para dar o máximo de atenção pros filhos e pro trabalho, o que me preocupava.
No final daquela semana ele chegou em casa mais aliviado, dizendo animado ter gravado a última música do CD.
- Eu marquei um churrasco aqui com os meninos, você se importa? - Estávamos deitados na nossa cama.
- Não, amor! Você precisa relaxar mesmo! - Ele sorriu pra mim, selando nossos lábios, em seguida.
Passamos aquele dia com as crianças, que passaram quase a tarde toda acordados, o que era bem raro.
A noite caiu e meus sogros, minha cunhada e meu irmão, foram os primeiros a chegar. Meus pais também já estavam a caminho.
- A Bia ta melhor, Bruna? - Perguntei assim que ela se sentou do meu lado na cama.
A Biazinha tinha pegado uma pequena virose e estava irritadinha com isso e chorava querendo ver os priminhos que ela tanto amava, mas não podia.
- Tá melhorando! Ta chatinha ainda e dormindo muito. Já levei ela pro quarto de hóspedes.
- Depois trás ela aqui! - Assentiu.
- E os meus bebês?
- Ficaram acordados a tarde toda e agora estão capotados! - Ri.
- Não acredito!
- E você, como está, mana? - Lorenzo perguntou.
- Melhor impossível! - Eles riram de mim.
- Tá repousando direitinho?
- Claro!
- Já sabe que ainda tem mais de dois meses de repouso, não é? E absoluto. Dar a luz a trigêmeos tem suas consequências.
- Tá passando tão rápido...Eu nem ligaria se fosse cinco de uma vez só! - Rimos. - Não tá sendo tão difícil assim...
- Só eu que precisaria fazer uns três shows por dia, pra sustentar esse bando de filho. - Luan saiu do banheiro dizendo e nós rimos.
Os amigos do Luan começaram a chegar e depois de algum tempo eu liberei Bruna e dona Marizete para descerem e curtirem, já que estavam preocupadas comigo.
- Podem ir, gente! Sério! Pelo visto vai ser uma festa mesmo, pela quantidade de gente que chega. - Ri.
- Vou preparar uma sopinha leve e te trago.
- Não se incomoda comigo, dona Marizete.
- Não é incômodo nada, menina! - Ela desceu e Bruna logo atrás.
Meus pais também chegaram mas disseram que iriam comer algo, por estarem com fome.
- Vão lá! A Maria fez o jantar...Chama o Luan pra mim, mãe? - Ela assentiu.
Depois de alguns - muitos - minutos esperando pelo Luan, desisti dele.
Um chorinho ecoou pela babá eletrônica do meu lado, logo depois outro e com aquela choradeira não demoraria pro terceiro bebê acordar. Ainda não sabia os diferenciar pelo choro, mas com o tempo fiquei craque. Sim, isso é possível. Mãe é coisa de outro mundo mesmo e era impressionante como a gente passa a entender nossas mães em um piscar de olhos.
Resolvi descer devagar a procura do Luan, mas no topo da escada mesmo o vi. Ele conversava com uma mulher morena, de um belo corpo, mas o rosto nem tanto.
Fiquei com raiva e comecei a descer as escadas devagar, sorte que eu quis me vestir adequadamente, já que ultimamente eu só vivia de camisolas.
Toquei o ombro do Luan, que estava de costas pra mim e ele me olhou assustado.
- Amor, não acredito que desceu as escadas!
- Eu desci devagar.
- Não faz mais isso! - Não falei mais nada, estava irritada com ele. - Ah, essa é a Talita, uma amiga de longa data. - Sorri pra ela. Eu estava era com raiva do Luan.
- Sério que você deu a luz a três? - Ela sorriu.
- Foi sim!
- Nossa, quero ser igual a você, então. - Sorri e agradeci.
- As crianças estão chorando. Preciso da sua ajuda! - Falei a Luan que assentiu e pediu licença a garota.
Os bebês choravam ainda mais alto e depois de Luan me ajudar a amamentar os três, me levou para o nosso quarto.
- Não desce mais, amor...
- Não iria se você tivesse vindo quando te chamei! Mas preferiu ficar de papinho!
- Ei, me desculpa! Eu me distraí e esqueci. - Virei o rosto, deixando de encará-lo e ouvi seu suspiro.
- Eu concordei com isso mesmo tendo que ficar aqui em cima sozinha com as crianças, então trate de se comportar.
- É lógico que eu to me comportando, Nathália! Para com isso, vai...
- E eu pensei que era só um churrasco pros meninos.
- Eu fui chamando mais gente e quando vi deu nisso. Foi mal! - Ele passou as mãos pelos cabelos.
- Tudo bem! Mas se comporta! Se eu souber de qualquer coisa que não me agrade, Luan...
- Para com isso, amor! Não tem pessoa que eu mais ame e respeite nesse mundo do que você e nossos filhos.
- Eu acho bom...
- Você fica linda bravinha assim. Não faz isso que eu gamo ainda mais muié!
- Nem vem, Luan! Eu te conheço, vem vindo com esses papinhos pra eu me esquecer.
- (risos) Eu te amo, tá minha manhosinha? - Ele me puxou para um beijo, que no começo eu me fiz de difícil mas depois cedi, claro. Não tinha como eu resistir a ele.
As brigas que eu começava, na maioria das vezes, terminavam assim, ele me dobrava direitinho.
Fomos interrompidos por sua mãe batendo na porta, com a sopa que tinha prometido. Era um anjo minha sogra.
Minha mãe chegou em seguida e eu disse para Luan descer, mesmo com receio dele ficar conversando com aquela garota. Eu estava com ciúmes sim, mas nada fora do normal.
Só uma insegurançazinha por eu ter que ficar de resguardo por três meses, ainda não ter voltado ao meu peso normal e ter um mulherão no mesmo ambiente que meu marido, sem a minha presença ali com eles.

segunda-feira, 13 de julho de 2015

Capítulo 97



- Ai! - Gritei e o Luan deu um pulo.
- Amor para de me assustar, caramba!
- Eu tô com dor. Você quer o que?
- Nossa! - Revirei os olhos.
- O sinal abriu, anda logo! - Quase gritei e Luan se assustou de novo, enfim dando partida no carro.
Conseguimos chegar no hospital a tempo, mais eu já estava com muita contração de pouco intervalo. Não conseguia nem andar. 
Minha médica me esperava com as infermeiras já na portaria. Luan tinha ligado pra ela enquanto estávamos parados no trânsito.
Me levaram na cadeira de rodas até a sala dela. Ainda tinham que fazer alguns exames.
- Qual o intervalo, Nathália?
- Acho que nem um segundo, doutora! 
- Vai nascer! - Ela disse e deu as coordenadas para as infermeiras.
Jura? Eu nem tinha percebido! 
Com muito custo me fizeram soltar a mão do Luan pra ele se trocar. Ele já parecia mais calmo. Ou fingia para não me deixar mais nervosa. Eu estava quase dando um troço.
Como foi difícil o primeiro bebê sair. Eu quase morri de tanto fazer força.
Luan limpava a minha testa na tentativa, em vão, de limpar o meu suor.
- Não aguento mais, doutora...
- Não fala isso, Nathália! Vamos mais uma vez...Comigo. Respira bem fundo, relaxa e faz a maior força que você conseguir. Pode fazer sem dó! Pensa que daqui a pouco você vai estar com eles aqui. Não é, Luan?
- É sim! Respira fundo, amor. Eu tô aqui com você. Sei que tá sendo difícil, pra mim também. Pode apostar, eu tô sentindo a mesma dor que você. Coloca nossos filhos no mundo! - Luan já chorava.
Me deu até uma dó dele. Realmente parecia sentir tudo que eu sentia.
Fechei os olhos e respirei fundo por alguns segundos. Todos não falaram mais nada e respeitaram meu tempo.
Depois de fazer toda força que eu tinha, pela segunda vez, escutei o choro do meu primeiro bebê.
Não me conti e soltei todas as lágrimas que eu segurava, que estava intalada.
- Esse vai ser quem? - Doutora Dora disse sorrindo.
- O Bernardo... - Disse e Luan concordou.
- Vamos colocar a pulseirinha com o nome dele, e limpá-lo. Depois te entrego os três, está bem? - Assenti. - Vamos lá, mamãe! Ainda tem mais um casalzinho ai dentro! - Sorri e voltei a respirar fundo. Era a minha técnica.
Ao contrário do Bernardo, a Gabriela e o Rodrigo resolveram vir ao mundo muito mais rápido.
Em pouco tempo já estava com os três em cima de mim, que choravam sem parar.
Já dei o peito ali mesmo para eles e só assim se acalmaram. A Gabi era a mais agitada.
- Dói? - A doutora me perguntou.
- Nada comparado a minutos atrás. - Ri. - Brincadeira. Dor nenhuma se compara a essa sensação!
- Pega a Gabi enquanto os meninos mamam, papai. Essa vai te dar trabalho! - Luan fez careta, nos fazendo ri.
Com muito custo e bem desajeitado, com a ajuda da doutora, ele conseguiu pegar a bebê, que se acalmou em seus braços.
- Pelo visto, essa não vai desagarrar do pai. - Falei e Luan nem me ouviu.
Sua carinha de bobo era visível, enquanto olhava a filha.


         ...

Eu estava tão feliz com aquele momento. Coisa nenhuma tinha me dado tamanha felicidade como aquela e eu que achava que era feliz antes, mal sabia o que era ser realmente feliz. Nada se compara a sensação de ser pai, de sentir seu filho nos braços, de se sentir pai.
Eu já sabia que era pai, mas só me sentir mesmo, quando peguei a Gabi pela primeira vez. Eu queria mostrar eles pro mundo e dizer o quanto eu estava orgulhoso.
Nathália foi pro quarto morta de cansada. Eu tava com dó dela, era visível seu cansaço.
Dei um beijo em sua testa e ela sorriu antes de fechar os olhos. Até me assustei um pouco.
- Isso é normal, doutora?
- Pra quem deu a luz a três de uma vez só, é sim, Luan! - Doutora Dora riu de mim e eu também sorri aliviado.
Troquei de roupa e fui ligar para os meus pais e meus sogros. Com aquilo tudo eu tinha me esquecido de comunicá-los.
Em poucos minutos todos já estavam no hospital.
Não demorou muito para deixarem nós irmos ver os bebês e Nathália. Todo mundo dizia que a Gabi era a minha cara, inclusive minha mãe, que até chorou. 
No final do dia todo mundo já estava sabendo do nascimento dos nossos filhos. Nathália recebeu muitas visitas, dos meus amigos e dos dela. Lorena não queria soltar os bebês, sempre que tinha que entregar um, pegava outro, nos fazendo ri.
- Quero saber como o lerdo do Luan vai diferenciar o Bernardo e o Rodrigo. - Rober disse e nós rimos.
- Cala a boca que pau sempre sabe, eu não vou ser diferente e agora no começo vão ficar com as pulseiras que eu mandei fazer pra eles. - Riram de mim. Realmente sem pulseirinhas eu não iria saber quem era quem.
Tirei uma foto e resolvi postar pros meus fãs. Mesmo com um pouco de receio. Não queria expor meus filhos, mais seria inevitável, uma hora isso iria acontecer e além do mais, o mundo precisava saber da minha felicidade.


Minhas vidas! Agora eu tenho quatro razões para ser feliz! :")




Estão gostando da reta final? Quero comentárioos! (: bjs!


domingo, 12 de julho de 2015

Capítulo 96




Voltamos pro Brasil no final da semana. À felicidade estava completamente a vista na nossa casa, na nossa familía.
No outro dia, fui a uma festa com Luan de última hora. Seria a entrega de um prêmio.
Ele nem iria, mas avisaram que ele tinha ganhado e sua assessora achou melhor que ele comparecesse.
Os flashs, assim que chegamos no local do evento, quase me cegaram e as pessoas gritando o tempo inteiro sobre minha gravidez, quase me deixaram surda. Eu ria interiormente do meus pensamentos.
Já Luan estava preocupado comigo por causa do tumulto.
Era sempre daquele jeito. Desde que minha barriga começou a crescer, a vida dele era se preocupar comigo, as vezes me deixando até irritada.
Conversamos com alguns amigos, comemos, bebemos, Luan recebeu seu prêmio e meus pés começaram a doer, dando sinal que meu corpo já queria cama.
- Tá cansada, amor? - Luan falou baixo no meu ouvido, já que estávamos em uma rodinha de amigos.
- Tô sim, meus pés estão doendo e acho que começando a inchar.
- Vamos embora, então! - Nos despedimos rapidamente de todos e saímos da festa.
Como eu já previa, todos os fotógrafos e repórteres ainda estavam no mesmo lugar.
- Vamos falar e acabar com isso logo. - Falei com Luan que me olhou pensativo.
Paramos com todos e respondemos as perguntas que dava enquanto posávamos para as fotos.
- São três mesmo, Nathália? Acaba com a nossa dúvida, vai!
- (risos) São três sim!
- Mentira! E o sexo? Tá feliz, Luan?
- São dois meninos e uma menina. Mais feliz impossível!
- Os nomes?
- Ainda não decidimos, gente! Valeu! - Luan deu fim aquela pequena entrevista.
Cheguei em casa quase morta de cansada. Dormi no carro e Luan me levou no colo até o quarto, acordei assim que ele me colocou na cama. - Quer que eu tiro sua roupa?
- Seria bom! - Sorri, voltando a fechar os olhos.
- Só abusa de mim! 
- Poxa, amor! Tô cansadinha, carregando três filhos seus! - Fiz drama e ouvi a gargalhada do Luan.
- É, isso não deve ser fácil mesmo! - Luan me ajudou a vestir meu pijama e até massageou meus pés.
Nem vi a hora que peguei no sono. Fui dormir nas nuvens.
O aniversário do Luan tinha chegado e ele tinha até esquecido, de tão ansioso pros nossos bebês nascer. Ele faria só um churrasco com um almoço, mas ainda sim daria bastante gente.
Já tínhamos escolhido os nomes dos nossos bebês e falaríamos para todos.
Eu comi mais que o normal e até passei um pouco mal, fazendo Luan brigar comigo.
Na hora de partir o bolo, ele fez discurso e tudo.
- Queria agradecer a presença de vocês, em primeiro lugar, por estarem sempre comigo esse tempo inteiro, nas horas mais difíceis e mais especiais também, como agora. A mulher da minha vida esperando três filhos meus ao mesmo tempo, dá pra acreditar? - Ele me olhou e riu com lágrimas nos olhos. - E pensar que no meu próximo aniversário eu já vou estar com eles no colo. É um sonho mesmo tudo que eu to vivendo! Obrigado, amor! Obrigado por ser uma esposa, amiga e companheira perfeita, por me dar três filhos! - Fiquei vermelha de vergonha. Já estava emocionada. - Vou parar antes que eu chore! - Rimos dele.  - Então que venha o Bernardo, o Rodrigo e a Gabriela! - Luan levantou um brinde e todos nós lhe acompanhamos.
Todo mundo veio nos perguntar dos nomes e pelo visto, tinham gostado bastande. Queríamos nomes fáceis e bonitos. Chegamos em uma só conclusão em pouco. Pouco tempo depois que escolhemos, porque ficamos mais de um mês pesquisando.
Ele fez questão de participar de tudo. Inclusive da escolha dos móveis do quarto, que a princípio seria um só para os três. Seria mais fácil para mim. Obviamente que depois cada um iria querer o seu.
Luan chegou de manhã no dia da escolha dos móveis, eu tinha uma consulta naquela hora e ele fez questão de ir junto. Da clínica, partimos para o shopping.
Tadinho, ele estava virado e quase caindo de sono, me deu até uma dozinha.
Preparei um banho relaxante pra ele na banheira, assim que chegamos. Dormiu como um anjo o dia todo e acordou ás seis horas morto de fome.
O quarto dos bebês tinha sido montado em pouquíssimo tempo. Tinha ficado a coisa mais linda do mundo. Mandei uma foto pro Luan, que depois me chamou no FaceTime chorando. Sim, ele chorava de verdade. Eu ria da carinha dele, enquanto ele se fazia de bravo.



(...)

O tempo passou voando tanto, que eu mal acreditei quando acordei de manhã com contrações.
Por sorte Luan tinha acabado de chegar de uma turnê e dormia do meu lado.
- Amor! - Acordei ele com dificuldade.
Luan me olhou espantado quando viu minha cara. Ficou mais pálido que eu.
- Ai meus Deus! Vai nascer? - Assenti sorrindo.
- Vai, amor! Nossos bebês! - Gemi de dor.
Ele levantou rápido.
Vestiu só uma calça, já que estava de camisa. Tentou me ajudar trocar a roupa também, mas não deu. Eu estava sentindo muita dor.
Ele me levou no colo para o carro, quase correndo e voltou pra pegar as quatro bolsas. Minha e dos bebês.
- Ainda bem que coloquei as cadeirinhas aqui ontem! - Olhei para os bancos de trás e sorri. - Vai ficar lindo essw carro todo cheio! - Ri.
- Vai ter que ficar com uma van da produção... - Gemi com outra contração.
O trânsito de São Paulo estava a todo vapor e minhas contrações só iam aumentando.
Comecei a ficar aflita e Luan mais ainda, já roia quase que o dedo inteiro.


sábado, 11 de julho de 2015

Capítulo 95




Depois de comermos bastante, e aproveitarmos aquela festinha, principalmente eu que me entupi de algodão doce, fomos enfim fazer a revelação.
O pessoal gritava nos apressando enquanto eu ria. Juntou todo mundo em volta da mesa, enquanto eu e Luan fomos para trás dela. 
- Calma! Já vamos cortar! - Ri e peguei a espátula.
Parti junto com Luan o lado azul, onde a massa também era azul e mostrei para todos.
- Um menino! Não acredito! - Bruna gritou.
- Esperem! - Eu e Luan partimos mais uma vez, só que dessa vez o lado rosa.
- Não tô entendendo! - Escutei a voz do meu irmão enquanto partia a terceira fatia, novamente azul.
- Tá, vocês nos confundiram! - Minha mãe disse.
- Não entenderam? São três! - Luan disse.
- Trigêmeos! - Complementei.
- Parem de brincar! - Ri do meu pai.
- Não é brincadeira!
- Por isso essa barriga imensa! - Bruna colocou a mão na boca assustada.
A ficha de todo mundo demorou a cair, mas finalmente foram nos abraçar.
Sim, trigêmeos. Foi um tremendo choque pra mim e pro Luan.
Mesmo a doutora nos dizendo que tinha essa chance, mas eu nunca tinha imaginado que poderia vir gêmeos, quanto mais trigêmeos. Dois meninos e uma menina.
- Vocês vão ficar doidos com três ao mesmo tempo!
- Obrigado pelo insentivo, piroca! - Ri dos dois, que pareciam duas crianças.
- Pra quem esperava ter dois netos, agora quatro! - Meu pai ainda estava assustado. 
- Daqui a pouco o choque passa, seu Murilo! Eu também fiquei assim! - Rimos do Luan.
- Só acho que podia ser três meninas pro Luan ficar maluco! - Rober disse.
- Cala a boca! Deus foi bom comigo, eu não merecia isso!
- (risos) Que exagero, amor!
- Não é arriscado viajarem? Já está de sete meses. - Seu Amarildo perguntou.
- Está tudo ótimo conosco, seu Amarildo! Minha médica liberou. Ela até disse que podia correr o risco de eu ter antes da hora, mas na última consulta ela disse que está tudo ótimo. Tenho líquido suficiente até os nove meses!
No outro dia, acordamos super cedo, nos despedimos de todos e fomos correndo para o aeroporto. Estávamos atrasados, tudo culpa do Luan, que demorou tomando café e ainda reclamava de fome.
- Nossa, que comida ruim! - Ele falou, fazendo careta.
Já estávamos no avião.
- Fala baixo! - Cutuquei sua barriga.
- Eu falo alto mesmo, essas passagens foram uma fortuna. Exijo comida boa!
- Eu nem te conheço, Luan. - Ele riu de mim.
Virei para o lado e dormir a viagem inteira, pra variar. Era só isso que eu andava fazendo mesmo.
Luan que me acordou, assim que chegamos, enquanto reclamava do meu sono pesado.
A nossa viagem foi completamente perfeita, ou quase, eu e Luan tivemos várias brigas bestas.
Meu humor estava alterando e ele também não fazia por onde. Mas confesso que não aguentávamos dormir brigado um com o outro.
Uma de nossas brigas foi por eu ter olhado para um homem. Eu nem tinha olhado, virei a cabeça para olhar o mar, assim que ele passou e isso quase fez o Luan pirar. Naquele dia eu ignorei ele o resto da tarde.
Fizemos as pazes antes de dormir mas ele ainda acordou pensando naquilo e não queria sair de casa de jeito nenhum. Ele tinha alugado uma casa. Eu tinha achado desnecessário mas ele alegava querer mais conforto pra mim e pros gêmeos.
Resolvi não contrariar a fera e ficamos em casa mesmo. Pediríamos comida pelo telefone.
Ficamos na piscina e logo o clima de briguinha entre nós tinha passado. Ele conseguia me amolecer.
Acabou que eu gostei da ideia de ficarmos ali, só nós dois, nos curtindo.
- Temos que aproveitar que daqui a pouco vai ter três pra nos atrapalhar!
- Credo, amor! - Bati em seu braço e ele riu.
- Brincadeira...Mas até eles crescerem não vai ser como agora.
- Eu sei. Nossa vida vai mudar...Pra melhor! E eu tô doida pra que isso aconteça! - Sorri e Luan me puxou para um beijo gostoso.
Nosso dia terminou com nós dois ali, naquela piscina, nos amando intensamente. Com o sol se pondo.
Não tinha vista e sensação mais gostosa.
Jantamos em um restaurante ali perto e nos deitamos no sofá para vermos um filme. Adorava a sensação de sentir ele me abraçando com tanto amor.
Pela primeira vez Luan dormiu primeiro e eu terminei de ver o filme.
Entrei na internet pelo meu celular e postei uma foto que ele tinha tirado minha mais cedo.


Ta chegando a hora! Não vejo a hora de ter meus três amores nos meus braços!

Ri com o alvoroço que fiz e a confusão que deixei na cabeça das pessoas com uma simples legenda.



segunda-feira, 6 de julho de 2015

Capítulo 94





Acordei com meu celular tocando. Era o Luan.
- Oi, amor!
- Tava dormindo ainda, gatinha? 
- Tava...Que horas são?
- Já são duas da tarde!
- Nossa! Dormi demais! - Ri.
 - Você só faz isso ultimamente, amor! - Ele riu. 
- Besta!
- Olha no meu instagram, o que eu acabei de postar.
- O que?
- Olha que depois eu te ligo, muié! Vai almoçar também!
- Pode deixar, amor! - Me despedi dele e fiz o que tinha pedido.
Luan tinha acabo de anunciar sobre a minha gravidez, o que não assustou ninguém.
As pessoas nos cobravam um filho desde que completamos um mês de casados.

( 3 meses depois )

Encontrei com Luan, que estava chegando de uma agenda lotada de shows, em frente à clínica da minha ginecologista. Nós descobríamos naquele dia o sexo do nosso bebê.
A fecilidade não cabia em mim e Luan estava tão animado que até me assustava um pouco, até quando ele descobriu minha gravidez não tinha ficado tão feliz. Acho que finalmente a ficha tinha caído.
- Sabe o que eu tava pensando? - Esperávamos a hora de entrarmos. 
- O que? - Luan deixou de mexer no celular para me olhar.
- Que a gente podia falar o sexo pra todo mundo, só mais tarde. Em um tipo de chá de revelação.
- Quer esconder de todo mundo?
- Matar todo mundo de curiosidade. - Ri.
- Até a nossa familía? - Assenti. - As mulheres vão morrer! - Rimos.
E assim foi feito, fiz a ultra, escutamos o coração. Me emocionei tanto, até chorei.
Foi difícil mas decidimos levar a minha ideia adiante.
- Eu não acredito que você vai fazer isso comigo, cunhada! - Bruna me fazia ri.
- Só daqui a três meses que vocês vão saber.
- Que maldade! Eu juro que não conto pra ninguém! - Neguei.
- (risos) Vai passar rapidinho!
- Poxa! Posso ajudar no chá, pelo menos?
- Deve!
- Pelo menos isso...
- Exagerada! Vai ser mais legal.
- Isso é verdade! - Ela riu.
No outro mês já começamos os preparativos. Minha barriga já estava imensa, o que assustava todo mundo. A minha animação com tudo aquilo era nítida. Acho que até exagerei um pouco, parecia mais uma festa de um aninho. Luan vivia dizendo, me fazendo ri.
E estava difícil fazer o Luan guardar segredo por tanto tempo, já estava louco pra sair dizendo pra todo mundo.
Depois de alguns dias a imprensa divulgou uma foto minha e do Luan entrando na clínica de inseminação e aquilo causou na internet, já estava em todos sites e programas de TV. 
Eu não estava nenhum pouco preocupada com aquilo.
Luan me ligou de noite, no camarim de um show, preocupado se eu estaria mal pelas coisas que estavam falando.
- Amor, relaxa! Pode falar tudo!
- Tem certeza?
- Claro que sim! Pra que esconder isso? Não é vergonha nenhuma!
- Eu sei mas vão perguntar o por que e...Não quero dar detalhes da nossa intimidade. Expor você!
- Você não vai me expor! Pode contar tudo, amor! - Ri e ele pareceu mais aliviado.
No outro dia aquela entrevista já estava em todo lugar.
"Luan Santana revela que sua mulher engravidou sim por meio de inseminação!"
As fãs se assustaram com a revelação e até achavam que a entrevista era falsa, me fazendo ri.
Entrei na minha rede social e resolvi reforçar o que Luan tinha dito, para mostrar também que aquilo não me incomodava nenhum pouco. Na verdade, nunca me incomodou.
"Gente, eu engravidei sim por meio de inseminação!"
" Já sofri um aborto de um ex namorado e tenho dificuldades para ter filhos"
" Não me envergonho de falar, pelo contrário! Estava doida pra ser mãe e tô super feliz! O Luan não é diferente!"
Quatro meses se passaram voando, minha barriga não parava de crescer. Já com sete meses de gestação eu já sentia dores nos pés.
Naquele dia seria nosso chá de revelação, no outro dia viajaríamos para os Estados Unidos, a pedido meu mesmo. Só ficaríamos três dias, mas eu estava muito animada. 
Tinha ficado tudo lindo, metade azul e metade rosa. Tinha dado trabalho organizar e comprar tudo em dobro, mas tinha valido a pena. Eu cortaria o bolo, metade azul, metade rosa para revelar o sexo do bebê. Tinha ficado diferente, super bonito. Tirei uma foto e logo postei.


É hoje! Menino ou menina ? :x

A festa foi na nossa casa mesmo, para todos. Não tinha só mulher, o Luan chamou bastante amigos. 
Fui tomar meu banho para finalmente começarmos tudo.



" Consegui escrever hoje, vou fazer de tudo pra postar outro essa semana. Bjs!"


sexta-feira, 3 de julho de 2015

Capítulo 93


Amores, o capítulo ficou pequeno mas foi um dos mais especiais da fanfic.
Eu resolvi apostar em algo diferente e tô com um pouco de medo de não gostarem porque o diferente sempre assusta. Mas eu espero do fundo do meu coração que curtam. Ah eu disse que tudo que faço tem uma finalidade, agora sabem porque da gravidez no meio da fic. Tá na reta final! Bjs!




Entrei no quarto e me joguei na cama chorando. Era tudo o que eu mais queria no momento, ser mãe, e parecia uma coisa quase impossível no momento.
Ouvi a porta do quarto abrindo, depois de alguns minutos e continuei com meu rosto virado para o outro lado.
- Amor! - Escutei a voz do Luan, mas continuei calada. - Me escuta, vai... - Suspirei e me virei para olhá-lo. Ele se sentou do meu lado na cama.
- Fala.
- Você tava chorando? Não chora, vai!
- Não tem como...
- Olha, eu pensei bem, pensei muito bem e se é isso que você quer, eu vou fazer o que posso, mesmo achando que ainda deveríamos tentar do modo tradicional.
- Luan, eu também entendo seu lado. Eu também queria engravidar da maneira tradicional, mas não posso... - Voltei a chorar e desviei meu olhar do seu. - Eu não quero ficar tentado, enquanto eu posso ter esse bebê mais rápido. Eu quero ser mãe logo e não ficar sofrendo por não conseguir engravidar, ou não conseguir segurar o bebê. Isso é muito importante pra mim, amor. Eu quero muito esse filho e você? - Voltei a olhá-lo e dessa vez ele me olhava com um olhar mais compreensivo.
- É claro que eu quero, meu amor! Me desculpa ser tão idiota e insensível com você. A gente vai ter o nosso bebê, tá? Não importa a forma, mas vamos ter. - Ele sorriu e me puxou para um abraço que me deixou bem mais aliviada. Meu coração pulava de alegria.
- Obrigada por entender, amor! Quando marcaremos outra consulta? - Luan riu da minha pressa e me puxou para um beijo. 

Foi a partir daí que minha vida se resolveu de vez e eu me sentia plenamente feliz. Eu teria meu filho.
Voltamos na outra semana no consultório da doutora Dora, que ficou feliz com a nossa decisão.
Quando saímos do consultório já fomos comprar os remédios que eu deveria tomar por dez dias. O tratamento já tinha começado e meu coração era só felicidade.
Durante aqueles dez dias, eu tive que ir fazer um ultra-som, tudo muito bem acompanhado pela doutora, que estava sendo um amor comigo.
Luan só foi o primeiro dia e ficou chateado com isso, ele estava preocupado e queria me acompanhar em tudo, mas como não era possível, ligava todos os dias pra saber se sua mãe ou sua irmã tinham ido comigo. Minha mãe também ia em seus dias de folga.
Nós dois fizemos um série de exames também, antes dele voltar a viajar, para ver se tínhamos algum tipo de doença e deu tudo certo.
No começo, confesso que a nossa família ficou com pouco assustada com a ideia, mas depois que expliquei tudo, todo mundo nos apoiou.
No décimo dia, a doutora me passou outro medicamento para introduzir a ruptura dos folículos para a liberação dos óvulos. 
Continuei indo todos os dias me consultar, até que fizemos uma ultrassom que decidiu tudo. 
Naquele dia a doutora marcou o dia e a hora da minha inseminação. Eu não me cabia de alegria.
Depois de um mês só de tratamento, finalmente o dia tinha chegado. 
Tivemos que chegar mais cedo que o horário marcado, já que teriam que colher o sêmen do Luan, que estava tão nervoso quanto eu, ou até mais. 
Era uma experiência nova, mas confesso que não estava achando nada muito fora do normal, nem de outro mundo. 
Naquele hospital tinha tantas mulheres, todas diferentes uma das outras, mas com o mesmo sorriso no rosto, o mesmo sonho estando prestes a se realizar. Ali eu vi que não era a única com problema no mundo, como eu pensava.
O procedimento foi um sucesso e com um sorriso no rosto, Dora nos disse que era só esperar.
Nos indicou ficar sem relações sexuais por 16 dias, que seria quando eu faria um exame de gravidez.
Mas eu sempre soube. Desde que saí daquela sala que realizaram o procedimento, eu já me sentia grávida. Coração de mãe nunca se engana.
Foi assim que eu engravidei do meu primeiro bebê. Sim, no décimo sexto dia fui fazer o teste, que como eu previa, tinha dado positivo. 
Meu dia entrou em festa, minha vida entrou em festa. Eu tinha certeza de que finalmente realizaria meu sonho. 

- Amor, você tem noção? Estamos grávidos! - Fui atrás do Luan, que estava no nosso quarto trocando de roupa. 
Na nossa casa rolava um churrasco de comemoração e minha mãe e minha sogra faziam o almoço, enquanto os homens ficaram responsáveis pela carne na churrasqueira.
- Eu tô digerindo a ideia ainda! - Ele riu.
- (risos) To te achando tão caladinho. 
- Eu não tava preparado, amor. Confesso que rezei pra isso acontecer todos os dias, agora eu tô ...
- Bobo! - Completei rindo.
- Amor, é sério. Eu vou ser pai mesmo?
- Claro, amor! Eu não vejo a hora de ganhar.
- Você é muito ansiosa! - Ele riu.
- Não tem ideia de como eu tô feliz! E eu to sentindo que eu vou segurar o bebê. 
- É claro que vai, amor. Vamos ter esse filho! Eu tô muito feliz também! - Ri e lhe puxei para um abraço.
A carinha de bobo do Luan era impagável. Mas eu entendia ele, a minha ficha também não tinha caído direito.

Apesar de termos passado por vários procedimentos para termos nosso bebê, ele não seria diferente por isso, nem menos amado porque não foi feito do modo convencional.
Pelo contrário, ele tinha sido feito sim com amor e era o bebê mais esperado do mundo. 



" Me desculpem o tamanho do capítulo. Ontem n postei pq foi meu aniversário e eu sai, hoje tmb fiquei fora o dia td e cm eu já disse, to enrolada cm provas :/ tenham paciência cmg essa semana, mas os últimos capítulos vão sair ainda esse mês. Qnd eu tiver alguns escritos (pq o meu estoque já acabou rs) eu posto mais de um por dia. É isso! "


quarta-feira, 1 de julho de 2015

Capítulo 92





- Amor, ta decido eu vou no médico! - Acordei Luan dizendo, que me olhou zonzo.
- Hã? 
- Eu pensei a noite toda, mal dormi. Eu vou no médico ver o por que de eu não consegui engravidar.
- Amor, não se precipita! Espera mais um pouco, logo você engravida... - Ele se sentou.
- Não! Eu não quero! Já marquei e tinha uma vaga pra agora, já estou indo.
- Nathália...
- Eu juro pra você, que se eu não tiver nada eu vou deixar o tempo passar. Eu vou parar de paranóia.
- Jura? 
- Eu juro! 
- Tudo bem! Me dá dez minutos pra eu me arrumar?
- Você vai comigo?
- Eu nunca vou te deixar sozinha, amor. - Sorri e Luan selou nossos lábios antes de se levantar.
Confesso que fui os quarenta minutos, que levamos do condomínio ao hospital, por conta do trânsito, rezando para que eu não tivesse nenhum problema para engravidar e que a médica me dissesse que era só esperar para isso acontecer.
Esperamos dez minutos e a secretária já nos mandou entrar. Estava com medo e Luan pegou na minha mão me passando segurança.
- Calma! Sua mão está gelada, amor! - Ele sussurrou no meu ouvido e eu só assenti.
Cumprimentamos a doutora, que parecia bem simpática e começamos a consulta.
Fiz todos exames que ela pediu e me incomodei quando disse que ficariam prontos em uma semana. Eu não aguentaria sete dias de agonia. Luan percebeu.
- Doutora, não dá pra pedir com urgência? - Luan pediu e ela nos olhou assustada. - Eu vou falar a verdade pra senhora. Nathália anda muito nervosa com isso. Eu já falei, minha mãe, a mãe dela, minha irmã...Nada adianta. Acho que ela morre uma semana esperando esses exames.
- Nathália, isso não pode! Ás vezes pode até ser seu psicológico que não te deixa engravidar, porque quer muito, ou pode até ter uma gravidez psicológica. - Me assustei.
- É mais forte que eu doutora.
- Olha, eu vou pedir seus exames com urgência sim. Vocês têm o dia livre? - Assenti.
- Me dão uma hora?
- Sério? Claro! - Sorri.
Ficamos ali mesmo na clínica. Eu não conseguia nem conversar de tão nervosa.
Minha mãe ligou pro Luan, já que eu tinha esquecido meu celular em casa, brigou comigo por estar tão nervosa, mas não me importei.
Voltamos pro consultório assim que uma enfermeira foi nos chamar.
- O que eu tenho doutora?
- Nathália, olha você tem uma infecção uterina.
- E isso é grave? - Já começava a ficar nervosa.
- Olha, você pode sim engravidar e como eu imaginava, ainda não engravidou pelo uso prolongado de anticoncepcionais, mas na maiora das pessoas que tem essa infecções, acontece uma gravidez ectópica.
- Ectópica? - Luan perguntou confuso.
- Fora do lugar apropriado...
- E isso tem risco?
- Grandes riscos. Não vou mentir pra você, pouca gente leva até o fim. - Suspirei pesado.
- E agora? O que a gente pode fazer? - Luan começou a perguntar, nem isso eu queria mais fazer.
Na minha cabeça, eu não poderia ter filhos nunca e meu sonho de ser mãe, junto com o sonho de Luan de ser pai iria por água abaixo.
- De verdade? O caso dela já está bem avançado, dá sim pra tentarem naturalmente, mas pode demorar, pode sofrer um aborto espontâneo, eu indico uma inseminação artificial.
- Inseminação? - Falei pela primera vez.
- Não precisa ficar assustada, é normal hoje em dia. Eu acredito que assim sua gravidez vai adiante, pode não ir de primeira mas vai.
- Eu não sei...
- Não é nenhum bicho de sete cabeças, confiem em mim!
- Mas... O filho vai ser meu? - Luan perguntou um pouco confuso e a doutora riu. 
- É sim, Luan, fica tranquilo! A gente vai implantar nela o seu sêmen.
- Ah!
- Olha, eu vou passar pra vocês todo processo, vou escrever tudo e vocês pensem bem em casa. Pode perguntar sua mãe, Nathália. É quase cem por cento certo. - Assenti. Era uma velha conhecida da minha mãe.
- E por que isso agora, Doutora? Eu nunca tive problema nenhum...
- Já sofreu algum aborto? - Assenti. - Sabia. Isso tudo é consequência de um.
- Mas eu conheço pessoas que engravidaram depois disso.
- Nós somos diferentes, Nathália. Cada corpo é de um jeito.
- Eu fui a premiada!
- Você e mais milhares de mulheres e quase todas conseguiram seu objetivo. - Ela sorriu.
Fui pra casa pensando na possibilidade. Eu tinha me interessado pelo método e que mal tem? Era melhor uma coisa mais certa do que ficar anos tentando.
- O que você achou? - Luan me perguntou assim que chegamos em casa.
- Eu gostei da ideia...
- Tá falando sério?
- Tô, por que?
- Nathália, você vai engravidar através de uma clínica, poxa! E eu? Como eu fico? Com meu orgulho ferido por não poder engravidar minha própria mulher. Os médicos vão fazer isso por mim. 
- Luan, que pensamento idiota! O problema não é você, sou eu!
- A gente pode tentar. Ela disse que você pode engravidar.
- Tentar mais, Luan? Eu quero um filho logo e não perder anos tentando. Você ouviu também que quase ninguém segura a gravidez?
- Por que você não pode fazer parte da minoria?
- Eu desisto de conversar com você, Luan! Não vai entender nunca? Não é você que vai se sentir péssima por não poder ter um filho, você não vai sofrer com eu, se eu perder outro bebê, não é você que é o problema! É o meu sonho e você só quer saber do seu orgulho idiota! - Subi as escadas chorando
Minha única chance de ser mãe e meu marido não queria fazer o procedimento por causa de um machismo completamente idiota.






segunda-feira, 29 de junho de 2015

Capítulo 91


         ...


Acordei e Nathália ainda dormia em meu peito. Cansamos tanto, que pegamos no sono rápido, sem trocar uma palavra um com o outro, sorte que o show daquele dia era bem tarde. 
Peguei seu celular do meu lado pra ver as horas, mas não resisti e fui ver de novo a foto que tinha tirado mais cedo. Tão linda.
Passei pro meu celular e resolvi postar, como uma prova pra ela que eu controlaria mais meu ciúmes.


Minha princesa!

A noite ela foi comigo pro show, linda como sempre e se assustou quando um repórter lhe questionou do ensaio. Depois lhe contei que eu havia postado a foto e provavelmente a revista também.
- Você postou? - Ela riu.
- Postei, amor! O que é bonito é pra ser mostrado! - Lhe abracei.
- Quem é esse Luan? Devolve meu marido! - Gargalhei.
- Boba! - O show não demorou muito pra começar e minha mulher o assistiu do lado do palco, bem pertinho de mim.
De noite, quando acabamos de nos amar pela segunda vez no dia, ficamos conversando e eu soltei um pouco sem querer o que pensava.
- A gente não tá se protegendo mais, né? - Ela negou. - Você podia engravidar!
- Você quer um filho agora?
- Me deu uma vontade... - Ri.
- Mas pensa, amor. Filho agora vai ser tão trabalhoso, se tivéssemos filho eu não poderia estar aqui.
- Quem disse? Ele iria estar junto ou ficaria com a minha mãe.
- (risos) Você quer isso mesmo, não é?
- Você não quer ser mãe?
- Eu... - Ela suspirou.
- Me desculpa tá te pressionando. Eu tinha me esquecido.
- Amor, não pede desculpas. Eu que to sendo uma boba por estar louca por ser mãe de um filho seu, mas está morrendo de medo.
- Não precisa ter medo! Eu tô aqui com você. Mas você quer mesmo?
- Agora eu quero... Já casei, to trabalhando direitinho, tô com o homem da minha vida! - Ri e beijei seus lábios de leve.
- Eu também quero muito ter um filho com a mulher da minha vida! - Ela sorriu e me puxou para um beijo.

( 4 meses depois )

Passou quatro meses depois que fiz um simples pedido, no meu ponto de vista, para Nathália.
Que eu queria ser pai. O que eu pensei que ela até esqueceria, virou uma meta para nós dois que estávamos mesmo empolgados com a idéia de um bebê. Nathália, principalmente o que me deixou feliz já que ela tinha muito medo de engravidar de novo e aquilo tinha passado.
Depois de meses tentando, ainda não tinha nenhum sinal de nada.
Cheguei de viagem e Nathália via TV deitada no sofá. Suspirei quando vi sua carinha.
- Amor! - Ela me olhou sorrindo, mas nem se levantou.
Fui até ela e lhe abracei, antes de beijá-la.
- Como foi de viagem?
- Foi tudo bem! Por que ta com essa carinha?
- To normal...
- Amor, você sabe que não me engana. - Ela suspirou.
- Minha menstruação desceu de novo.
- Meu amor, eu já te disse que ta muito cedo. Calma!
- Eu queria engravidar... - Ela resmungou e eu puxei sua cabeça para o meu colo.
- A gente vai ter um bebezinho, confia em mim!
- Já se passaram quatro meses.
- Acabamos de nos casar. Temos a vida toda pela frente! - Sorri, tentando passar segurança pra ela, que me acompanhou.
Ela vivia com a carinha triste, o que me dava uma dó imensa, mas tudo que eu podia fazer eu fazia.
Fomos almoçar na casa da minha mãe naquele dia a pedido meu, para ver se Nathália se animava um pouco.
          ...
 Depois do almoço, me sentei com Bruna e a Bia na varanda de sua casa, enquanto Luan matava a saudade de seus pais. 
Contei pra ela toda frustração que eu estava passando no meu desejo de ser mãe.
- Calma, amiga!
- O que o Luan mais me fala. Mas já se passaram quatro meses!
- É pouco! Acabaram de se casar, você mesma me disse uma vez que toma anticoncepcional desde adolescente. Isso pode demorar um pouco!
- Eu sei, minha mãe já me disse! - Suspirei.
- Vai dar tudo certo...
- Deus te ouça!
- Você vai ver. Já já a Biazinha vai ganhar um priminho e deixar de ser neta única. - Ri dela, que fazia voz de criança.
- Ela nunca vai perder o trono. Tô com medo!
- Não pensa em coisas ruins. Você vai engravidar! - Por mais que todo mundo me falasse isso várias vezes, eu ainda sim não me sentia segura.
- Quando eu não queria...
- Para, Nathália! Para de lembrar disso. Lembra no agora, no bebê que vai ser filho do homem que você ama! Esquece o passado!



quinta-feira, 25 de junho de 2015

Capítulo 90





Cumpri o que eu tinha prometido pra mim mesma e dei um gelo no Luan o resto da nossa viagem.
Voltamos pra casa na quarta-feira de tarde e de noite Luan teria que viajar para cidade do seu show.
- Amor, eu já te pedi desculpa! Me perdoa, vai! - Ele disse assim que desceu com sua mala.
A van já lhe esperava do lado de fora.
- E eu já te desculpei. 
- Não desculpou! Me perdoa, eu sou esse bobo ciumento mesmo.
- Eu já te disse pra confiar em mim.
- Poxa, Nathália, quando você tinha seus ataques de ciúmes lá no começo eu tinha que compreender...
- Mas não compreendia. - Lhe interrompi cruzando os braços.
- Mas você sabe como é ruim isso, deveria sim me entender.
- Ah, ta bom, Luan! - Bufei.
- Eu já vou...
- Tchau! - Confesso que fiquei com pena da carinha que ele fez, mas eu estava com raiva dele.
- É assim, não é? - Não disse nada e ele suspirou. - Tchau!  Começou a andar em direção a porta e quando tocou na maçaneta lhe chamei.
- Luan!
- O que? - Ele se virou para me olhar e eu me aproximei.
Segurei seu rosto e dei um selinho demorado em seus lábios.
Mesmo com toda raiva do mundo eu nunca conseguiria deixar de me despedir direito dele.
Luan sorriu de lado e finalmente saiu.
A minha semana passou lenta e tediosa, só o trabalho me distraia, por esse motivo fui trabalhar no sábado, o que eu tinha cortado dos meus planos. Mas eu estava com bastante trabalho e decidi adiantar também, além do mais a Bruna tinha viajado com meu irmão e a Bia, me deixando mais no tédio ainda.
- Nathália, chegou isso pra você! - Agradeci minha secretária e peguei uma carta da sua mão.
Me sentei para ler e me surpreendi.
Era um convite de uma resvita para que eu tirasse algumas fotos para eles, nada demais. Em baixo tinha um telefone e mandava eu ligar dando minha resposta. Liguei na hora.
- Oi, aqui é a Nathália.
- Ah, claro! Enviamos uma carta pra você ontem.
- Eu só recebi hoje, me desculpe!
- Tudo bem! E aí? Vai aceitar? - O homem com a voz mais afeminada falava.
- Ah, não...Me desculpe mas não sou modelo.
- (risos) Nós sabemos, menina, mas queremos você na nossa capa de aniversário. É muito linda e te transformaremos em uma modelo em dez minutos.
- Obrigada mesmo, mas acho que não... - Ri sem jeito.
- Olha, te dou até amanhã pra decidir, conversar com seu marido, com a assessoria dele.
- Tudo bem! - Me despedi dele.
Fiquei pensando nessa proposta o dia todo. Liguei pra minha cunhada e Lorena, que me insentivaram a fazer as fotos. Estava começando a gostar da ideia.
Não falei nada com Luan, era de certo ele impacar minha vida. Decidi tirar as tal fotos e depois eu lhe falava, não iria atrapalhar em nada sua carreira.
Liguei confirmando tudo e eles marcaram no outro dia mesmo pra eu ir lá acertar tudo e tirar as fotos.
Não eram muitas. 
Me mandaram o contrato por email e no mesmo instante mandei pro do meu pai que me respondeu em uma hora, dizendo que eu poderia assinar tranquilamente.
No outro dia eu viajei pro Rio de Janeiro, onde era a empresa, com as passagens paga por eles mesmo.
Um carro me pegou no aeroporto e me levou até o hotel. O moço que falava comigo pelo telefone se apresentou como Júlio e disse que em duas horas voltaria para me buscar e começar a sessão de fotos.
- Aqui estão seus biquinis. Novinhos e vai poder ficar com tudo. - Ele me entregou uma bolsa.
- Biquini?
- É...Você não leu o contrato? - Suspirei.
- Hãn...Tudo bem! - Sorri fraco pra ele que se despediu de mim e foi embora. - Vou matar meu pai. - Sussurrei e ri em seguida.
Liguei pro meu pai, que riu de mim e disse que não viu nada demais nisso e que pensou que eu já sabia. Me repreendeu quando eu disse que Luan não sabia. 
Estava saindo do meu quarto, porque mandaram eu descer pra sairmos quando dei de cara com Luan.
- Nathália?
- Oi...Luan! 
- O que você ta fazendo aqui?
- Olha, eu juro que vou te explicar mas...
- Eu já sei! - Ele bufou.
- Sabe?
- Me pararam ali em baixo e me disseram que minha mulher estava descendo pras fotos. Eu não tava acreditando até te ver. - Suspirei. - Por que mentiu?
- Eu não menti! Só não quis te contar, você com esse ataque de ciúmes, Luan. Não ia concordar e eu quero.
- Não ia mesmo! - Ele resmungou. - Já assinou o contrato? - Assenti. - Vai me dizer que nem mostrou um advogado.
- Meu pai leu, tá?
- Menos mal...
- Tchau, Luan! - Ia saindo  quando ele segurou meu braço.
- Onde é essa sessão de fotos?
- Não sei...
- Eu vou junto!
- Melhor não!
- Por que? Vai me dizer que você vai ficar pelada, Nathália! - Ele me olhou irritado.
- São...de biquini.
- O que? Acho que eu não ouvi bem!
- Ouviu sim! Agora eu preciso ir.
- Mas não vai mesmo. 
- Para, Luan! Você já tá ficando doente.
- Quando era você...
- Ai, chega! Tudo é quando era eu. Acontece que na maioria das vezes eu guardava tudo pra mim porque sabia que a gente ia brigar, já você, parece que gosta de uma briga.
- Não fala bobagem! Eu odeio brigar com você!
- Então me deixa ir!
- Meu Deus, Nathália, você vai fazer eu infartar antes de ter filhos. - Ele soltou meu braço e eu ri.
Me levaram para uma praia linda ali no Rio. Com pouco movimento.
Tirei oito fotos e escolheria quatro pra sair na edição da revista. 
O fotógrafo simpático me mandou duas fotos que tinha tirado do seu celular. Todo mundo era bem legal. O Júlio me deu uma boa quantia em dinheiro, assim que chegamos no hotel e ainda me daria outra parte dali a dois dias. Era muito dinheiro, até me espantei.
Encontrei com Rober no corredor e perguntei qual era o quarto do Luan.
Depois de três batidas na porta ele me atendeu.
- Tava aonde, em? - Perguntei enquanto entrava.
- Tomando banho... - Seu cabelo estava um pouco molhado mesmo.
- Não quer saber como foi lá?
- Não!
- Para de besteira...Olha essa foto que o fotógrafo me mandou. Acho que vou postar. - Ele pegou o celular da minha mão pra olhar.
- Vai postar nada!
- Do que adianta? Vai sair em uma revista...
- Não me lembra disso, Nathália!
- Para, amor! - Coloquei a mão em seu ombro e ele tirou. - É assim? Então tá. Vou procurar quem me queira. - Dei meio passo e senti uma mão no meu braço. Ri.
- Para de brincar com isso, eu to chateado, pow!
- Porque você é bobo! Todo mundo vai olhar e só você vai tocar, à não ser que não queira.
- Você sempre me enfeitiça, sabia?
- (risos) Eu que deveria estar brava com você ainda. Ou pensa que já esqueci?
- Ah, não! - Ele se aproximou de mim. - Vamos parar de bobeira...
- Você tem que parar de bobeira!
- Eu prometo parar! - Sorri de lado e ele me puxou para um abraço. - Te amo! - Beijou meu pescoço.
- Eu que te amo, meu chato!
- To morrendo de saudades de você. - Luan me puxou para um beijo rápido e com muito desejo.
Começou a me apalpar com mais força e me prensou na parede. Ele passava suas mãos pelo meu cabelo, pescoço e seios. Apertava com gosto, me fazendo quase morre de desejo.
Eu também estava morta de saudades dele. 
Arranhava suas costas, já nuas. Desci minha mão direita até a samba canção que ele usava e a esquerda eu puxava de leve seus cabelos da nuca.
Ele tirou minha blusa e meu sutiã em um piscar de olhos e entrelaçou minhas pernas em sua cintura, depois que tirei a cueca dele. 
Só as mãos dele já me davam todo prazer, só ela sabia me dominar.
A cada dia que passava, a cada amor que fazíamos eu tinha mais certeza que não tinha como ficar sem ele. Ele foi feito pra mim e eu pra ele, mesmo depois de tantas brigas.